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Streamer de 20 anos tem osteoporose por má alimentação e refrigerante em excesso

O gamer e influenciador digital José Cláudio da Silva Menezes, mais conhecido pelo apelido Neto Silva, foi diagnosticado com uma doença silenciosa e incomum para sua idade — a osteoporose, descoberta aos 20 anos. Conforme ele mesmo contou à imprensa, a condição foi descoberta quando vivia uma rotina sedentária, se alimentava inadequadamente e se expunha muito pouco ao sol.

Neto Silva era jogador de Free Fire e chegou a ser o Top 1 Global do jogo por 9 meses entre os anos e 2019 e 2020, mas, cansado da rotina desgastante do meio, decidiu se voltar à produção de vídeos sobre o mundo dos jogos no YouTube. O jovem recebeu o diagnóstico de osteoporose em no final de 2021, apenas um ano após a mudança de carreira.

Descoberta da osteoporose

Segundo conta ao jornal Tribuna Online, o influencer passou uma semana apenas dormindo, desanimado e sem fome. Pensando ter anemia, fez exames, e o exame de sangue mostrou apenas que os ossos estariam fracos. À época, Neto não se importou, mas quando resolveu fazer uma corrida, posteriormente, torceu o pé, e notou que torcia as pernas a cada passo. A costela também doía quando encostava parte dela no colchão, e o conjunto de sintomas o fez retornar ao médico.

O diágnóstico de osteoporose primário o assustou e deixou com raiva, já que tinha apenas 20 anos. Entre os elementos da rotina identificados como fatores de risco para a doença, estava o consumo de 3 litros de refrigerante por dia, substituindo até mesmo a água, além de 1 litro de café e energéticos para suportar a rotina de jogador, à época de Free Fire, quando jogava até 18 horas por dia. O streamer foi orientado a tomar vitaminas, tomar sol por 30 minutos todos os dias e cortar os refrigerantes da dieta.

Osteoporose em jovens

Para esclarecer dúvidas acerca da osteoporose em jovens, conversamos com a nutricionisa funcional e esportiva Thaís Barca, formada em Nutrição pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e pós-graduada no tema pela Universidade de São Paulo (USP). Segundo a especialista, a osteoporose é uma doença que deixa os ossos porosos, fracos e quebradiços, aumentando o risco de fraturas, e as chances de seu surgimento podem, sim, ser intensificadas por má alimentação.

O principal fator de risco, nesse sentido, é a deficiência de cálcio, mineral essencial para a saúde óssea. Sem ingestão suficientes de alimentos com a substância, o corpo vai retirá-lo dos ossos para manter seus níveis normais no sangue. Outro elemento importante é a vitamina D, responsável, entre outras coisas, pela absorção de cálcio pelo organismo, tornando sua ausência um potencial risco aos ossos.

A falta de vitamina D faz o corpo absorver menos cálcio, comprometendo a chegada da substância ao sangue e virando um fator de risco para a osteoporose (Imagem: liufuyu/envato)
A falta de vitamina D faz o corpo absorver menos cálcio, comprometendo a chegada da substância ao sangue e virando um fator de risco para a osteoporose (Imagem: liufuyu/envato)

Mais um aspecto alimentar importante a se considerar é o excesso de sódio no organismo, que leva a uma maior excreção de cálcio pelos rins, podendo gerar perdas excessivas e impactando o organismo negativamente. A deficiência de alguns nutrientes importantes aos ossos também influencia nos riscos, como magnésio, fósforo, vitamina K e vitaminas do complexo B. Para repô-los, é importante ter uma dieta equilibrada e variada.

Barca comenta que, embora a osteoporose seja mais comum em pessoas mais velhas — especialmente mulheres na pós-menopausa, devido às alterações hormonais —, ela pode surgir em pessoas mais jovens, como é o caso de Neto Silva. Uma deficiência grande nos nutrientes já citados pode levar à condição em qualquer idade, bem como a falta de atividade física, já que exercícios regulares, principalmente de impacto (como caminhadas e corridas) contribuem para a saúde dos ossos.

Certas doenças crônicas também podem aumentar o risco da doença em jovens, como artrite reumatoide, além do uso prolongado de remédios, como os que contém corticoides. Algumas condições médicas genéticas específicas que levam à perda óssea, como a Síndrome de Klinefelter, também podem contribuir para os riscos de osteoporose.

O que comer para evitar a doença

Uma alimentação variada que inclua peixes de águas profundas, folhas verde-escuras, leite e derivados é uma boa forma de se evitar a osteoporose (Imagem: LanaSweet/Envato)
Uma alimentação variada que inclua peixes de águas profundas, folhas verde-escuras, leite e derivados é uma boa forma de se evitar a osteoporose (Imagem: LanaSweet/Envato)

Para evitar a osteoporose, a nutricionista recomenda o consumo de leite e derivados, peixes de águas profundas e frias, como sardinha e salmão, e vegetais folhosos verde-escuros, como o espinafre e couve, são boas fontes de cálcio. Para a vitamina D, o essencial é a exposição à luz solar, mas há alimentos que podem trazer um pouco da substância e ajudar na reposição, como a gema do ovo e leite e derivados, por exemplo.

No caso da exposição ao sol, principal fonte de vitamina D, é importante que não seja utilizado o protetor solar na hora de se bronzear, ficando pelo menos alguns minutos sem interferências. Após esse período, é recomendado utilizar o protetor, evitando outras condições de saúde.

Barca lembra que a osteoporose é um quadro crônico, e não pode ser totalmente revertido. Com reeducação alimentar e ajuste do estilo de vida, no entanto, é possível evitar a progressão da doença e melhorar a saúde óssea. Introduzir as dicas alimentares para a prevenção da doença valem para a reeducação alimentar, mas convém evitar alimentos que possam prejudicar a saúde dos ossos, como bebidas açucaradas e ricas em sódio, como refrigerantes.

Mudanças de estilo de vida, como prática de exercícios físicos e redução ou eliminação do tabagismo, também são essenciais para frear a doença. Em casos mais graves, convém combinar a reeducação alimentar com medicamentos, mas isso fica a critério do seu médico.

Fonte: Canaltech

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