Anúncio
Mercado abrirá em 5 h 35 min
  • BOVESPA

    124.645,58
    -95,11 (-0,08%)
     
  • MERVAL

    38.390,84
    +233,89 (+0,61%)
     
  • MXX

    57.085,84
    +621,85 (+1,10%)
     
  • PETROLEO CRU

    84,17
    +0,60 (+0,72%)
     
  • OURO

    2.350,50
    +8,00 (+0,34%)
     
  • Bitcoin USD

    64.395,32
    +108,73 (+0,17%)
     
  • CMC Crypto 200

    1.387,97
    -8,56 (-0,61%)
     
  • S&P500

    5.048,42
    -23,21 (-0,46%)
     
  • DOW JONES

    38.085,80
    -375,12 (-0,98%)
     
  • FTSE

    8.127,89
    +49,03 (+0,61%)
     
  • HANG SENG

    17.661,90
    +377,36 (+2,18%)
     
  • NIKKEI

    37.934,76
    +306,28 (+0,81%)
     
  • NASDAQ

    17.752,25
    +184,75 (+1,05%)
     
  • BATS 1000 Index

    0,0000
    0,0000 (0,00%)
     
  • EURO/R$

    5,5268
    -0,0024 (-0,04%)
     

Candidatos na TV terão um adversário comum: a raiva do eleitor


A partir de agora, dia 26, mais de 480 mil candidatos a prefeito e vereador vão às TVs e rádios, no início da propaganda eleitoral, pedir o voto do brasileiro. Diante de si – ou do outro lado da telinha – terão um adversário em comum: a raiva do eleitor.

A raiva do brasileiro em relação aos políticos vem sendo detectada em pesquisas há muito tempo. Lembrei disso recentemente quando li os resultados preliminares de um estudo que vem sendo levado a cabo pelo Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas (Ibase) e Action Aid no Rio de Janeiro, em comunidades da capital e da Baixada Fluminense. Escreveram os pesquisadores no resumo do trabalho que, embora seja sobre mobilidade social, conseguiu captar o estado de espírito da população não apenas local, mas, acredito nacional em relação aos tempos em que vivemos:

ANÚNCIO

O sentimento generalizado é que a crise chegou para todos e que os mais pobres são os que sentem “na pele”. Todos (os entrevistados) opinam sobre a crise, atribuindo-a aos políticos, dentro de uma perspectiva que a crise é causada pela corrupção…”. Veja a pesquisa completa aqui.

As eleições municipais começam sob o espectro da desconfiança do eleitor. Há tempos candidatos não iniciavam uma corrida eleitoral tendo diante de si o abismo da descrença na política em patamares tão elevados. Sete em cada dez brasileiros, apontam pesquisas, rejeitam os partidos atuais (são mais de 35). Difícil falar com qualquer pessoa na rua sobre política sem com que, ato contínuo, apareça a palavra corrupção – como se ambas fossem sinônimos. Como fazer?

É o que veremos nas próximas cinco semanas de campanha na TV. Esta, agora, em formato diferente, com blocos menores e mais propagandas esparsas que pegarão você, eleitor, de surpresa. Eleitor que, entra ano passa ano, continua a eleger as áreas da saúde e educação como as principais preocupações nas grandes cidades. Não por acaso vamos ouvir muito sobre ‘mais saúde’, ‘mais educação’, ‘mais transporte’, ‘mais emprego’. E também, é claro, em denúncias locais: a merenda, a licitação do ônibus, o desvio do posto de saúde. Acusações entre adversários são arma corriqueira na disputa, embora, a esta altura do campeonato, é provável que o eleitor já tenha se cansado de tentar distinguir entre mocinhos e bandidos.

Neste quesito a campanha começou quente em diversos pontos do Brasil. Em Carapicuíba (SP) vereadores tiveram prisão preventiva decretada; no Distrito Federal deputados foram afastados pela Justiça; em Goiás o presidente regional do PSDB foi preso; e na pequena Guaxupé (MG) 12 dos 13 vereadores foram condenados por improbidade. Isto só nos últimos dias de noticiário. As eleições 2016 mal começaram.

Siga-me no twitter! (@rogerjord)

Imagem:Portal PBH/Flickr