Tribunal paquistanês denuncia como ilegal detenção de Imran Khan
O Supremo Tribunal do Paquistão considerou ilegal a detenção do líder da oposição Imran Khan, no que constitui uma nova etapa num drama político que desencadeou uma onda de violência em todo o país.
O juiz disse que a detenção de Khan na terça-feira, enquanto participava numa audiência separada, era "desrespeito ao tribunal".
A decisão do tribunal originou manifestações de júbilo entre os apoiantes do líder da oposição.
Khan continua a ser a figura política mais popular do Paquistão. Após a detenção, os seus apoiantes manifestaram-se em várias cidades, atacando edifícios governamentais e esquadras da polícia.
Pelo menos 10 pessoas foram mortas nos distúrbios e muitas mais ficaram feridas, quer em ataques dos apoiantes de Khan, quer devido às ações das forças de segurança.
Khan, que foi destituído do cargo há um ano por uma moção de censura no Parlamento, enfrenta múltiplas acusações de corrupção nos tribunais paquistaneses.
Na terça-feira, Khan estava no tribunal para responder a um conjunto de acusações, quando agentes anti-suborno entraram sem aviso, arrastaram-no e empurraram-no para um veículo blindado num caso relacionado com outro conjunto de acusações.
Com o país dominado pela tensão política, o Supremo Tribunal instou Khan a apelar aos apoiantes no sentido de rejeitarem a violência.
Esta sexta-feira, Khan regressa ao Supremo Tribunal de Islamabad para responder a acusações de corrupção.