Usuário perde R$ 6 milhões em bitcoin no golpe da live falsa

·2 min de leitura
O golpe do bitcoin funciona da seguinte forma: o criminoso cria uma live no YouTube se passando por uma personalidade conhecida do mundo financeiro
O golpe do bitcoin funciona da seguinte forma: o criminoso cria uma live no YouTube se passando por uma personalidade conhecida do mundo financeiro
  • Golpista, disfarçado de uma figura pública, prometia duplicar os valores doados;

  • CEO disse ter denunciado 489 golpes desse tipo só na última semana;

  • Golpe procura usar contas com bastante seguidores roubadas, para aumentar a credibilidade.

Um dos golpes mais comuns da atualidade, especialmente quando se tratando de criptomoedas, fez mais uma vítima de peso no último sábado (15). Dessa vez um usuário perdeu 26 bitcoins, o equivalente a R$ 6 milhões, no golpe da live falsa.

O golpe funciona da seguinte forma: o criminoso cria uma live no YouTube se passando por uma personalidade conhecida do mundo financeiro.

Desta vez o escolhido foi o CEO da MicroStrategy, Michael Saylor, mas outras figuras como Elon Musk, da Tesla, e Vitalik Buterin, fundador do Ethereum, já foram imitados pelos estelionatários.

O falsificante anuncia que irá devolver em dobro cada doação que receber. Pode parecer bom demais para ser verdade, mas números grandes de visualizações e likes, relatos de cúmplices dizendo que conseguiram, e a figura do CEO famoso, acabam facilitando a decisão das vítimas.

Leia também:

CEO vai ao Twitter

Após saber do caso através da conta no Twitter @whale_alert, que monitora grandes movimentações de dinheiro na blockchain, o CEO que foi imitado, Michael Saylor revelou que 489 destes golpes foram lançados no Twitter somente na última semana.

Segundo o executivo, a rede tira do ar as lives após algumas horas depois, mas os fraudadores simplesmente lançam mais e mais.

Golpistas roubam contas do Youtube

Uma reportagem do portal Decrypt revelou que os hackers, antes de tudo, tentam arranjar contas no Youtube que já tenham bastantes seguidores, para depois a repaginarem, trocando o nome e foto perfil. Dessa forma há menos suspeita que a conta seja falsa.

Além de CEOs, os golpistas também imitam contas de agências de câmbio de criptos, como a Gemini, que já viu sua imagem ser usada para esse mesmo tipo de golpe em 2020.