Walmart é a maior empresa do mundo pelo 9º ano consecutivo
(Getty Images)
Walmart é a maior empresa do mundo, segundo o ranking Fortune Global 500;
Estratégias para vencer rivais contribuíram com aumento nos lucros e vendas;
Amazon fica em segundo lugar.
O Walmart é a maior empresa do mundo, segundo o ranking anual Fortune Global 500, divulgado nesta quarta-feira (3). A empresa ocupa a liderança pelo nono ano consecutivo, mesmo após a perda bilionária da família Walton, a mais rica do mundo e responsável pela gigante.
No ano passado, a companhia teve aumento de 1,2% nos lucros em 2021 e crescimento de 2,4% nas vendas, boa parte devido às ofertas no comércio eletrônico. Com o objetivo de superar a concorrência acirrada com a Amazon e o DoorDash, serviço de delivery norte-americano, o Walmart também inovou por meio de entregas de geladeiras e apostou em caminhões sem motorista para levar os produtos aos consumidores.
O serviço de coleta na calçada (pickup), em que o consumidor compra o produto online e vai até a loja retirá-lo, também foi uma estratégia que deu certo durante a pandemia, responsável por gerar vendas de US$ 20,5 bilhões em 2021.
O Fortune 500 está em sua 68ª edição e lista, todos os anos, as maiores empresas do mundo. Segundo o ranking, "a recuperação da Covid-19 criou um enorme momento favorável para as maiores empresas do mundo em receita", sendo que, juntas, as companhias atingiram US$ 37,8 trilhões (R$ 199 tri) em vendas.
Pela primeira vez, as receitas das empresas Global 500 na Grande China (incluindo Taiwan) superaram as receitas das empresas americanas na lista, representando 31% do total. As corporações que compõem o ranking anual das maiores empresas do mundo também obtiveram lucros recordes em 2021.
As 10 maiores companhias do mundo
Walmart
Amazon
State Grid
China National Petroleum
Sinopec Group
Saudi Aramco
Apple
Volkswagen
China State Construction Engineering
CVS Health
Perda milionária em 24h
A liderança do Walmart no ranking da Fortune não significa que a empresa não tem enfrentados desafios nos últimos tempos. No dia 26 de julho, a família Walton perdeu cerca de US$ 13 bilhões (R$ 69,5 bi) depois que as ações da gigante despencaram. O motivo é a redução das expectativas de lucro pela segunda vez neste ano.
As projeções da varejista, controlada pela família, indicam que o lucro ajustado por ação cairá de 11% a 13% neste ano, já que os compradores norte-americanos estão evitando gastar com itens muito caros em meio à inflação recorde. Dois meses atrás, a previsão de queda estava próxima de 1%; em fevereiro, esperava-se um leve aumento.
Em maio, os Walton perderam cerca de US$ 33,7 bilhões (R$ 179,4 bi) depois que as ações da varejista caíram. As razões são similares às de agora; na época, o lucro líquido do trimestre havia caído 25% em relação ao ano anterior.
O indicador de lucro por ação também ficou abaixo das estimativas dos analistas, o que fez com que investidores não reagissem bem. Esta foi a pior queda em um único dia para a empresa desde 1987, segundo a Forbes.