A Nova Zelândia é mais um país a banir o TikTok dos dispositivos usados por membros do governo. A nação insular implementou uma regra que proíbe parlamentares, membros das Forças Armadas e integrantes do Ministério das Relações Exteriores e Comércio de instalar a rede social em celulares e tablets de trabalho.

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A medida é para evitar o acesso indevido e vazamento de informações confidenciais das autoridades. A decisão foi tomada após ouvir especialistas em segurança cibernética e conversas com membros de órgãos reguladores de outros países.

Somente poderá ignorar a orientação quem precisa acessar o TikTok para realizar o trabalho, como assessores de comunicação ou social media. Os demais devem remover o software dos dispositivos usados para fins institucionais.

Segundo a Reuters, a proibição começará a vigorar no final de março, portanto essas pessoas terão apenas alguns dias para desinstalar o app. Não foi dito qual seria a punição para quem descumprir a norma.

Limitação apenas no parlamento

O primeiro-ministro da Nova Zelândia, Chris Hipkins, esclareceu que a restrição é apenas aos aparelhos vinculados à rede parlamentar. Departamentos e agências ficam liberados para agir como preferirem, pois eles seguem as orientações do Gabinete de Segurança de Comunicações.

Mesmo assim, integrantes das Forças Armadas locais e do Ministério das Relações Exteriores preferiram aderir à medida. A decisão para estar ligada ao fato de ambos lidarem com dados estratégicos, que poderiam colocar em risco a nação.

Os neozelandeses são os quartos a barrar o uso do TikTok em celulares e tablets institucionais. No início da semana, o Reino Unido anunciou o banimento em todos os aparelhos governamentais. Antes, os Estados Unidos e a Comissão Europeia já tinham impedido o uso da rede social nos dispositivos de trabalho.

Por que o TikTok está sendo banido dos dispositivos governamentais?

O temor seria de repasse indevido de informações pela ByteDance para o governo da China. A alegação é que, como a sede fica no país asiático, a empresa poderia ser pressionada legalmente para revelar dados sobre os usuários, como localização, apps usados e conversas trocadas pela plataforma.

A ByteDance já reiterou sucessivas vezes que não compartilha dados com a China, inclusive porque os data centers ficam na Europa. Mesmo assim, existe o temor de vazamento de tais informações de forma não autorizada pelo usuário.

Ontem (16), o governo norte-americano parece ter dado uma espécie de ultimato: ou a ByteDance vende o TikTok para uma empresa ocidental, ou o app será banido do mercado. Ainda não houve nenhum anúncio neste sentido, então existe um impasse a ser resolvido nos próximos dias.

O CEO do TikTok, Shou Zi Chew, foi convocado por parlamentares para dar explicações sobre o funcionamento e o repasse de dados do TikTok. É provável que o executivo detalhe mais sobre seu plano de criar um projeto de proteção de dados para EUA e Europa, que impedisse o acesso de terceiros.

Fonte: Canaltech

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