SpaceX paga R$ 1,2 mi para silenciar funcionária assediada por Musk
Bilionário teria oferecido um cavalo em troca de favores sexuais;
Business Insider conseguiu acesso a documentos secretos e aos relatos de uma amiga da comissária;
Empresa de Elon Musk teria incentivado comissária a fazer um curso de massagem.
A SpaceX, empresa aeroespacial fundada por Elon Musk, o homem mais rico do mundo, realizou o pagamento de US$ 250 mil, ou R$ 1,2 milhões, para uma comissária de bordo da empresa em um acordo extrajudicial que acusa o bilionário de assédio sexual.
De acordo com entrevistas e documentos obtidos pelo portal Business Insider, Musk teria exposto seu pênis ereto para ela, esfregando sua perna sem seu consentimento e lhe oferecido comprar um cavalo em troca de uma massagem erótica. O incidente teria ocorrido em 2016. Na época a comissária trabalhava como membro da tripulação de cabine em regime de contrato para a frota de jatos corporativos da SpaceX.
Conforme uma declaração assinada por uma amiga da atendente e outros documentos, como correspondências de e-mail e registros da empresa, após assumir o cargo, a comissária de bordo foi incentivada a se certificar como massagista para poder realizar massagens em Musk. Teria sido em uma dessas sessões na cabine particular de um Gulfstream G650ER de Musk que o assédio teria ocorrido.
A publicação entrou em contato com Musk, que pediu tempo para comentar, enviando mais tarde um e-mail afirmando que há "muito mais nessa história". "Se eu estava inclinado a me envolver em assédio sexual, é improvável que esta seja a primeira vez em toda a minha carreira de 30 anos que isso venha à tona", disse o bilionário. Já o vice-presidente jurídico da SpaceX, Christopher Cardaci, afirmou que não iria comentar sobre nenhum acordo e se recusou a realizar outros comentários.