Rebel Wilson revela que foi sequestrada em Moçambique
Rebel Wilson foi levada por uma noite inteira à mão armada, mas soube lidar com a situação.
BELO HORIZONTE, MG (FOLHAPRESS) - Num jogo de videogame ainda inédito, o personagem principal transforma água em vinho, multiplica pães e peixes, anda sobre a água, enfrenta demônios e acaba sendo crucificado. O nome já entrega de cara o que é. "I Am Jesus Christ" é um game em primeira pessoa em que o jogador controla Jesus Cristo em seus últimos anos na Terra e simula milagres. O trailer de anúncio gerou 5,3 milhões de visualizações e um sem-número de piadas. "Joguei até o fim, mas morri. Demorou três dias para dar respawn. Tem que consertar esse bug", postou um usuário. Só que o jogo não é uma sátira, mas uma adaptação que se pretende respeitosa. "Desde o início, nós nunca quisemos fazer um jogo de humor. Eu queria algo realista, baseado no que se lê no Novo Testamento", explica Maksym Vysochanskiy, o criador do jogo e CEO do estúdio SimulaM. "I Am Jesus Christ" é desenvolvido na Polônia, não só uma potência emergente dos games, mas também um dos países mais católicos do mundo -87% da população. Vysochanskiy não se define católico, mas simplesmente cristão. "Para fazer um jogo desse tipo, você tem que ser um pouco religioso", diz. Ele nasceu na Ucrânia e cresceu sob o regime soviético. "Falar sobre Deus podia levar à cadeia ou até à Sibéria. Ouvir músicas como as dos Beatles, também", conta. Talvez não tão populares quanto Jesus, os Beatles não inspiraram Vysochanskiy a fazer um game sobre eles. Por isso, ele nega que o desejo de fazer um jogo sobre Cristo tenha a ver com seu passado na ateia União Soviética. "Existem vários filmes sobre a Bíblia. Eu vejo videogames como uma nova forma de arte, então por que não fazer um jogo sobre Cristo?" O ucraniano conta que quando começou a fazer contato com publicadoras, muitos riram da sua cara. Designers chegaram a recusar trabalhar no projeto, alegando receio de passar por vexame. Mas Vysochanskiy acabou conseguindo fechar contrato com uma das maiores empresas de games do país, a PlayWay, que só fica atrás do gigante CD Projekt --de "The Witcher" e "Cyberpunk 2077"-- e da 11bit na lista das mais valiosas na Bolsa de Varsóvia. Segundo Vysochanskiy, ainda é cedo para dizer que existe um nicho em ascensão de jogos bíblicos e religiosos. "Sinceramente, acho difícil dizer. Se eu fizesse com outro personagem da Bíblia, faria sucesso? Eu não tenho certeza." Mas uma das subsidiárias da mesma PlayWay trabalha com um outro jogo que fala de religião -mas sem a aura teológica de "I Am Jesus Christ". "Priest Simulator", também inédito, tem visual e humor escrachados, ao estilo "Goat Simulator", ou simulador de cabra. No trailer do game na plataforma Steam, o jogador controla um padre que exorciza, fala "mamma mia", dá tiros em Satanás, mostra o dedo do meio e fica bêbado. Há ainda quem escolha não entrar no mérito teológico e retratar a religião sob o ponto de vista histórico. O também polonês "The Pope: Power & Sin" tem como protagonista Rodrigo Borgia, o papa Alexandre 6º, que mata, mente, manipula e peca bastante. "Nós queríamos mostrar como ele usava a religião para manipular as pessoas e às vezes demonstrava remorsos. É um personagem tridimensional", explica Stefan Szymczyk, que é roteirista do jogo. Dublado por atores italianos, o game envolve diálogos em que as escolhas do jogador vão determinar a trama. Szymczyk afirma que não recebeu reações negativas relevantes, mas lembra de uma acusação de que eles estariam tentando atrair público pela polêmica, o que ele nega. Não só o cristianismo é retratado em games. E não é de hoje que jogos tocam religião. Em 1999, foi lançado o educativo "Islamic Fun!", desenvolvido no Reino Unido. Com um design bem simples, cheio de degradês e fonte Comic Sans, o game ensina os princípios islâmicos a crianças. Aqui no Brasil, já há jogos inspirados em religiões de matriz africana. Em "Inner Maze", o jogador controla um personagem -um médium- que se move por um cenário que é uma espécie de tabuleiro de xadrez estilizado. Ele tem de se mover, casa a casa, até chegar ao destino final, após superar obstáculos e puzzles. Para vencer determinados desafios, entidades podem ajudar. E cada uma delas tem habilidades específicas. Exu atravessa fogo e abre caminhos, Pombagira tira obstáculos, Preto Velho recupera a energia do jogador, Erê pula por cima das barreiras. O criador de "Inner Maze", o designer de games e pesquisador Caio Chagas, que é praticante da umbanda, teve a consultoria de uma mãe de santo, autora de livros sobre o tema, para desenvolver o jogo. "O pessoal umbandista que já faz parte do público gamer gostou bastante. Mas mesmo em uma religião universalista como a umbanda há traços de conservadorismo", diz Chagas. Ele diz que chegou a ouvir de uma pessoa a crítica de que a umbanda é muito sagrada para ser retratada dessa forma. "Preconceito, certeza", é o diagnósticos de Chagas. "O que ficou claro é que há pessoas que não consideram o game uma coisa séria o suficiente para retratar algo sagrado."
Cruz-Maltino esperou o Atlético-MG e abriu 3 a 0 antes de sofrer dois gols na pressão do time mineiro. Terceiro gol teve assistência de Benítez pelo alto e golaço de Germán Cano
Atacante argentino marcou dois contra o Galo e chegou à marca de 13 gols no Brasileirão
Posição - Time - Pontos - Jogos - Vitórias - Empates - Derrotas - Gols pró - Gols contra - Saldo 1 - Internacional - 59 - 31 - 17 - 8 - 6 - 53 - 29 - 24 2 - São Paulo - 58 - 32 - 16 - 10 - 6 - 52 - 34 - 18 3 - Flamengo - 55 - 30 - 16 - 7 - 7 - 52 - 39 - 13 4 - Atlético-MG - 54 - 31 - 16 - 6 - 9 - 54 - 41 - 13 5 - Palmeiras - 51 - 30 - 14 - 9 - 7 - 43 - 28 - 15 6 - Grêmio - 51 - 30 - 12 - 15 - 3 - 39 - 25 - 14 7 - Fluminense - 47 - 31 - 13 - 8 - 10 - 43 - 40 - 3 8 - Corinthians - 45 - 30 - 12 - 9 - 9 - 38 - 34 - 4 9 - Santos - 45 - 30 - 12 - 9 - 9 - 41 - 38 - 3 10 - Ceará - 42 - 31 - 11 - 9 - 11 - 45 - 41 - 4 11 - Bragantino - 41 - 31 - 10 - 11 - 10 - 43 - 37 - 6 12 - Athletico-PR - 39 - 31 - 11 - 6 - 14 - 27 - 30 - (-3) 13 - Atlético-GO - 39 - 31 - 9 - 12 - 10 - 30 - 37 - (-7) 14 - Vasco - 35 - 31 - 9 - 8 - 14 - 33 - 46 - (-13) 15 - Fortaleza - 35 - 31 - 8 - 11 - 12 - 28 - 30 - (-2) 16 - Bahia - 32 - 30 - 9 - 5 - 16 - 36 - 51 - (-15) 17 - Sport - 32 - 31 - 9 - 5 - 17 - 24 - 41 - (-17) 18 - Coritiba - 27 - 32 - 6 - 9 - 17 - 27 - 43 - (-16) 19 - Goiás - 26 - 31 - 6 - 8 - 17 - 29 - 51 - (-22) 20 - Botafogo - 23 - 31 - 4 - 11 - 16 - 27 - 49 - (-22) 32ª RODADA 23/01 São Paulo 1x1 Coritiba Vasco 3x2 Atlético-MG 24/01 Internacional x Grêmio Athletico-PR x Flamengo Ceará x Palmeiras Santos x Goiás Sport x Bahia Atlético-GO x Fortaleza Fluminense x Botafogo 25/01 Corinthians x Bragantino 31ª RODADA 20/01 Botafogo 1x3 Atlético-GO Bahia 1x0 Athletico-PR Grêmio 1x1 Atlético-MG Coritiba 3x3 Fluminense São Paulo 1x5 Internacional Bragantino 4x1 Vasco 21/01 Flamengo 2x0 Palmeiras Fortaleza 2x0 Santos Goiás 0x4 Ceará Corinthians 3x0 Sport 30ª RODADA 15/01 Palmeiras 1x1 Grêmio 16/01 Fluminense 1x0 Sport Vascos 0x1 Coritiba 17/01 Santos 2x1 Botafogo Athletico-PR 1x1 São Paulo Atlético-MG 3x1 Atlético-GO Internacional 4x2 Fortaleza Ceará 1x2 Bragantino 18/01 Goiás 0x3 Flamengo 28ª RODADA 18/01 Palmeiras 4x0 Corinthians 29ª RODADA 09/01 Coritiba 0x0 Athletico-PR Sport 0x1 Palmeiras Fortaleza 0x0 Grêmio 10/01 Flamengo 0x2 Ceará São Paulo 0x1 Santos Internacional 1x0 Goiás Atlético-GO 1x1 Bahia Vasco 3x0 Botafogo 11/01 Bragantino 2x2 Atlético-MG 13/01 Corinthians 5x0 Fluminense 28ª RODADA 06/01 Botafogo 0x2 Athletico-PR Grêmio 2x1 Bahia Sport 1x0 Fortaleza Coritiba 1x2 Goiás Flamengo 1x2 Fluminense Red Bull Bragantino 4x2 São Paulo 07/01 Ceará 0x2 Internacional Atlético-GO 0x0 Vasco 18/01 Palmeiras x Corinthians 27/01 Atlético-MG x Santos 27ª RODADA 26/12 Atlético-MG 2x0 Coritiba Fortaleza 0x0 Flamengo Goiás 1x0 Sport Fluminense 1x2 São Paulo 27/12 Santos 1x1 Ceará Botafogo 0x2 Corinthians Bahia 1x2 Internacional Athletico-PR 3x0 Vasco Palmeiras 1x0 Red Bull Bragantino Grêmio 2x1 Atlético-GO 26ª RODADA 16/12 São Paulo 3x0 Atlético-MG Atlético-GO 2x1 Fluminense 19/12 Sport 1x1 Grêmio Internacional 2x0 Palmeiras Coritiba 1x2 Botafogo 20/12 Vasco 1x0 Santos Bragantino 0x1 Athletico-PR Flamengo 4x3 Bahia Fortaleza 0x2 Ceará 21/12 Corinthians 2x1 Goiás 25ª RODADA 12/12 Bragantino 2x1 Fortaleza Athletico-PR 0x1 Atlético-MG Palmeiras 3x0 Bahia Internacional 2x1 Botafogo Ceará 1x2 Atlético-GO Goiás 0x0 Grêmio 13/12 Flamengo 4x1 Santos Corinthians 1x0 São Paulo Sport 1x0 Coritiba Vasco 1x1 Fluminense 24ª RODADA 02/12 Fortaleza 0x0 Corinthians 05/12 Santos 2x2 Palmeiras Botafogo 0x1 Flamengo Fluminense 3x1 Athletico-PR Bahia 0x2 Ceará Coritiba 0x0 Red Bull Bragantino 06/12 São Paulo 1x0 Sport Grêmio 4x0 Vasco Atlético-MG 2x2 Internacional 07/12 Atlético-GO 0x1 Goiás 23ª RODADA 25/11 Atlético-MG 2x1 Botafogo Coritiba 0x1 Corinthians 26/11 Fortaleza 1x1 Goiás 28/11 Palmeiras 3x0 Athletico-PR Santos 4x2 Sport Bahia 1x3 São Paulo Atlético-GO 0x0 Internacional 30/11 Fluminense 0x0 Red Bull Bragantino Vasco 1x4 Ceará 27/01 Grêmio x Flamengo 22ª RODADA 20/11 Red Bull Bragantino 4x0 Bahia 21/11 Flamengo 3x1 Coritiba Athletico-PR 1x0 Santos Goiás 1x0 Palmeiras 22/11 São Paulo 1x1 Vasco Ceará 2x2 Atlético-MG Botafogo 1x2 Fortaleza Internacional 1x2 Fluminense Corinthians 0x0 Grêmio 23/11 Sport 0x1 Atlético-GO 21ª RODADA 14/11 Santos 2x0 Internacional Sport 0x2 Vasco Goiás 0x1 Athletico-PR Corinthians 1x2 Atlético-MG Grêmio 4x2 Ceará Fortaleza 2x3 São Paulo Flamengo 1x1 Atlético-GO Palmeiras 2x0 Fluminense 16/11 Coritiba 1x2 Bahia Botafogo 1x2 Red Bull Bragantino 20ª RODADA 7/11 Athletico-PR 2x1 Fortaleza São Paulo 2x1 Goiás Atlético-GO 1x1 Corinthians 08/11 Vasco 0x1 Palmeiras Internacional 2x2 Coritiba Red Bull Bragantino 1x1 Santos Atlético-MG 4x0 Flamengo Bahia 1x0 Botafogo Fluminense 0x1 Grêmio Ceará 0x0 Sport 19ª RODADA 31/10 Botafogo 2x2 Ceará Corinthians 1x0 Internacional Coritiba 1x0 Atlético-GO Fortaleza 0x1 Fluminense 01/11 Flamengo 1x4 São Paulo Sport 1x0 Athletico-PR Santos 3x1 Bahia Goiás 1x1 Vasco 02/11 Palmeiras 3x0 Atlético-MG Grêmio 2x1 Red Bull Bragantino 18ª RODADA 21/10 Vasco 1x2 Corinthians 24/10 Red Bull Bragantino 2x0 Goiás Ceará 2x1 Coritiba Atlético-MG 0x0 Sport 25/10 Fluminense 3x1 Santos Atlético-GO 0x3 Palmeiras Internacional 2x2 Flamengo Athletico-PR 1x2 Grêmio 11/11 Bahia 2x1 Fortaleza 09/12 São Paulo 4x0 Botafogo 17ª RODADA 17/10 Fluminense 2x2 Ceará Coritiba 1x2 Santos Atlético-GO 1x1 Athletico São Paulo 0x0 Grêmio 18/10 Corinthians 1x5 Flamengo Internacional 2x0 Vasco Red Bull Bragantino 2x0 Sport Fortaleza 2x0 Palmeiras 19/10 Botafogo 0x0 Goiás Bahia 3x1 Atlético-MG 16ª RODADA 14/10 Palmeiras 1x3 Coritiba Grêmio 3x1 Botafogo Santos 0x1 Atlético-GO Atlético-MG 1x1 Fluminense Sport 3x5 Internacional Athletico-PR 0x1 Corinthians 15/10 Flamengo 1x1 Red Bull Bragantino 16/10 Goiás 1x1 Bahia 19/11 Vasco 0x0 Fortaleza 25/11 Ceará 1x1 São Paulo 15ª RODADA 10/10 Vasco 1x2 Flamengo Palmeiras 0x2 São Paulo Coritiba 0x0 Fortaleza Atlético-MG 3x0 Goiás 11/10 Fluminense 1x0 Bahia Santos 2x1 Grêmio Sport 1x2 Botafogo Atlético-GO 2x1 Red Bull Bragantino Internacional 2x1 Athletico-PR Ceará 2x1 Corinthians 14ª RODADA 07/10 Corinthians 1x1 Santos Flamengo 3x0 Sport Grêmio 2x1 Coritiba Bahia 3x0 Vasco São Paulo 3x0 Atlético-GO Goiás 2x4 Fluminense Botafogo 2x1 Palmeiras Fortaleza 2x1 Atlético-MG 08/10 Athletico-PR 0x0 Ceará Red Bull Bragantino 0x2 Internacional 13ª RODADA 03/10 Grêmio 1x1 Internacional Palmeiras 2x1 Ceará Red Bull Bragantino 0x0 Corinthians 04/10 Botafogo 1x1 Fluminense Flamengo 3x1 Athletico-PR Coritiba 1x1 São Paulo Bahia 1x2 Sport Fortaleza 0x0 Atlético-GO Goiás 2x3 Santos Atlético-MG 4x1 Vasco 12ª RODADA 23/09 Sport 1x0 Corinthians 26/09 Inter 1x1 São Paulo Athletico-PR 1x0 Bahia Atlético-MG 3x1 Grêmio 27/09 Vasco 1x1 Red Bull Bragantino Palmeiras 1x1 Flamengo Ceará 2x2 Goiás Atlético-GO 1x1 Botafogo Santos 1x1 Fortaleza 28/09 Fluminense 4x0 Coritiba 11ª RODADA 26/08 São Paulo 1x0 Athletico-PR 16/09 Corinthians 3x2 Bahia 19/09 Red Bull Bragantino 4x2 Ceará Fortaleza 1x0 Inter Atlético-GO 3x4 Atlético-MG 20/09 Grêmio 1x1 Palmeiras Coritiba 0x1 Vasco Botafogo 0x0 Santos Sport 1x0 Fluminense 13/10 Flamengo 2x1 Goiás 10ª RODADA 12/09 Athletico-PR 1x0 Coritiba Santos 2x2 São Paulo 13/09 Fluminense 2x1 Corinthians Grêmio 1x1 Fortaleza Atlético-MG 2x1 Red Bull Bragantino Bahia 0x1 Atlético-GO Ceará 2x0 Flamengo Goiás 1x0 Internacional Palmeiras 2x2 Sport Botafogo 2x3 Vasco 9ª RODADA 09/09 Athletico-PR 1x1 Botafogo Fortaleza 1x0 Sport Goiás 3x3 Coritiba São Paulo 1x1 Red Bull Bragantino Fluminense 1x2 Flamengo Santos 3x1 Atlético-MG 10/09 Corinthians 0x2 Palmeiras Internacional 2x0 Ceará Bahia 0x2 Grêmio Vasco 1x2 Atlético-GO 8ª RODADA 05/09 Flamengo 2x1 Fortaleza Corinthians 2x2 Botafogo Ceará 0x1 Santos 06/09 Red Bull Bragantino 1x2 Palmeiras São Paulo 3x1 Fluminense Internacional 2x2 Bahia Sport 2x1 Goiás Vasco 1x0 Athletico-PR Atlético-GO 1x1 Grêmio Coritiba 0x1 Atlético-MG 7ª RODADA 02/09 Ceará 1x0 Fortaleza Fluminense 1x1 Atlético-GO Goiás 1x2 Corinthians Botafogo 0x0 Coritiba Bahia 3x5 Flamengo Athletico-PR 1x1 Red Bull Bragantino Palmeiras 1x1 Internacional Santos 2x2 Vasco 03/09 Grêmio 1x2 Sport Atlético-MG 3x0 São Paulo 6ª RODADA 29/08 Botafogo 0x2 Internacional Fluminense 2x1 Vasco Bahia 1x1 Palmeiras Fortaleza 3x0 Red Bull Bragantino 30/08 São Paulo 2x1 Corinthians Santos 0x1 Flamengo Coritiba 1x0 Sport Atlético-GO 0x2 Ceará 18/11 Atlético-MG 0x2 Athletico-PR 30/11 Grêmio x Goiás 5ª RODADA 22/08 Athletico-PR 0x1 Fluminense Internacional 1x0 Atlético-MG Goiás 2x0 Atlético-GO 23/08 Flamengo 1x1 Botafogo Vasco 0x0 Grêmio Palmeiras 2x1 Santos Red Bull Bragantino 1x2 Coritiba Sport 0x1 São Paulo Ceará 2x0 Bahia 26/08 Corinthians 1x1 Fortaleza 4ª RODADA 19/08 Flamengo 1x1 Grêmio Red Bull Bragantino 2x1 Fluminense Athletico-PR 0x1 Palmeiras Internacional 3x0 Atlético-GO Goiás 1x3 Fortaleza Botafogo 2x1 Atlético-MG Corinthians 3x1 Coritiba 20/08 Sport 0x1 Santos São Paulo 1x1 Bahia Ceará 3x0 Vasco 3ª RODADA 15/08 Grêmio 0x0 Corinthians Coritiba 0x1 Flamengo Palmeiras 1x1 Goiás 16/08 Atlético-MG 2x0 Ceará Vasco 2x1 São Paulo Bahia 2x1 Red Bull Bragantino Fluminense 2x1 Internacional Atlético-GO 1x1 Sport Fortaleza 0x0 Botafogo Santos 3x1 Athletico-PR 2ª RODADA 12/08 Red Bull Bragantino 1x1 Botafogo Atlético-MG 3x2 Corinthians Athletico-PR 2x1 Goiás Bahia 1x0 Coritiba Atlético-GO 3x0 Flamengo Fluminense 1x1 Palmeiras Ceará 1x1 Grêmio 13/08 São Paulo 1x0 Fortaleza Internacional 2x0 Santos Vasco 2x0 Sport 1ª RODADA 08/08 Fortaleza 0x2 Athletico-PR Coritiba 0x1 Internacional Sport 3x2 Ceará 09/08 Flamengo 0x1 Atlético-MG Grêmio 1x0 Fluminense Santos 1x1 Red Bull Bragantino 30/09 Botafogo 1x2 Bahia Corinthians 0x0 Atlético-GO 03/12 Goiás 0x3 São Paulo 27/01/2021 Palmeiras x Vasco
Torcida do Vasco vai à loucura com golaço de Cano em vitória do Vasco sobre o Atlético-MG em São Januário.
Treinador do Tricolor comentou sobre o empate contra o Coritiba e diz que objetivo do clube no Brasileirão é a conquista da competição, que não vem desde 2008
Cruz-Maltino chegou a abrir 3 a 0, o Galo não conseguiu aproveitar as chances que teve e, pelo confronto entre Sport e Bahia, neste domingo, o time respira na competição
Dois gols de Gemán Cano garantiram vitória valiosa — e suada — para o Vasco em São Januário....
Presidente do Tricolor classifica ato como inadmissível e intolerável. Veículo foi atacado quando levava os jogadores para a partida contra o Coritiba, no Morumbi
Criminosos que emboscaram ônibus do São Paulo usaram artefatos explosivos que poderiam causar danos ainda maiores ao veículo, Polícia confirmou informação.
Darío Conca fez campanha com fãs e colheu resultados positivos nas redes sociais
Diniz ficou refém dos resultados dos seus concorrentes ao título, provavelmente.
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Depois de sofrer uma emboscada e ter o ônibus apedrejado, o São Paulo voltou a jogar mal e só empatou por 1 a 1 com o Coritiba, neste sábado (23), no Morumbi. A equipe tricolor, que ainda não ganhou em 2021, chegou a cinco partidas sem vitória e amarga a sua pior sequência no Campeonato Brasileiro. O resultado aumenta a pressão sobre o técnico Fernando Diniz, que voltou a ter a permanência à frente da equipe questionada desde que o time perdeu a liderança da competição ao ser goleado pelo Internacional, na quarta-feira (20). Neste domingo (24), o São Paulo pode cair para o terceiro lugar em caso de vitória do Flamengo sobre o Athletico. A tensão sobre o time aumentou ainda mais antes da partida, quando o ônibus da equipe foi atacado a caminho do estádio. De acordo com o clube, 14 pessoas foram presas e "bombas e artefatos de guerra" foram apreendidos. O veículo estava sendo escoltado pela polícia, mas acabou atingido próximo à ponte Eusébio Matoso e foi danificado. Apesar do susto, ninguém ficou ferido. Na sexta (22), torcedores protestaram em frente ao centro de treinamento do time. O experiente Daniel Alves e Diniz foram alvos de boa parte das críticas. Além da sequência ruim no Brasileiro, o clube tricolor também foi superado pelo Grêmio na semifinal da Copa do Brasil. A pressão e a necessidade de ganhar se transformaram em nervosismo dentro de campo. Contra um adversário que luta contra o rebaixamento, o São Paulo cometeu falhas bobas, chegando a errar passes curtos, e teve dificuldade de furar a defesa adversária. Depois de um primeiro tempo com pouca emoção, a equipe melhorou na segunda etapa e chegou ao gol com o atacante Luciano, aos 13 minutos. Ainda teve chances para ampliar com Pablo, que perdeu chance cara a cara com o goleiro, mas sofreu o empate no fim da partida com gol do meia Sarrafiore, aos 36 minutos. O São Paulo liderou o Brasileiro até a rodada anterior e chegou a ter sete pontos de vantagem sobre o segundo colocado. Mas, dos últimos 15 pontos disputados, a equipe somou apenas 2 pontos. Agora, a equipe terá uma semana para colocar ordem em casa. O São Paulo volta a campo no domingo (31), contra o Atlético-GO, fora de casa. SÃO PAULO Tiago Volpi; Juanfran (Toró), Arboleda, Bruno Alves (Vitor Bueno) e Reinaldo; Luan, Igor Gomes (Igor Vinícius), Tchê Tchê e Dani Alves; Brenner (Pablo) e Luciano. Técnico: Fernando Diniz CORITIBA Wilson; Natanael, Nathan Ribeiro, Henrique Vermudt e Jonathan; Hugo Moura, Nathan Silva (Pablo Thomaz), Matheus Galdezani (Matheus Bueno) e Luiz Henrique (Sarrafiore); Rafinha (Neilton) e Nathan (Ricardo Oliveira). Técnico: Júlio Sérgio Estádio: Morumbi, em São Paulo (SP) Árbitro: Rodrigo Dalonso Ferreira (SC) Assistentes: Alex dos Santos e Thiaggo Americano Labes (ambos de SC) VAR: Emerson de Almeida Ferreira (MG) Cartões amarelos: Luciano (SP); Matheus Galdezani e Nathan Silva (C) Gols: Luciano, aos 13min, e Sarrafiore, aos 36min do segundo tempo
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Numa impressionante demonstração de força contra o presidente Vladimir Putin, milhares de russos enfrentaram temperaturas congelantes e foram às ruas neste sábado para protestar contra a prisão do líder opositor Alexei Navalni. Foram os maiores atos nacionais desde a jornada de protestos organizada pelo próprio Navalni em 2017, ao menos em extensão: houve manifestações em cerca de 100 cidades, de Kaliningrado (encrave europeu a oeste) a Vladivostok (extremo oriente). Em Moscou, com o termômetro perto do zero grau, as estimativas de ativistas variavam de 20 mil a 40 mil presentes. A prefeitura falou em 4.000. Como os protestos não tinham autorização para acontecer, foram dispersados pela polícia com maior ou menor violência. Segundo a ONG de direitos humanos OVD-Info, 3.134 pessoas foram presas pelo país. "Nem eu esperava tanta gente. E tanta polícia", disse Ivan Stepanov, ativista do Fundo Anticorrupção de Navalni que falava com a reportagem por aplicativo de mensagem de Moscou até parar de responder não se sabe se ele foi detido. O prefeito de Moscou, Serguei Sobianin, disse que os atos são inaceitáveis em meio à segunda onda da pandemia da Covid-19, que tem na Rússia o quarto país do mundo em casos, com 3,6 milhões de infectados e 70 mil mortos. Vídeos mostraram policiais da temida Omon, a tropa de choque russa, prendendo um garoto de 14 anos que concedia tranquilamente uma entrevista na praça Púchkin, tradicional ponto de encontro no centro moscovita. O grupo começou a marchar pela capital, e a noiva de Navalni, Iulia, foi uma das detidas. Houve choques pontuais com a polícia na capital e também em São Petersburgo, segunda maior cidade do país. Manifestantes foram feridos. A agência RIA Novosti contou 40 policiais feridos em Moscou, onde manifestantes expulsos da central praça Púchkin foram até a prisão onde está Navalni. Por causa dos 11 fusos do maior país do mundo, um aperitivo da onda de protestos começou a ser visto primeiro em Vladivostok, no extremo oriente russo. A repressão, a julgar por vídeos de redes sociais, foi especialmente brutal na cidade, que sedia a Frota do Pacífico do Kremlin. Vindo para o oeste, em Khabarovsk (Sibéria), cidade que convive com protestos contra o Kremlin desde 2020 devido à remoção do governador local, cerca de 2.000 pessoas foram dispersadas por tropas de choque. Um detalhe que chama a atenção é que a Rússia vive um duro inverno. Em Iakutsk, conhecida pelo apelido de cidade mais fria do mundo, pessoas foram detidas sob uma temperatura de 52 graus Celsius negativos. O mesmo se viu em lugares como Iekaterinburgo (Urais, centro do país), onde 10 mil pessoas protestaram com 30 graus Celsius negativos. Em Ufa, também nos Urais, manifestantes enfrentaram a polícia com bolas de neve. Houve repressão, assim como em Novosibirsk, Tcheliabinsk e Krasnoiarsk, cidades siberianas. Em Irkustk (Sibéria), a praça central ficou cheia, mas foi esvaziada sem violência. O protesto é um alerta para o Kremlin. Navalni voltou ao país no domingo passado (17), 150 dias depois de ser envenenado na cidade siberiana de Tomsk, onde ajudava a fazer dossiês contra o líder local do partido do Kremlin que disputaria as eleições de setembro. Lá, aliás, 2.000 pessoas protestaram neste sábado. Ele foi tratado em Berlim, onde os médicos afirmaram ter encontrado o famoso veneno dos serviços secretos russos Novitchok (novato) em seu corpo. Navalni acusou diretamente Putin e, depois, divulgou a gravação de um trote que deu em um dos agentes do FSB (Serviço Federal de Segurança) apontados como autores do ataque nele, o espião acha que fala com um superior e admite ter colocado veneno na cueca do ativista no quarto de hotel. O Kremlin nega qualquer envolvimento, e Putin brincou no fim do ano que, se a Rússia quisesse matar Navalni, o teria feito. Apesar do desprezo, o Kremlin não titubeou em ver Navalni detido assim que chegou ao controle de passaporte em Moscou não antes de ter seu voo desviado para outro aeroporto, para evitar confusão com apoiadores. Ele é acusado formalmente de violar os termos de sua liberdade condicional teve uma sentença de prisão por fraude comutada em 2014, algo que ele chama de perseguição judicial. Embora nominalmente independente, o Judiciário russo é usualmente alinhado ao Kremlin. Navalni pode agora pegar três anos e meio de cadeia, e convocou o protesto para este sábado. Foi uma tática arriscada, dado que ele não é figura popular, mas deu certo e seus apoiadores já prometem novo ato sábado (30). Pesquisa do Centro Levada, instituto independente de opinião pública, mostrou que em novembro apenas 2% dos russos votariam em Navalni para presidente, e só 4% apoiavam sua causa. A exemplo de outros opositores de Putin ao longo dos anos, como o enxadrista Garry Kasparov, sua imagem é mais polida no Ocidente do que em seu próprio país. "Mas ele faz algo que os outros não fizeram, que é saber o que incomoda as pessoas", avalia o diretor de estudos sociais do Levada, Alexei Levinson. Ele acredita que Navalni é bem-sucedido por falar sobre temas que perturbam os russos nas duas décadas de Putin no poder: a corrupção e a fossilização da política. A aposta do ativista é essa: canalizar a insatisfação, ainda que obviamente seja uma incógnita o que ele faria se de fato ganhasse mais poder, dado que sua plataforma é única: combater Putin, de quem já foi visto até como peão involuntário, por fazer dossiês contra membros do governo, em intrigas palacianas. Blogueiro e advogado, Navalni surgiu na cena pública nos protestos contra Putin em 2012. No ano seguinte, candidatou-se a prefeito de Moscou e amealhou enormes 27%. Mas foi em 2017 que ele apareceu para o mundo, ao comandar via internet a convocação de uma jornada de protestos que uniu milhares nas ruas da Rússia, muitos jovens como o garoto preso neste sábado em Moscou. Devido a acusações judiciais, foi barrado de concorrer contra Putin em 2018. Passou então a uma tática dentro da política: fomentar qualquer candidatura em nível regional que fosse contrária ao Rússia Unida, o partido do regime. Logrou sucessos simbólicos importantes nos pleitos locais de 2019 e 2020, e sua volta à Rússia era vista como uma preparação para o embate das eleições parlamentares de setembro. O Kremlin, por toda sua retórica, não deu espaço para surpresas e também criticou o que chama de interferência estrangeira, já que diversos países pediram a libertação de Navalni. Neste sábado, o Departamento de Estado dos EUA e chancelarias europeias pediram a soltura também dos presos nos protestos. O novo presidente americano, Joe Biden, mordeu e assoprou: aceitou renovar um acordo nuclear com Moscou, mas abriu apuração sobre o caso Navalni. Além de prender Navalni e aliados como sua porta-voz Kira Iarmich, esses por promover os atos sem autorização neste sábado, o governo russo atacou o coração da operação de Navalni: a internet. Bloqueou na sexta (22) a divulgação de "conteúdos políticos para menores" do popular aplicativo TikTok e no VKontakte, o Facebook russo. Além disso, multou em 250 mil rublos (R$ 18 mil) Liubov Sobol, uma das chefes do fundo de Navalni, por causa dos atos de sábado. Ela foi presa no começo da tarde em Moscou, ao lado do popular blogueiro Ilia Varlamov. Preso, Navalni divulgou um vídeo na sexta afirmando que não tinha intenção de se matar na cela, um recado pouco sutil. E, para manter a tradição, seu fundo publicou um dossiê no YouTube com as suspeitas de gastos de US$ 1,4 bilhão (R$ 7,6 bilhões) em uma mansão atribuída a Putin no mar Negro que teve 50 milhões de visitas no primeiro dia no ar. A peça promoveu um dos símbolos dos atos deste sábado: uma escova de limpar vaso sanitário, objeto levado por vários manifestantes. Segundo o vídeo, o suposto palácio de Putin tem escovas que custam 62 mil rublos (R$ 4.500) cada.
Gostaria de receber as notícias em tempo real no seu celular? Ou apenas de tecnologia? Nós do Canaltech pesquisamos e listamos os melhores aplicativos para que você se mantenha informado o tempo todo, onde estiver.
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O procurador-geral da República, Augusto Aras, solicitou ao STF (Supremo Tribunal Federal), neste sábado (23), abertura de inquérito para apurar a conduta do ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, em relação ao colapso da saúde pública em Manaus. O pedido de Aras decorre de representações apresentadas à PGR (Procuradoria-Geral da República) por partidos políticos. Adversários do governo Federal relataram conduta omissiva do ministro e de seus auxiliares na crise que se instalou na rede hospitalar do Amazonas, principalmente nas unidades de saúde da capital. No domingo (17), a PGR abriu um procedimento preliminar, chamado notícia de fato, na qual requisitou esclarecimentos a Pazuello. Em resposta, Pazuello encaminhou um ofício à PGR na terça-feira (19) , acompanhado por duas centenas de documentos, que se somaram aos elementos colhidos pelo próprio Ministério Público Federal. Acompanhado de técnicos, o ministro esteve na quinta-feira (21) na PGR para fazer um relato da situação. A partir desses dados e "atento à situação calamitosa de Manaus, o procurador-geral considerou necessária a abertura de inquérito para investigar os fatos", informou a Procuradoria, em nota à imprensa divulgada neste sábado. Em 16 de janeiro, reportagem da Folha de S.Paulo mostrou que Pazuello ignorou uma série de alertas sobre a falta de oxigênio em Manaus. O ministro foi avisado por integrantes do governo do Amazonas, pela empresa que fornece o produto e até mesmo por uma cunhada sua que tinha um familiar sem oxigênio para passar o dia. Pazuello também foi informado sobre problemas logísticos nas remessas. Os avisos foram dados pelo menos quatro dias antes do absoluto colapso dos hospitais da cidade. A situação já havia levado a PGR a dar 15 dias para que o ministro explicasse porque não agiu para garantir o fornecimento aos hospitais de Manaus. Esse, no entanto, não foi o único alerta ignorado pelo Ministério da Saúde. Convocada pelo ministro para atuar na cidade, a Força Nacional do SUS também fez relatórios dia após dia da evolução da crise de escassez de oxigênio na capital do Amazonas. Documentos dos dias 8, 9, 11, 12 e 13 registram com detalhes o tamanho do problema, inclusive com previsão exata de quando ocorreria o colapso. "Mesmo assim, o Ministério da Saúde providenciou o transporte a Manaus de quantidades bem inferiores de oxigênio, insuficientes para evitar o caos da rede de atendimento a pacientes com Covid-19 no último dia 14. Pessoas morreram asfixiadas nos hospitais. Os relatórios da Força Nacional do SUS mostram que o ministro também estava municiado com informações detalhadas de um grupo de técnicos, convocados para atuar em caráter de urgência. Eles percorriam diariamente as unidades de saúde. A reportagem procurou o Ministério da Saúde para comentar a abertura de inquérito, mas ainda não recebeu resposta.
Documentos históricos são descobertos e fornecem pistas para um quebra-cabeça que assombrava Charles Darwin.
Os primeiros brasileiros foram vacinados contra a Covid-19 com o imunizante desenvolvido pela...
São Paulo tropeça no Coritiba com direito a enredo improvável: gol sofrido foi marcado por ex-Inter, com assistência de Ricardo Oliveira.
BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - O governo federal divulgou uma nota neste sábado (23), por meio do Ministério da Saúde, em que reconhece ter recusado tentativas iniciais da Pfizer de avançar nas negociações sobre a oferta de vacinas e diz que um acordo com a empresa "causaria frustração em todos os brasileiros". O motivo seria o fato de que empresa, que desenvolveu uma vacina em conjunto com a BioNTech, previa entrega de 2 milhões de doses no primeiro trimestre, "número considerado insuficiente pelo Brasil." O total, porém, é o exatamente o mesmo que foi importado da vacina de Oxford pela Fiocruz na sexta-feira (22), em meio a celebrações do Ministério da Saúde. Para a pasta, porém, as doses da Pfizer "seriam mais uma conquista de marketing, branding e growth para a produtora de vacina, como já vem acontecendo em outros países". "Já para o Brasil, causaria frustração em todos os brasileiros, pois teríamos, com poucas doses, que escolher, num país continental com mais de 212 milhões de habitantes, quem seriam os eleitos a receberem a vacina", informa a nota, divulgada tanto pelo ministério quanto pelo Palácio do Planalto. O posicionamento ocorre após a "CNN Brasil" divulgar uma carta encaminhada pelo CEO mundial da Pfizer, Albert Bourla, ao presidente Jair Bolsonaro e alguns ministros em 12 de setembro. O documento mostra que a empresa fez um apelo para que o governo fosse célere em fechar um acordo com a empresa devido à alta demanda mundial pela vacina. "Quero fazer todos os esforços possíveis para garantir que doses de nossa futura vacina sejam reservadas para a população brasileira, porém celeridade é crucial devido à alta demanda de outros países e ao número limitado de doses em 2020", dizia o documento, segundo divulgado pela emissora. Em nota, o governo confirma ter recebido a carta e ter feito reuniões com a empresa, mas diz que "cláusulas leoninas e abusivas que foram estabelecidas pelo laboratório criam uma barreira de negociação e compra". Entre as cláusulas, estão que o Brasil fizesse um fundo garantidor em conta no exterior e que fosse assinado um termo que isentasse a empresa de responsabilidade por eventuais efeitos da vacina. O governo também aponta como impeditivo a opção da empresa para que a solução de possíveis conflitos fosse com base em leis de Nova York. E volta a citar a quantidade de vacinas, prevista de 500 mil doses no primeiro e segundo lote e de 1 milhão no terceiro -chegando, assim, a 2 milhões iniciais. A nota, porém, não informa o total que era negociado junto à empresa, previsto em 70 milhões de doses. Para o governo, "representantes da Pfizer tentam desconstruir um trabalho de imunização que já está acontecendo em todo o país, criando situações constrangedoras para o governo brasileiro, que não aceitarão (sic) imposições de mercado". Como argumento, o governo cita o total de contratos já obtidos de vacinas, que envolvem 354 milhões de doses -destes, no entanto, boa parte ainda são dependentes da liberação de insumos da China para que possa haver produção no Brasil. Em meio às críticas, a nota diz ainda que "em nenhum momento fechou as portas para a Pfizer", mas que aguarda "posicionamento diferente do laboratório". "Merece destaque o fato de que, além dos aspectos já citados, é a única vacina que precisa ser armazenada e transportada entre -70°C e -80°C, prevendo um intervalo de três semanas entre primeira e segunda doses. Além disso, o laboratório não disponibiliza o diluente para cada dose -que ficaria a cargo do comprador." "Além disso, a Pfizer ainda não apresentou sequer a minuta do seu contrato -conforme solicitado em oportunidades anteriores e, em particular na reunião ocorrida na manhã de 19 de janeiro- e tampouco tem uma data de previsão de protocolo da solicitação de autorização para uso emergencial ou mesmo o registro junto à Agência Nacional de Vigilância Sanitária". Questionada pela reportagem sobre a nota do governo, a Pfizer não respondeu até o momento. Nos últimos dias, a empresa tem informado que as cláusulas seguem o modelo de contratos com outros países. Nos bastidores, a empresa tem apontado ainda que só deve pedir aval para uso emergencial de doses de vacinas no Brasil caso tiver um contrato fechado com o governo.