Three Gorges pode vender fatia de US$ 4 bi no exterior: Fontes
(Bloomberg) -- A China Three Gorges estuda a venda de uma participação de até US$ 4 bilhões no portfólio de ativos no exterior da estatal, segundo pessoas com conhecimento do assunto.
A gigante de energia abordou fundos soberanos - incluindo o GIC, de Cingapura, e a China Investment Corp. (CIC) - sobre a possível aquisição de uma participação minoritária equivalente entre 10% e 20% dos ativos internacionais da China Three Gorges, disseram as pessoas, que não quiseram ser identificadas.
A decisão de vender uma participação segue a reorganização dos ativos no exterior da empresa em uma unidade separada, segundo reportagem da Bloomberg News em dezembro passado. A China Three Gorges tem trabalhado com assessores para criar uma empresa para englobar os ativos internacionais e atrair investidores estratégicos, disseram as pessoas.
O portfólio total no exterior pode ser avaliado em até US$ 20 bilhões, disseram as pessoas. A empresa pode considerar listar a unidade ou alguns dos ativos posteriormente, disseram.
O tamanho da participação acionária ainda pode mudar, dependendo dos ativos finalmente incluídos no acordo, disseram as fontes. Os planos ainda estão em andamento e nenhuma decisão final foi tomada, disseram.
A venda de uma participação minoritária ajudaria a empresa a reduzir dívidas e a responder aos pedidos do governo chinês para que estatais implementem uma reforma de propriedade mista, uma política destinada a aumentar a eficiência e competitividade dessas empresas.
As conversas avançam lentamente devido a fatores como o impacto das graves inundações na região sul do país, onde mais de 2 milhões de pessoas foram deslocadas ao longo do rio Yangtze, e os desafios da pandemia de coronavírus, disseram as pessoas.
Representantes da CIC e do GIC não comentaram imediatamente o assunto. Um representante da China Three Gorges não respondeu a ligações e e-mails com pedido de comentários.
A China Three Gorges embarcou em uma onda de compras de ativos estrangeiros na última década, em meio aos incentivos do governo de Pequim para investimentos no setor de energia global. A empresa comprou quase US$ 14 bilhões em ativos da Europa à América Latina na última década, segundo dados compilados pela Bloomberg.
A estatal surge como a principal candidata para a compra dos ativos de parques solares espanhóis controlados pela X-Elio Energy, no que seria uma das poucas aquisições chinesas na Europa por enquanto neste ano, segundo reportagem da Bloomberg News neste mês.
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