Telescópio registrou o misterioso 'olho da agulha' de galáxia 'anã'
O Telescópio Espacial Hubble possibilita o cálculo da velocidade da expansão do universo
Desportivo está ajudando a NASA a observar uma galáxia misteriosa
Astrônomos tentam entender um buraco presente nas imagens do local
Observando objetos cósmicos há quase 30 anos, o Telescópio Espacial Hubble possibilitou que os cientistas tivessem cada vez mais dados para calcular a velocidade da expansão do universo.
Esse potente aparelho foi o responsável por ajudar a NASA a obter uma nova imagem de uma galáxia em espiral chamada Olho da Agulha, oficialmente chamada NGC 247 ou Caldwell 62. Ela é bem pequena em comparação com a Via Láctea.
Um ponto que chama a atenção dos astrônomos é por esse espaço ter um buraco vazio, sem estrelas ou planetas. A NASA acredita que há pouco gás nessa parte “vazia” da galáxia, o que dificultaria formação de astros.
“Como a formação de estrelas nesta zona cessou, estrelas velhas e fracas estão localizadas no vazio. Os cientistas não sabem como uma estrutura tão estranha se formou, mas os resultados da pesquisa indicam indiretamente interações gravitacionais com outra galáxia no passado”, disse a NASA.
Além da área possivelmente desocupada, também existe zonas vermelhas brilhantes, indicando indicam acúmulos de gás e poeira de alta densidade. Outro ponto curioso é a extremamente intensa de radiação de raios X emanada do coração da galáxia.
A história do Hubble
No ano de 1924, o astrônomo americano Edwin Hubble descobriu que havia muitas outras galáxias além da nossa e constatou que elas estavam em constante distanciamento. Ele notou que quanto mais afastadas, mais rápido elas se distanciavam. Essa constatação gerou a lei de Hubble, na qual podemos calcular a velocidade da expansão.
"A constante de Hubble é um número muito especial, disse a Dra. Licia Verde, cosmóloga do ICREA e da ICC-Universidade de Barcelona, de acordo com o Canal Tech. “Ela pode ser usada para enfiar uma agulha do passado ao presente para um teste de ponta a ponta de nossa compreensão do universo. Isso exigiu uma quantidade fenomenal de trabalho detalhado".