Veja ao vivo a passagem pela Terra de um asteroide maior que o Corcovado
Nesta terça-feira (18), conforme anunciado pelo Olhar Digital, um asteroide âpotencialmente perigosoâ, maior do que o morro do Corcovado (no Rio de Janeiro) passarĂĄ prĂłximo Ă Terra. E vocĂȘ poderĂĄ assistir ao vivo a esse evento, graças ao Projeto TelescĂłpio Virtual da ItĂĄlia, com sede em Roma, que sediarĂĄ um livestream (transmissĂŁo on-line) a partir das 17h (horĂĄrio de BrasĂlia).
Nesse momento, o asteroide 7482 (1994 PC1) estarå quase em sua posição mais próxima da Terra: 1,6 milhÔes de km, a menor distùncia que chegarå do nosso planeta por pelo menos 200 anos, de acordo com a EarthSky.
âO Virtual Telescope Project o mostrarĂĄ ao vivo, on-line, em tempo real de voo, quando atingir o pico de brilhoâ, afirmou o fundador do projeto, o astrofĂsico Gianluca Masi. Para assistir, clique neste link.
Posição mais próxima serå de quase 5 vezes a distùncia entre a Terra e a Lua
Descoberto em 1994 por um observatĂłrio na AustrĂĄlia, o 7482 (1994 PC1) tem cerca de 1,1 km de diĂąmetro, e Ă© um objeto rochoso do grupo Apollo.
De acordo com o Centro de Estudos de Objetos Próximos à Terra (CNEOS), gerenciado pelo Laboratório de Propulsão a Jato (JPL) da Nasa, em sua aproximação måxima de nós, às 18h51, o asteroide estarå a uma distùncia equivalente a pouco mais de 5 vezes a distùncia média entre a Terra e a Lua, que é de 384,4 mil km.
Segundo o Space.com, a agĂȘncia espacial norte-americana estĂĄ trabalhando para cumprir uma orientação do Congresso de buscar e relatar pelo menos 90% de todos os NEOs de tamanho igual ou maior do que 140 metros, e planeja lançar uma missĂŁo ao espaço atĂ© 2026, chamada NEO Surveyor. A missĂŁo, agora, deve atingir essa meta atĂ© 2036 â embora fosse desejo da Nasa ter concluĂdo o trabalho em 2020.
Com uma rede de telescópios parceiros no espaço e no solo constantemente em busca de NEOs, a Nasa monitora os objetos potencialmente perigosos por meio de seu Escritório de Coordenação de Defesa Planetåria.
Por enquanto, nĂŁo temos ameaças iminentes para nos preocupar, mas a agĂȘncia continua a realizar pesquisas, como forma de precaução. Um exemplo Ă© o Teste de Redirecionamento de Asteroides Duplos (DART), lançado em 24 de novembro, que buscarĂĄ alterar o caminho de um asteroide e sua lua no fim deste ano.
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O 7482 (1994 PC1) completa uma volta ao redor do Sol a cada 572 dias, com sua distĂąncia atĂ© nossa estrela variando entre 0,9 e 1,8 unidades astronĂŽmicas (AU). Uma AU Ă© a distĂąncia entre a Terra e o Sol â cerca de 150 milhĂ”es de km.
O asteroide tem seus parĂąmetros orbitais bem conhecidos, e nĂŁo hĂĄ nenhum risco de colisĂŁo com nosso planeta, nem nesta aproximação nem no futuro. A Ășltima vez que ele passou tĂŁo perto de nĂłs foi em 17 de janeiro de 1933, quando chegou a 1,1 milhĂ”es de km.
Com brilho 10 na escala de magnitude, ele nĂŁo serĂĄ visĂvel a olho nu. PorĂ©m, poderĂĄ ser visto com um bom telescĂłpio. Para um observador em BrasĂlia, ele surgirĂĄ 62Âș acima do horizonte a sudoeste a partir das 19h45, na direção da constelação de peixes, descendo gradativamente atĂ© se pĂŽr Ă s 0h44 do dia 19.
Esse asteroide Ă© perigoso ou nĂŁo?
Pela definição da União AstronÎmica Internacional (IAU), devem ser classificados como Asteroide Potencialmente Perigoso (PHA, Potentially Hazardous Asteroid) todos aqueles que se aproximem da Terra a menos que 7,5 milhÔes de Km e que tenham tamanho maior do que 140 metros de diùmetro, o que lhes då o potencial para causar danos regionais significativos em caso de impacto.
Ou seja, (7482) 1994 PC1 atende aos dois requisitos, mesmo que não haja nenhuma chance de impacto. Aliås, a probabilidade de impacto sequer é considerada na classificação de um asteroide como PHA ou não.
Ainda assim, asteroides potencialmente perigosos precisam ser monitorados constantemente para que possamos perceber qualquer alteração em sua órbita que possa representar algum risco de impacto no futuro. Mas é só isso.
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