Wall St recua com queda de bancos e nervosismo por relatórios de empregos dos EUA
Por Sinéad Carew e Amruta Khandekar
(Reuters) - Os três principais índices de ações de Wall Street fecharam em baixa nesta quinta-feira, com as ações de bancos como o maior peso nos índices, enquanto investidores se preocupavam com possibilidade de que um relatório chave de empregos dos Estados Unidos previsto para sexta-feira possa estimular aumentos agressivos da taxa de juros pelo Federal Reserve.
O índice bancário do S&P 500 encerrou em queda de 6,6% após atingir seu nível mais baixo desde meados de outubro, com investidores perdendo o interesse no setor depois que o credor da indústria de tecnologia SVB Financial Group lançou uma venda de ações para fortalecer seu balanço patrimonial devido ao declínio dos depósitos de startups que ainda lutam por financiamento. O índice de tecnologia Nasdaq encerrou em queda de mais de 2%, enquanto os índices S&P 500 e Dow Jones caíram quase 2%. Investidores também estavam estressados antes do relatório de sexta-feira sobre as folhas de pagamento fora do setor agrícola de fevereiro dos EUA, com expectativas de grandes aumentos salariais alimentando preocupações com a inflação. O chair do Fed, Jerome Powell, intensificou nesta semana os temores sobre os próximos incrementos nos juros com o objetivo de combater a inflação teimosamente alta. O Dow Jones caiu 1,66%, para 32.254,86 pontos. O S&P 500 perdeu 1,85%, para 3.918,32 pontos. O Nasdaq caiu 2,05%, para 11.338,36 pontos. A maior pressão sobre o S&P 500 veio do setor financeiro seguido por tecnologia da informação. O índice financeiro encerrou o dia em queda de 4%, sua maior perda percentual em um dia desde junho de 2020. O subsetor bancário S&P ficou negativo no acumulado do ano nesta quinta-feira, em baixa de 4,7% até agora para 2023. Esta quinta-feira foi seu primeiro dia inteiro de negociação abaixo de sua média móvel de 200 dias desde 5 de janeiro. Enquanto todos os 11 principais setores industriais do S&P 500 recuaram, serviços públicos, em baixa de 0,8%, foi o menor declínio, seguido por bens de consumo básicos, em queda de 0,95% e saúde, com perda de 1%.