Superprodução francesa “Jeanne du Barry”, com Johnny Depp, não empolga Festival de Cannes
O filme de época escrito, dirigido, produzido e protagonizado pela francesa Maïwenn abriu a 76ª edição do Festival de Cannes, fora da competição, nessa terça-feira (16). A competição oficial começa nesta quarta-feira (17) com dois filmes entrando na disputa pela Palma de Ouro.
Adriana Brandão, enviada especial a Cannes
“Jeanne du Barry” não empolgou a plateia e os críticos. O longa de € 20 milhões foi um dos mais caros produzidos na França em 2022. O filme de época conta a história da última favorita do rei Luís 15, uma cortesã sem títulos de nobreza, que usa de sua beleza, sedução e cultura para integrar a aristocracia francesa, mas é menosprezada pela corte de Versalhes.
A superprodução é protagonizada pela própria diretora. Maïwenn contracena com Johnny Depp, que no papel de Luís 15 volta às telas depois dos polêmicos processos sobre violência doméstica mútua e difamação contra sua ex-mulher, Amber Heard. O ator foi afastado de Hollywood e essa reabilitação pelo cinema francês gerou críticas que apontam uma conivência “com os poderosos da indústria cinematográfica mundial”.
A bela Maïwenn/Jeanne du Barry rouba a cena diante de um Johnny Depp/Luís 15 envelhecido, que articula pausadamente as réplicas em francês. A fotografia e as imagens são bonitas, mas a caracterização da corte é caricatural. Um filme longe das cinco produções anteriores da diretora, como “Polisse”, marcadas por muita ousadia e improvisações.
Início da competição
Ao todo, 21 longas-metragens estão na disputa pela Palma de Ouro. Nesta quarta também tem início as outras mostras da seleção oficial e paralelas do Festival de Cannes que acontece até o dia 27 de maio.
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