Startup promete 'assinatura de iPhone' por 180 reais por mês
Startup oferece aparelhos celulares por assinatura em média de 200 reais;
Leapfone foi criada para atender públicos que desejam ter pelo menos um celular novo por ano;
Startup tem propósito sustentável de aproveitar celulares que seriam descartados mais rapidamente;
Nos últimos tempos, os preços de eletrônicos sofrem forte aumento. Não é diferente com os celulares: dados da consultoria GfK mostram que o preço de aparelhos novos subiu, em média, 16% entre janeiro e outubro deste ano, o que torna inviável a troca constante deles. Para atender os públicos que desejam ter pelo menos um celular novo por ano, aliado ao propósito de sustentabilidade e inclusão social, a startup Leapfone foi criada em setembro deste ano.
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De acordo com a revista Exame, a startup oferece aparelhos novos e "reformados" por assinatura, como forma de trazer a inclusão social que um aparelho celular pode oferecer e de aproveitar melhor celulares que seriam descartados desnecessariamente após pouco tempo de uso, além de oferecer opções mais econômicas ao cliente.
Aluguel de aparelhos oferece Samsung, Apple e Xiaomi
De acordo com informações da Exame, no processo, o cliente acessa o site da Leapfone e escolhe o aparelho que deseja e por quanto tempo quer ficar com ele, com prazos que duram de 12 a 30 meses. Caso o cliente queira cancelar a assinatura antes de um ano, é possível cancelar a compra e há uma taxa de 20% das mensalidades restantes para completar 12 meses. Se cumprir o prazo mínimo, ele pode escolher se quer ter desconto para as próximas mensalidades ou se quer, de fato, comprar o aparelho.
A média mensal de preços é de 200 reais pelo aluguel e a startup oferece smartphones das principais marcas no país, como Samsung, Apple e Xiaomi. Os modelos mais procurados são os da Apple, seguidos por Samsung. Os preços variam, é claro, de acordo com a marca: o aluguel do iPhone 11 reformado fica em torno de 189,00 reais por mês, enquanto um modelo da Xiaomi está em 89,90 reais.
Apesar da venda de celulares usados ser um mercado ainda pequeno no Brasil, sendo apenas 7,2% das vendas totais de smartphones no país, de acordo com a consultoria IDC Brasil, a procura por aluguel desses aparelhos é bastante representativa na Leapfone. Dentre os que procuram a empresa, 75% investe em smartphones reformados. Segundo a Exame, os consumidores assim optam, porque, além do preço, existe a experiência de oferecer aos clientes algo similar a um aparelho novo, com caixa e entrega bastante parecidas ao recebimento de um produto comprado em loja.
A Leapfone tem atualmente 100 usuários e fila de espera de 2.000 pessoas, de acordo com a revista Exame. Para liberar mais pessoas, a startup investe na compra de estoque, em meio ao aumento de preços e da escassez de semicondutores, que ironicamente, podem atrair mais clientes ao seu negócio. Também entram fatores como análise de risco e de crédito dos clientes a ser aprovados pela startup, para evitar furtos e roubos.
Com relação a proteção de dados, segundo a Exame, em meio a uma procura tão alta por aparelhos usados, a empresa ainda tem uma política razoavelmente simples de proteção de dados dos clientes: o pedido para que apaguem tudo antes de devolver ou de passar o celular para a empresa.