Tua, Daniel Jones e Lamar Jackson são brindados com opções para o jogo aéreo
Mais quatro equipes eliminadas na semana, um novo mock draft elaborado pelo L! Os wide receivers são os grandes destaques
BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - Em média, cada brasileiro teve renda de R$ 35.172 em todo o ano passado. Em um cálculo simples, o valor significa uma perda próxima de R$ 1.770 em relação a 2019, já considerada a inflação, e de R$ 2.040 ante 2010. Dito de outra maneira, o país empobreceu 5,5% na década encerrada em 2020, no pior desempenho já registrado pelas estatísticas e estimativas disponíveis, que alcançam até o início do século passado. Mesmo no período 1981-1990, conhecido na história como a década perdida, a queda acumulada do Produto Interno Bruto por habitante foi menos intensa, próxima dos 4% --com a ressalva de que a metodologia de apuração do PIB mudou de lá para cá. Como se pode intuir, a chamada renda per capita de um país encolhe quando o crescimento do PIB é menor que a expansão populacional num mesmo intervalo de tempo. No decênio há pouco encerrado, o produto --vale dizer, toda a renda gerada na indústria, nos serviços e na agropecuária-- teve alta real de pouco menos de 2,7%, a menor já medida em tal período. Enquanto isso, o aumento do número de brasileiros, mesmo em processo de desaceleração, beirou os 8,7% nas projeções do IBGE. Dessa maneira, os 211,8 milhões de habitantes do país no ano passado dispunham de menos renda, em média, que os 194,9 milhões de 2010. São raros, na história econômica mundial, episódios de empobrecimento ao longo de uma década inteira. Em geral, eles estão associados a guerras, rupturas políticas ou crises econômicas globais. Desta vez, a pandemia de Covid-19 desempenhou papel decisivo ao derrubar a atividade na maior parte do mundo --e o Brasil não seria exceção. Sem o coronavírus, é provável que o PIB per capita brasileiro tivesse encerrado o decênio próximo da estagnação, o que já seria considerado um péssimo resultado para um país de renda média. No período, a economia nacional viveu de 2014 a 2016 sua segunda recessão mais profunda desde o início do século 20, apenas um pouco menos devastadora que a de 1981-83. Ali chegava ao fim a política econômica do governo Dilma Rousseff (PT), que já colecionava números declinantes desde 2011 devido à combinação de ambiente internacional menos favorável e erosão da confiança doméstica nas ações e finanças do governo. Os anos seguintes foram de contenção de gastos públicos, ajustes nas empresas estatais e permanência da instabilidade política, levando à quase estagnação do PIB por habitante --até a derrocada de 2020. Embora o impacto econômico da pandemia no Brasil não figure entre os maiores do mundo, o mau desempenho do país no restante da década distanciou sua renda per capita dos padrões observados nas nações desenvolvidas. Conforme dados do FMI, a proporção entre o PIB por habitante brasileiro e o dos países ricos caiu de 32,6%, em 2010, para 28,2% em 2019, considerado o poder de compra das moedas.
Medidas de restrição para combater a Covid-19 foram publicadas no Diário Oficial
Uma das novidades para a declaração deste ano do Imposto de Renda Pessoa Física, a ampliação da declaração pré-preenchida, baseia-se em informações declaradas por terceiros em outros documentos enviados ao Fisco. Com base no cruzamento de dados, a Receita Federal elabora um formulário com informações inseridas que dispensa o cidadão da tarefa de inserir manualmente os dados na declaração. Ao todo, três fontes de informação são usadas: a Declaração do Imposto de Renda Retido na Fonte (Dirf), a Declaração de Informações sobre Atividades Imobiliárias (Dimob) e Declaração de Serviços Médicos (DMED). Cabe ao contribuinte apenas verificar os dados e confirmar o envio da declaração ou corrigir e complementar informações, se necessário. Por meio da Dirf, a Receita tem acesso às fontes de renda do trabalhador com carteira assinada. O documento é obrigatório para todas as pessoas físicas e jurídicas que fizeram pagamentos com retenção na fonte de Imposto de Renda, de contribuições sociais, do Programa de Integração Social (PIS) e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins). A Dirf também deve ser entregue por quem não reteve Imposto de Renda em três situações: pagamento, crédito ou remessa a pessoas físicas ou jurídicas residentes no exterior; candidatos a cargos eletivos, inclusive vices e suplentes; e organizações nacionais ou regionais que administram esportes olímpicos. A declaração tem como objetivo evitar a sonegação ao informar valores retidos. As micro e pequenas empresas integrantes do Simples Nacional estão dispensadas de emitir o documento. Imóveis Surgida em 2003, a Dimob deve ser entregue por todas as empresas que exercem as atividades de locação, intermediação ou venda de imóveis. Por se enquadrarem na atividade de intermediação, os corretores de imóveis também são obrigados a enviar a declaração. O documento só deve ser entregue se a empresa tiver faturado no ano anterior. Caso não tenha apresentado faturamento, o envio é dispensado. Qualquer valor recebido deve estar amparado por uma nota fiscal. A Dimob permite ao Fisco obter informações sobre ganhos de capital na compra de imóveis. Caso a pessoa física tenha vendido imóveis no ano anterior, o lucro deve ser informado na Declaração do Imposto de Renda. No entanto, o contribuinte pode ser isento caso compre outro imóvel residencial usando o valor integral da venda do outro patrimônio. Recibos Em relação à DMED, o envio tem como objetivo principal comprovar as deduções do contribuinte com gastos de saúde na declaração do Imposto de Renda. Desde 2009, o documento deve ser enviado por profissionais de saúde, para evitar discrepâncias entre os recibos e notas fiscais declarados pelos pacientes e os valores informados pelos prestadores de serviço. O documento deve conter as informações de pagamentos recebidos por pessoas jurídicas prestadoras de serviços de saúde. As seguintes áreas são abrangidas: prestadores autônomos de serviços médicos e de saúde, operadoras de planos privados e empresas que prestam serviços de saúde. Somente serviços prestados a pessoas físicas devem ser declarados. Serviços de saúde prestados a pessoas jurídicas ou ao Sistema Único de Saúde (SUS) estão fora da Dimob. Ampliação Os três documentos devem ser enviados até o último dia de fevereiro pela Receita Federal para que as informações sejam inseridas na declaração pré-preenchida. O formulário pré-preenchido estará disponível no Centro de Atendimento Virtual a partir de 25 de março. Desde 2014, os contribuintes com certificado digital têm esse serviço à disposição. A partir deste ano, quem tiver login no Portal de Serviços do Governo Federal (Gov.br) também poderá receber a declaração preenchida eletronicamente.
Os birmaneses voltaram a protestar nesta quinta-feira nas ruas do país, apesar do medo, um dia depois da repressão mais violenta desde o golpe de Estado militar que deixou pelo menos 38 mortos, segundo a ONU.
A companhia aérea alemã Lufthansa anunciou nesta quinta-feira um prejuízo recorde de 6,7 bilhões de euros (8,08 bilhões de dólares) em 2020 pelas restrições no setor aéreo, adotadas para frear a pandemia de coronavírus.
Sete pessoas ficaram feridas em um suposto ataque "terrorista" com arma branca na Suécia, informou a polícia na madrugada de quinta-feira, revisando um balanço anterior.
Boletim da Rede de Observatórios da Segurança apontou aumento da divulgação de ocorrêcias durante pandemia; levantamento foi realizado nos estados da Bahia, Ceará, Pernambuco, Rio e São Paulo
Jovem tem vínculo até junho do ano que vem, mas a partir de janeiro passa a poder assinar um pré-contrato com qualquer outra equipe, saindo de graça
(Bloomberg) -- A corrida para trazer uma carne produzida em laboratório está aquecida com a brasileira BRF buscando oferecer o produto em supermercados em 2024.A companhia, o segundo maior fornecedor mundial de aves, fechou parceria com a startup israelense Aleph Farms em um movimento para se tornar o primeiro player de alimentos a produzir carne cultivada no Brasil.As empresas trabalharão para adaptar a tecnologia de carne de laboratório da Aleph ao gosto dos consumidores brasileiros. Assim que for encontrada uma produção viável, as empresas passarão para a próxima etapa que é construir uma unidade no Brasil. O objetivo é oferecer carne à base de células aos supermercados nacionais até 2024.Até lá, os parceiros esperam superar o principal desafio do projeto que é chegar a um produto acessível ao consumidor. O CEO da Aleph, Didier Toubia, espera que a carne cultivada encontre paridade de custo com a carne tradicional mais rapidamente do que a primeira geração de carne feita à base de plantas.“A parceria com a BRF permitirá que o projeto seja escalonado rapidamente”, disse Toubia.Uma produção comercial a custo competitivo incluiria biorreatores capazes de produzir carne equivalente a 40.000 cabeças de gado em menos de 2 semanas. Isso também permitiria à BRF aumentar a produção rapidamente no caso de uma demanda vertiginosa. Em questão de meses será possível produzir um volume de carne que levaria anos da forma tradicional, disse o presidente da BRF, Lorival Luz, na mesma entrevista.Aleph, que tem entre os investidores a gigante de alimentos americana Cargill, recentemente formou uma parceria com a Mitsubishi Corp. para levar a carne bovina cultivada em laboratório para o Japão. Ela integra um grupo formado por outras 60 startups que disputam um mercado que visa oferecer proteínas alternativas contornando as questões ambientais e sociais que envolvem a carne tradicional.A parceria com a Aleph Farms faz parte de um plano de expansão mais amplo da BRF que visa melhorar os ganhos da empresa por meio da fabricação de produtos de maior valor agregado. A meta do grupo é mais do que dobrar suas vendas atuais de R$ 39 bilhões para R$ 100 bilhões em dez anos.Como os rivais globais JBS e Tysson Foods, a BRF montou suas próprias marcas de carnes vegetais, enquanto a entrada no mercado de carne de laboratório significa um aumento da aposta da empresa em um mercado alternativo promissor, no qual apenas a carne cultivada deve movimentar US$ 140 bilhões na próxima década, segundo as previsões compiladas pela Blue Horizon Corp.“Essas proteínas alternativas vão coexistir com as proteínas tradicionais”, disse Sergio Pinto, diretor de inovação da BRF.For more articles like this, please visit us at bloomberg.comSubscribe now to stay ahead with the most trusted business news source.©2021 Bloomberg L.P.
Alvinegro fica apenas no empate diante do Boavista, mas pouco tempo de treino traz poucas possibilidades ao técnico; trinca de meio-campo tem mínima interação
Um protótipo do futuro foguete gigante Starship, da empresa SpaceX, conseguiu pousar na quarta-feira no Texas, depois que seus dois antecessores não conseguira a proeza, mas explodiu minutos depois de tocar o solo.
O Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020, previstos para acontecer de 23 de julho a 8 de agosto, se inclina para determinar a ausência de espectadores procedentes do exterior, informou a imprensa japonesa nesta quinta-feira, mas a decisão final será adotada no fim de março.
BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - A empresa RVA Construções e Incorporações afirmou que o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) ainda deve cerca de R$ 1,8 milhão dos R$ 6 milhões relativos à mansão comprada por ele em Brasília. Uma nota assinada por três advogados da RVA, enviada nesta quarta-feira (3) ao jornal Folha de S.Paulo pelo empresário Juscelino Sarkis, sócio da construtora e ex-proprietário da mansão, afirma que o valor quitado até o momento é de pouco menos de R$ 4,2 milhões. "Até o presente momento todos os termos contratados têm sido devidamente adimplidos, já tendo sido efetuado o pagamento do valor de R$ 4.190.278,30", diz a nota. Apesar dos valores pendentes, a transação do imóvel foi registrada em cartório no último dia 29 de janeiro. De acordo com a RVA, R$ 3,1 milhões foram pagos com o financiamento imobiliário, liberado pelo BRB (Banco de Brasília) em 2 de fevereiro, e R$ 1,09 milhão por meio de três transferências bancárias no final do ano passado: R$ 200 mil em 23 de novembro, R$ 300 mil em 10 de dezembro, e R$ 590 mil no dia 11 de dezembro. Sem dar informações sobre a parcela pendente, a empresa afirma que "adotou todas as providências legais que cabem ao vendedor, em estrita observância ao Código Civil e às demais leis que regem os contratos de compra e venda de imóveis". Na escritura registrada, é informado que "o(s) outorgante(s) vendedor(es) declara(m) já haver recebido do(s) outorgado(s) comprador(es) e devedor(es) fiduciante(s) o valor relativo à parcela dos recursos próprios". A assessoria jurídica da empresa vendedora diz que, " diante do grande número de notícias que vêm sendo veiculadas na imprensa", decidiu divulgar o comunicado. Flávio afirmou na última terça-feira (2) que usou recursos da venda de um imóvel e da franquia de uma loja de chocolates para comprar a mansão de R$ 6 milhões. "Tudo registrado em escritura pública", disse, em nota divulgada por sua assessoria. "Qualquer coisa além disso é pura especulação ou desinformação por parte de alguns veículos de comunicação." O senador não havia informado sobre os valores pendentes. Procurado novamente por meio da assessoria sobre essa parcela remanescente, Flávio não respondeu até a conclusão desta edição. O imóvel vendido para ajudar na compra da mansão, segundo ele, foi o apartamento na Barra da Tijuca, que ele havia comprado por R$ 2,5 milhões, com financiamento. A venda ainda não foi informada ao Registro de Imóveis --a responsabilidade é do comprador e não há prazo para fazer o registro. O financiamento da mansão comprada em Brasília foi feito no BRB. A instituição é controlada pelo governo do Distrito Federal, comandado por Ibaneis Rocha (MDB), um aliado do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). A quitação será em 360 parcelas (30 anos). Com base na escritura de compra e venda obtida pela Folha de S.Paulo, reportagem mostrou que a parcela inicial do financiamento imobiliário equivale a mais da metade da renda declarada de Flávio e de sua mulher, a dentista Fernanda Bolsonaro. Segundo o contrato de compra e venda, ao qual o jornal teve acesso, a prestação assumida pelo casal é de R$ 18.744,16. Juntos, de acordo com o documento registrado em Brazlândia (a 45 km de Brasília), eles comprovaram renda mensal de R$ 36.957,68. Flávio declarou ganhar R$ 28.307,68 e Fernanda, R$ 8.650. As rendas, somadas, são menores que a mínima exigida pelo BRB para contratação de financiamento nessas condições. Segundo simulador disponível no site da instituição, nessa linha, o tomador precisaria ganhar pelo menos R$ 46.401,25. De acordo com o site do Senado, o salário líquido do parlamentar é de R$ 24.906,62. Em nota, o BRB afirmou que o reajuste pelo IPCA da parcela é feito mensalmente, "mediante aplicação do índice divulgado no mês anterior, na atualização do saldo devedor". "O BRB ressalta que, no simulador de crédito imobiliário do Banco, a parcela inicial apresentada leva em consideração unicamente a taxa de juros pactuada, ou seja , a parte fixa. Não considera a variação pelo IPCA, uma vez que o índice é variável e divulgado mensalmente", diz. De acordo com a instituição, as condições estão disponíveis para todos os clientes, conforme análise de risco de crédito e avaliação das instâncias competentes. Sobre a mansão financiada por Flávio, o banco respondeu que, "respeitando o sigilo bancário, o BRB não comenta casos específicos de seus clientes". A casa fica localizada no Setor de Mansões Dom Bosco, no Lago Sul, bairro nobre da capital federal. Ela tem 1.100 m² de área construída, em um terreno de 2.500 m². " O negócio imobiliário foi concretizado às vésperas de o STJ (Superior Tribunal de Justiça) analisar vários recursos apresentados pelo senador no caso das "rachadinhas". No primeiro deles, julgado na semana passada, os ministros da Quinta Turma do STJ anularam as quebras de sigilo bancário e fiscal da investigação conduzida pelo Ministério Público do Rio de Janeiro. A mansão em Brasília é o 20º imóvel que Flávio adquire num intervalo de 16 anos --considerando um andar com 12 salas comerciais de que foi proprietário. A intensa atividade imobiliária do senador foi revelada em reportagem da Folha de S.Paulo em 2018. Na denúncia oferecida contra o senador no caso das "rachadinhas", o Ministério Público do Rio de Janeiro apontou que as operações de compra e venda de dois imóveis foram usadas por Flávio para lavagem de dinheiro.
Nathan’s Famous, Inc., a tradição americana servindo os favoritos de Nova York por mais de 100 anos, anuncia hoje a expansão de seus produtos para a Cidade do México, Brasil, Canadá, Indonésia, Malásia e Cingapura. A marca também apresentará seu novo conceito de cozinha virtual, Wings of New York, em todas as localidades, com exceção do Brasil. Nathan’s Famous e Wings of New York estarão disponíveis em uma infinidade de maneiras, incluindo locais de tijolo e argamassa, cozinhas fantasmas ou varejo, dependendo do mercado.
A Baker Hughes (NYSE: BKR) e a C3 AI (NYSE: AI) anunciaram o lançamento do otimizador de programação de produção (Production Schedule Optimization, PSO) BHC3™, um aplicativo empresarial de IA para planejamento de demanda industrial e programação de produção de manufatura. O aplicativo melhora a cadeia de suprimentos e o desempenho de entrega para produtos altamente projetados, minimizando custos de manufatura gerando previsões de demanda do cliente industrial e programações ideais de produção, utilizando uma visão abrangente da atividade do comprador, materiais da cadeia de suprimentos, e operações de manufatura e distribuição.
Se o papo é sobre música pop, não tem autoridade maior no assunto do que Madonna. Afinal, são anos...
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A recessão que começou no início de 2020, com a chegada do coronavírus ao Brasil, ainda não deu sinais de ter acabado, apesar de o país ter tido crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) nos dois últimos trimestres do ano passado. Em junho do ano passado, o Codace (Comitê de Datação de Ciclos Econômicos), órgão ligado ao FGV Ibre (Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas) e formado por oito economistas de diversas instituições, definiu que o Brasil entrou em recessão no primeiro trimestre de 2020, encerrando um ciclo de fraco crescimento de três anos (2017-2019). Segundo Picchetti, economista do FGV Ibre e professor da Escola de Economia de São Paulo da FGV, o comitê não utiliza aquela regra de bolso simples de dois trimestres consecutivos de queda do PIB para datar o início da recessão. Da mesma forma, não considera que dois trimestres seguidos de crescimento representam o seu fim. Além disso, o comitê fundamenta suas decisões na definição clássica do que é recessão uma queda generalizada do nível de atividade e olha para um conjunto grande de indicadores de atividade econômica, não só para o PIB. De acordo com o economista, houve uma queda generalizada da atividade a partir do fim do primeiro trimestre de 2020, mas a recuperação noss últimos dois trimestres do ano não se caracteriza por um aumento generalizado do nível de atividade. Ele lembra que alguns setores não se recuperaram e ainda estão bem abaixo do nível de antes da recessão, principalmente os serviços, mas também alguns segmentos da indústria. Para caracterizar uma retomada não basta alguns poucos setores no curto prazo mostrarem crescimento. É como se a gente tivesse descido três degraus e subido dois. Subiu, mas não foi de forma suficientemente forte para considerar que você saiu de processo recessivo, afirma. É difícil falar de saída da recessão quando o desemprego está nos maiores níveis da série histórica. Infelizmente os dados de curto prazo e projeções não são de uma recuperação forte do mercado de trabalho nem no momento nem no futuro próximo. Quando você tem uma retomada do nível de emprego, você tem uma certeza muito maior de que realmente entrou em um período de expansão. Picchetti cita ainda a perspectiva de grande parte dos economistas de uma nova queda do PIB neste primeiro trimestre e, eventualmente, até no segundo trimestre de 2021. Se isso correr, os dados terão de ser analisados para se verificar se o país está emendando dois períodos recessivos, que podem ser considerados como uma grande recessão. Nada disso está claro ainda. O primeiro trimestre nem acabou, vai demorar para a gente conhecer todos os indicadores. Em resumo, existe uma incerteza muito grande para datar alguma coisa que seria o final da recessão com base só nesses resultados de 2020. ANO PERDIDO A economia brasileira pode terminar o ano de 2021 praticamente no mesmo patamar do final do ano passado. A avaliação é que o recrudescimento da pandemia, o atraso na vacinação e a piora nas condições financeiras provocadas por questões políticas e fiscais vão comprometer o resultado do ano. Uma eventual volta do auxílio emergencial, em patamares menores, também não deve contribuir para um resultado melhor. O FGV Ibre calcula que um crescimento de 3,6% em 2021 já seria obtido se o PIB ficasse estagnado por todos os quatro trimestres (o chamado carrego estatístico). A instituição projeta crescimento de 3,2%, ou seja, prevendo um segundo semestre com crescimento insuficiente para compensar a queda esperada no primeiro. Silvia Matos, coordenadora do Boletim Macro do Ibre, afirma que 2021 será um ano de crescimento do PIB, mas de piora em outros indicadores importantes, como emprego e renda. Ela afirma que mesmo que sejam retomados programas de transferência do governo, os valores não seriam suficientes para impedir uma contração recorde na renda, estimada em 6%. Também estima um desemprego que deve chegar a 16% e terminar o ano na média de 15,3%, dois pontos percentuais acima da média de 2020. Em 2022, continuaria acima do nível pré-pandemia, próximo de 14%. Do ponto de vista das famílias, o que interessa é emprego e renda disponível. O mercado de trabalho é o calcanhar de aquiles nessa recuperação. O PIB é positivo, mas é um PIB que não consegue gerar emprego e, se gerar, é informal. É uma taxa de desemprego alta, com pouca geração de renda e uma inflação relativamente salgada. Vão ser dois anos de taxa de desemprego alta, afirma. Segundo a pesquisadora, a alegria com a recuperação vista no segundo semestre de 2020 durou pouco, pois a munição do governo em termos de capacidade de injetar dinheiro na economia acabou. Por isso, para obter uma recuperação mais rápida da economia seria necessário avançar na vacinação e ter uma melhora nos números da pandemia. Silvia afirma que há o risco também de um terceiro trimestre ruim, dependendo da extensão da pandemia. É como se fosse um semestre perdido [o primeiro]. Você tem um contexto econômico muito fragilizado em alguns segmentos. A solução para a pandemia é a vacinação, e a gente está muito atrasado e com muita incerteza sobre quantas doses teremos. Lisandra Barbero, economista da XP, afirma que o PIB do quarto trimestre mostrou números positivos generalizados, tanto pelo lado da demanda quanto pelo lado da oferta, e deixou um carrego estatístico de 3,6% para 2021. Com base nesse carrego e na expectativa de recuperação do setor de serviços, liderada pela vacina no segundo semestre, a instituição manteve a projeção de crescimento de 3,4% em 2021, com queda de 0,1% no primeiro trimestre. Embora positivos, acreditamos que os números de hoje dizem pouco sobre 2021. Diferente do segundo semestre do ano passado, a renda total do consumidor está diminuindo agora, e a dinâmica da Covid piorou substancialmente. Além disso, a volatilidade do mercado financeiro aumentou, com efeitos negativos nas condições financeiras. Luciano Sobral, economista da NEO Investimentos, projeta crescimento de 2,8% para o ano e não vê o início de uma recuperação antes do último trimestre. Ele estima um desemprego chegando ao pico de quase 20% e terminando o ano perto de 18%. Para Sobral, qualquer ganho de atividade com a volta do auxílio emergencial, que deve representar em 2021 pouco mais de 10% do gasto de 2020, vai ser perdido por conta da piora nas condições financeiras provocada pela indefinição sobre a política fiscal. Um dos motivos pelos quais a gente prevê esse PIB relativamente baixo é que, se você olhar a massa de salários do ano passado, não melhora muito quando se coloca na conta a criação de empregos neste ano. E vão sair esses R$ 300 bilhões para entrar R$ 30 bilhões, R$ 40 bilhões [de auxílio emergencial]. É difícil ser otimista." O economista do Itaú Unibanco Luka Barbosa, por outro lado, afirma que a instituição não vê sinais de queda na atividade neste ano e projeta crescimento de 0,3% no primeiro trimestre e de 4% no acumulado de 2021, ajudado pelo carregamento estatístico de 3,6%. Não precisa crescer muito para o PIB ser 4% em 2021, que é a nossa projeção. A gente vê um primeiro trimestre positivo, não vejo sinal de queda. Há vários indicadores apontando crescimento. A tendência é a economia continuar se expandindo. Parece que o risco é de ser melhor e não pior, afirma Barbosa. Ele afirma que a economia manteve a capacidade de expansão neste ano, mesmo sem o auxílio emergencial, e que não seria necessária uma nova edição do benefício. O mercado de trabalho está se recuperando. Não tem uma recuperação completa, mas já voltou a subir a quantidade de pessoas empregadas. A taxa de poupança foi muito elevada e isso ajuda a sustentar a economia também. O banco projeta uma queda no desemprego de 14,7% no final de 2020 (dado dessazonalizado) para 14,2% no final deste ano. Sobre as novas restrições causadas pela pandemia, ele afirma que as taxas de isolamento social caíram em janeiro e fevereiro, beneficiando o consumo de serviços, e que a reversão desse cenário em março já é levada em consideração na projeção para este trimestre. O risco, segundo ele, é uma permanência dessas restrições pelos próximos meses. O economista do Santander Lucas Maynard diz que a instituição projeta queda de 0,4% no primeiro trimestre e crescimento de 0,3% no segundo, considerando a contribuição de uma nova rodada de auxílio emergencial e medida de reforço na renda, como antecipação do abono salarial e 13º dos aposentados. Para o ano, espera crescimento de 2,9%. A dinâmica da recuperação em 2021 está atrelada mais ao calendário de vacinação. O cenário sanitário é primordial, afirma Maynard. Esse fluxo de renda poderia ajudar um pouco. Por isso até a gente ainda não fala em queda no segundo trimestre. A gente ainda contempla um primeiro semestre de lado. Ele cita também riscos para indústria causados pela falta de suprimentos para a produção, algo visto, por exemplo, no setor automotivo. E não vê uma recuperação do emprego neste ano, com a taxa média passando para 13,5% no final de 2021, bem acima da média do ano anterior à crise (11,9% em 2019). No nosso cenário, a volta do PIB ao nível pré-crise só no primeiro semestre de 2022, afirma. SETORES A repercussão do resultado do PIB entre representantes de vários setores também mostra as dúvidas sobre como será a recuperação neste ano. O presidente da Abiplast e vice-presidente da Fiesp e do Ciesp, José Ricardo Roriz Coelho, diz que o auxílio emergencial sustentou o PIB, pois injetou dinheiro direto na economia, via consumo. Para este ano, segundo ele, é urgente planejar outras saídas, já que o valor da ajuda será menor (R$ 250 em vez de R$ 600) e por menos tempo (quatro meses). As reformas estruturais, administrativa e tributária, vão possibilitar dinamismo ao ambiente de negócios e, por consequência, estimular a retomada econômica. O Brasil pede uma agenda clara e propositiva. Na outra frente, passou da hora de planejarmos e executarmos a ampla vacinação de todos, com organização e boa comunicação, afirma Roriz Coelho. Para o presidente-executivo da Conexis, associação que reune as empresas de telecom, Marcos Ferrari, o país precisará de esforço adicional de medidas econômicas. "A conectividade deve estar no foco das políticas públicas para que os investimentos em telecomunicações continuem sendo uma alavanca para o crescimento", disse.
Três meses após sua morte, Maradona ainda é assunto. Na noite da útima terça-feira, 2, pegou fogo...
Estudos feitos por pesquisadores do Reino Unido, Estados Unidos e outros países comparou águas com a de outros estuários do mundo e resultado é negativo; pesquisadores da UFRJ analisam
Prefeito manda mais três projetos nesta quarta-feira para a Câmara. Um deles isenta de licenciamento atividades econômicas de baixo risco