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SVB tenta evitar corrida bancária em meio a saques de clientes

(Bloomberg) -- O universo das startups foi dominado pelo pânico em meio à preocupação com a saúde financeira do Silicon Valley Bank, um banco-chave para o financiamento do setor, o que levou o Founders Fund, de Peter Thiel, e outros capitalistas de risco proeminentes a aconselharem empresas de seus portfólios a sacar recursos, mesmo com o principal executivo do SVB pedindo calma.

A turbulência veio na esteira de um anúncio surpresa do SVB, com sede em Santa Clara, Califórnia, de uma emissão de US$ 2,25 bilhões em ações para reforçar o caixa após uma perda significativa em sua carteira de investimentos. A ação do banco despencou 60% na quinta-feira. Os preços dos títulos registraram quedas recordes, que por sua vez provocaram uma ampla onda vendedora de ações de bancos americanos, o que também contagiou a Ásia e a Europa.

O Founders Fund recomendou que empresas de seu portfólio saquem fundos no SVB, de acordo com uma pessoa a par do assunto, que pediu para não ser identificada. A Coatue Management, a Union Square Ventures e a Founder Collective também aconselharam as companhias de suas carteiras a sacarem recursos, disseram pessoas com conhecimento do assunto. A Canaan, outra gigante de venture capital, disse às empresas de seu portfólio que retirem dinheiro conforme necessário, de acordo com outra pessoa.

Em teleconferência na quinta-feira, o CEO do SVB Financial Group, Greg Becker, aconselhou os clientes do Silicon Valley Bank, controlado pelo SVB, a “manter a calma” em meio à preocupação com a posição financeira do banco, de acordo com uma pessoa familiarizada com o assunto.

Becker realizou a teleconferência com investidores, que durou cerca de 10 minutos, por volta das 11:30, no horário de São Francisco. O executivo pediu aos clientes do banco, entre eles investidores de capital de risco, que apoiem o SVB da mesma forma que a instituição tem apoiado seus clientes nos últimos 40 anos, disse a pessoa.

Representantes do Founders Fund, da Coatue e da Union Square Ventures não quiseram comentar. Representantes do Silicon Valley Bank, Canaan e Founder Collective não responderam de imediato a pedidos de comentário.

Em sua nota às empresas, o Founder Collective disse: “No longo prazo, não acreditamos que os depósitos provavelmente estejam em risco, mas é difícil prever no prazo mais curto”.

Corrida bancária

Garry Tan, presidente e CEO da Y Combinator, alertou sua rede de startups de que o risco de solvência é real e sugeriu que as empresas deveriam considerar limitar sua exposição ao SVB. “Não temos conhecimento específico do que está acontecendo no SVB”, escreveu Tan em post visto pela Bloomberg News. “Mas, sempre que você tomar conhecimento de problemas de solvência em qualquer banco, e isso pode ser considerado confiável, deve levar isso a sério e priorizar os interesses de sua startup, não se expondo a mais de US$ 250 mil em exposição lá.” E acrescentou: “Sua startup morre quando você fica sem dinheiro por qualquer motivo”. Um representante da Y Combinator não quis comentar.

As ações do SVB caíram para o menor fechamento desde setembro de 2016 na quinta-feira. A conferência de Becker foi relatada anteriormente pelo Information.

“Esta é uma corrida bancária clássica e, quando começa, você não quer ser o último cara”, disse o presidente da Ava Labs, John Wu, em entrevista à Bloomberg Television. Wu disse que sua empresa “já se diversificou” e reduziu sua dependência do Silicon Valley Bank.

Um CEO de uma startup que pediu para não ser identificado disse que sua empresa tentou, sem sucesso, sacar milhões de dólares do Silicon Valley Bank durante a quinta-feira. Vários outros clientes do banco disseram à Bloomberg que conseguiram realizar saques na quinta sem problemas significativos, embora em um ponto no dia um deles não tenha conseguido acessar o site do SVB.

Alguns investidores de venture capital disseram que estão ao lado do SVB. “É realmente lamentável que vários GPs (general partners) e empresas estejam piorando uma situação difícil para o SVB, pressionando o botão do pânico”, disse o fundador da G Squared, Larry Aschebrook, mencionando a sigla GP, para firmas de private equity. “O SVB tem apoiado empreendedores e GPs em todos os estágios de seus negócios, e essa parceria deve funcionar nos dois sentidos.”

No caso do investidor Keval Desai, fundador da Shakti, além de não recomendar que empresas de seu portfólio saquem fundos, também colocou uma ordem de compra de ações do banco.

“Não sou Warren Buffett”, disse Desai, alertando que não está dando conselhos de investimentos. “Mas acho que esta é uma oportunidade de compra.”

--Com a colaboração de Lizette Chapman, Sarah McBride, Ed Ludlow e Jenny Surane.

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