Anúncio
Mercado fechará em 31 mins
  • BOVESPA

    131.693,64
    -462,12 (-0,35%)
     
  • MERVAL

    1.745.872,50
    -28.795,38 (-1,62%)
     
  • MXX

    53.246,65
    -407,30 (-0,76%)
     
  • PETROLEO CRU

    69,72
    -1,84 (-2,57%)
     
  • OURO

    2.685,40
    +8,40 (+0,31%)
     
  • Bitcoin USD

    63.293,47
    -561,28 (-0,88%)
     
  • XRP USD

    0,59
    -0,00 (-0,51%)
     
  • S&P500

    5.720,47
    -12,46 (-0,22%)
     
  • DOW JONES

    41.944,36
    -263,86 (-0,63%)
     
  • FTSE

    8.268,70
    -14,06 (-0,17%)
     
  • HANG SENG

    19.129,10
    +128,54 (+0,68%)
     
  • NIKKEI

    37.870,26
    -70,33 (-0,19%)
     
  • NASDAQ

    20.180,25
    +12,50 (+0,06%)
     
  • BATS 1000 Index

    0,0000
    0,0000 (0,00%)
     
  • EURO/R$

    6,0966
    -0,0012 (-0,02%)
     

Sylvia Bandeira festeja volta à Globo e relembra período na Record: ‘Não souberam capitalizar’

image

A atriz está no ar como Ana Clara em “Sol Nascente” ( Globo/Renato Rocha Miranda)

Quatorze anos após sua última participação em uma novela da Rede Globo, Sylvia Bandeira está de volta à emissora em “Sol Nascente” no papel da sofisticada Ana Clara, mãe da vilã, Carol (Maria Joana), e proprietária da pousada Marseille.

O refinamento de sua personagem, aliás, não é algo estranho à trajetória pessoal da atriz. Filha de diplomata, Sylvia nasceu na Suíça e teve educação esmerada. Foi casada com Bobby Falkenburg II, herdeiro do fundador da rede de fast-food Bob’s, e só bem mais tarde optou pela carreira de atriz.

Leia mais:
Otávio Muller sobre sucesso do ‘Zorra’: ‘A gente brilha quando esculhamba as ridicularidades desse país’
Vladimir Brichta sobre o futuro de seu personagem em ‘Justiça’: ‘Deveria pagar pelo que fez’

Em entrevista ao Yahoo, a atriz conta que, apesar da sofisticação de sua personagem, Ana Clara tem ajudado a se distanciar do estereótipo de mulher rica que a perseguiu durante sua carreira, e celebra a volta à sua antiga emissora. “A Record não soube capitalizar em cima da disposição dos atores”. Veja abaixo os melhores momentos da conversa:

- Como está sendo retornar à Globo após 14 anos longe da emissora?

Estou adorando. Tenho curtido muito a personagem, porque tem o casal mais velho, que é formado pelos personagens do Francisco Cuoco e da Aracy Balabanian, tem os casais mais jovens, super apaixonados, e tem a Ana Clara e o Patrick (Jean Pierre Noher), de uma idade intermediária, que vive esse amor maduro que será colocado em cheque pelas malvadezas da minha filha, Carol. Além disso, a Globo tem um know how em novelas de muitos anos. É tudo muito profissional: direção, parte técnica, tudo.

- Certa vez você disse que gostaria de voltar à Globo porque na Record fazia um trabalho legal, mas que pouca gente via. Já está sentindo uma repercussão maior da sua personagem?

Olha, eu fiquei sete anos na Record. Fui para lá com uma leva de outros atores saídos da Globo, e todo mundo tinha muita fibra, mas a Record não soube capitalizar em cima dessa disposição dos atores. Não havia uma divulgação maior em cima dos trabalhos legais. Eu fiz coisas bacanas, tinham tramas interessantes e aí eu saía na rua e me perguntavam: “nossa, mas você parou de fazer novela?”. Isso é terrível para um ator. Embora no Rio de Janeiro as pessoas tenham uma postura mais tranquila com relação a isso, diferente de São Paulo, onde há um encantamento maior, sinto dizem mais que estão me assistindo, o retorno é positivo.

Como surgiu o convite para fazer “Sol Nascente”?

A última novela completa que eu fiz na Globo foi “Vila Madalena”, que era do Walter Negrão. Quando soube que ele estava escrevendo “Sol Nascente”, disse que queria trabalhar com ele novamente e acabou dando certo.

Você já disse em algumas ocasiões que a fama de mulher rica e aristocrática fez com que você sofresse preconceito. Acha que dessa vez, ao contrário, ajudou na hora de ser escolhida para o papel, já que a personagem é uma mulher mais refinada?

Eu disse isso, mas o que quis dizer é que quando você faz um tipo de personagem, raramente muda isso e acho que foi o que aconteceu comigo. Quando você começa como vilão, por exemplo, acaba indo por esse caminho. Então acho que ajudou, mas que também me ajuda a mostrar outras facetas, já que a Ana Clara é uma mulher que teve um passado rico, mas hoje em dia leva uma vida simples, ao lado do homem que ela escolheu para ser feliz. Ela fala várias línguas, é sofisticada, mas trabalha para manter aquela pousada, não é uma grã fina desocupada. Acho que a Ana Clara é mais atuante e por isso me ajuda a sair do estereótipo da mulher rica.

Como lida com a passagem do tempo no que diz respeito à sua carreira? Acredita que há menos papéis para mulheres mais maduras?

Sabe que eu acho que não? Essa história de que com a idade é cada vez mais difícil conseguir bons personagens é outro estereótipo. A Meryl Streep, por exemplo, não para de trabalhar, a Fernanda Montenegro, a Nathalia Timberg, a Bibi Ferreira… Antes de conversar com você, fui ao cinema ver Aquarius e que trabalho arrebatador a Sônia Braga faz nesse filme. Ela está digníssima. Nem eu nem a Sônia somos mais garotinhas, mas e daí? Somos boas atrizes e papéis para boas atrizes sempre aparecem. Eu tenho uma energia inacreditável, minha filha diz que eu a deixo exausta (risos). Nunca digo “ah, na minha época…”, e sabe por quê? Porque a minha época é agora.