Setor de eventos caminha para futuro 100% digital
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Com a pandemia do novo coronavĂrus no Brasil, se tornou impossĂvel a tarefa de realizar um evento ou congresso presencial. Para sobreviver, empresas de eventos se digitalizaram e, para especialistas, nĂŁo hĂĄ volta.
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Entidades do setor estimaram perdas de até R$ 80 bilhÔes até maio. Com o avanço de ferramentas e inovaçÔes, o setor começa a experimentar novos passos enquanto não hå previsão de retorno no Brasil. No futuro, mesmo com a vacina, a inovação deve permanecer.
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âOs benefĂcios de eventos sĂŁo expandir relaçÔes, experiĂȘncia e o conteĂșdoâ, contextualiza Pedro Filizzola, CMO da Sambatech, startup de tecnologia em vĂdeo. âTemos desafios, mas com espaço para gerar valor e entregar conteĂșdo. Evento presencial Ă© mais prĂłximo, mais assertivo. Digital vocĂȘ tem mais escala, mas tem o desafio do relacionamento ser feito de uma forma que agregue valor e gerar negĂłcios que sejam relevantes para os dois lados.â
Todos os dados em um lugar
Ainda que muitas empresas apostem em plataformas convencionais para transmitir palestras e eventos, como Zoom, Google Meet e Skype, algumas startups ganharam força e avançaram com suas tecnologias durante a pandemia. à o caso da Congresse.me, a primeira e maior plataforma de congressos online no Brasil.
Segundo dados divulgados pela própria empresa, eles conseguem reduzir os gastos com eventos em até 90% ao realizå-lo numa plataforma própria. Em 2020, a Congresse.me jå ultrapassou a marca de 100 eventos, com previsão de chegar a 220 até o final do ano. São 700 mil participantes, 3,8 mil palestrantes e 5 milhÔes de palestras.
O diferencial estĂĄ na coleção de ferramentas disponĂveis. Entre elas, Ă© possĂvel ter um banco de dados central dos participantes, controlar pagamentos pela prĂłpria plataforma, exibir as palestras numa plataforma de vĂdeo central e, ainda, emitir certificados e cursos complementares ao evento.
âPor mais que jĂĄ houvesse a criação de vĂĄrios eventos digitais, o mercado nĂŁo estava preparado para essa ruptura. A transição Ă© abruptaâ, disse LuĂz Gustavo Borges, CEO da Congresse.me. âO mercado de eventos nunca mais serĂĄ como era antes, quem souber se posicionar irĂĄ sair na frente nessa nova corrida.â
A startup recebeu um investimento anjo dos fundos Investidores.vc, pioneiro na formação de investidores anjos do Brasil, e da GĂĄvea Angels, um dos maiores e mais tradicionais grupos de investimento anjo do paĂs.
âOs organizadores precisam entendem que o desafio Ă© nĂŁo querer replicar exatamente igual o seu evento presencial nos meios digitais. Afinal, existem pĂșblicos diferentes, atividades que nĂŁo possuem boa experiĂȘncia ainda, porĂ©m hĂĄ inĂșmeras outras oportunidades para serem apresentadasâ, afirma a startup.
Videogame invade o mundo corporativo
Enquanto a Congresse-me aposta no ambiente integrado, a F/Malta jå foca em outro quesito importante em eventos corporativos: a socialização. A troca de cartÔes ou o café informal agora são digitais.
O projeto do empresårio Felipe Malta surgiu como uma plataforma com gamificação para escritórios virtuais. A oportunidade de mercado a transformou em uma base para eventos digitais.
Nele, ambientes tridimensionais sĂŁo desenhados de acordo com as necessidades do evento. Os convidados possuem avatares e podem interager entre eles, alĂ©m de estandes, marcas e outros conteĂșdos.
âNossas experiĂȘncias com essas novas tecnologias tĂȘm sido maravilhosas, mas o primeiro passo Ă© sempre mais delicado para que os clientes entendam, de fato, como o potencial de negĂłcio nessas ferramentas Ă© maior do que a diversĂŁoâ, conta Malta.
Satisfação garantida
Com alguns meses de pandemia no Brasil, vĂĄrios eventos jĂĄ tiveram suas experiĂȘncias no digital. Ă o caso do InovAtiva, maior programa de aceleração de startups da AmĂ©rica Latina. Na 11ÂȘ edição do evento, eles tiveram que digitalizar a experiĂȘncia de mentorias, premiaçÔes e apresentaçÔes de startups do Brasil.
O resultado foi recorde: ao todo, 128 empresas concluĂram todas as atividades obrigatĂłrias. AlĂ©m disso, o evento contou com mais de 460 participantes, entre 213 mentores e investidores, mais de 40 membros da comunidade InovAtiva, 174 empreendedores e mais de 60 produtores de conteĂșdo.
âFoi uma experiĂȘncia muito benĂ©fica para o programa. Como o InovAtiva Brasil Ă© voltado para startups de qualquer lugar do paĂs, independentemente do segmento de atuação, a digitalização do evento conseguiu alcançar um maior nĂșmero recorde de startupsâ, diz Rafael Wandrey, Coordenador-Geral de Empreendedorismo Inovador e Novos NegĂłcios da Secretaria Especial de Produtividade, Emprego e Competitividade (MinistĂ©rio da Economia).
Outro grande evento do setor, enquanto isso, estĂĄ se preparando para entrar nesse âcampo digitalâ: o CASE, um dos principais eventos de startups do Brasil, serĂĄ feito totalmente online em outubro, ao lado do Startup Summit, Sebrae, ACATE e Abstartups. SerĂĄ gratuito, com conteĂșdo 24h em quatro palcos diferentes de palestrantes nacionais e internacionais.
âQueremos revolucionar os eventos digitais e ampliar nosso alcance sem perder de vista o que sempre moveu o CASE e o Startup Summit: conexĂŁo e conteĂșdo de qualidadeâ, afirma Daniel Fazoli, Diretor de OperaçÔes da Associação Brasileira de Startups. âMais de 20 mil pessoas jĂĄ passaram pelos dois eventos. Nesta edição, esperamos mais de 30 milâ.
Para JosĂ© Luiz, diretor de parcerias da Driven.cx, grupo consultivo de transformação digital, Ă© preciso pensar no todo. âToda revolução vem pra ficar, transformando o cenĂĄrio anterior, mas nĂŁo a anulandoâ, diz. âAo entender que um evento Ă© uma plataforma de experiĂȘncias, o canal onde isso acontece nĂŁo pode ser mais importante que a experiĂȘncia em si.â
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