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Tubarão gêmeo siamês é achado no litoral de SP; animal é o primeiro da espécie do mundo

Tubarão de duas cabeças é encontrado no litoral paulista (Foto: Divulgação/Edris Queiroz)
Tubarão de duas cabeças é encontrado no litoral paulista (Foto: Divulgação/Edris Queiroz)

Pescadores da região de Itanhaém e Peruíbe, no litoral de São Paulo, encontraram próximo à costa um tubarão com duas cabeças. Cientistas identificaram o animal, da espécie galhudo, como o primeiro gêmeo siamês do mundo. A causa da anomalia pode estar ligada à poluição dos oceanos, de acordo com especialistas.

De acordo com o G1, o animal, encontrado por pescadores, foi doado ao Instituto de Biologia Marinha e Meio Ambiente (Ibimm) de Peruíbe para estudo.

"É o primeiro caso do mundo, registrado e documentado na literatura, de um tubarão galhudo gêmeo siamês encontrado na natureza", relatou, ao G1, o professor e biólogo Edris Queiroz. O estudo para acompanhar o animal foi realizado por ele e pela pesquisadora Luana Felix, do Ibimm.

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Os pesquisadores descobriram que o animal não só possui duas cabeças, mas que também apresenta dois corações e duas colunas vertebrais independentes, além de outros órgãos internos duplos. Por esse motivo, o animal foi definido como “gêmeo siamês”.

"É um acontecimento muito raro, devemos ter entre 10 casos no mundo. O problema é que eles morrem rapidamente, logo após o nascimento. Se tornam presas fáceis e acabam sendo predados", explicou Edris.

Poluição dos oceanos

De acordo com o cientista ouvido pelo G1, não é possível determinar a causa da anomalia. No entanto, há hipóteses do animal ter se desenvolvido desta maneira por causa da poluição dos mares, pois “os tubarões acumulam metais pesados em sua alimentação, e isso pode gerar o que chamamos de uma mutação, uma anomalia", explicou.

Outra hipótese é do fenômeno estar ligado a alterações genéticas e problemas no útero da mãe. Além da equipe do Ibimm, o estudo também contou com a participação dos professores Alberto Amorim e Eduardo Malavasi, do Instituto de Pesca de Santos.

"Com essas novidades, talvez seja possível chamar atenção para os problemas sérios que têm ocorrido nos ambientes marinhos. Esse estudo vai ajudar a buscarmos medidas que auxiliem na preservação e conservação das espécies", concluiu Edris ao G1.