Servidores do BC seguem em greve por tempo indeterminado, diz sindicato
SĂO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Os servidores do Banco Central decidiram, em assembleia nesta terça-feira (14), manter a greve por tempo indeterminado. A aprovação contou com mais de 80% dos votos vĂĄlidos, de acordo com o Sinal (Sindicato Nacional dos FuncionĂĄrios do Banco Central).
Mais cedo, a ComissĂŁo de Trabalho, de Administração e Serviço PĂșblico da CĂąmara dos Deputados aprovou o convite ao presidente do BC, Roberto Campos Neto, para prestar informaçÔes sobre as negociaçÔes com os funcionĂĄrios da autoridade monetĂĄria.
O autor do requerimento Ă© o deputado LeĂŽnidas Cristino (PDT/CE), presidente da ComissĂŁo, e a data da audiĂȘncia pĂșblica ainda serĂĄ definida.
De braços cruzados desde o dia 3 de maio, apĂłs trĂ©gua de duas semanas da paralisação iniciada em abril, os servidores do BC apresentaram na Ășltima semana uma contraproposta de reajuste salarial de 13,5%, ante 27% no pedido inicial, alĂ©m de demandas de reestruturação de carreira.
O presidente Jair Bolsonaro (PL) confirmou na Ășltima segunda-feira (13) que nĂŁo haverĂĄ reajuste para servidores neste ano. Ele disse, contudo, que estĂĄ em estudo a possibilidade de dobrar o valor do auxĂlio-alimentação de todas as categorias ainda em 2022.
A rotina da autoridade monetĂĄria segue comprometida, com interrupção na divulgação periĂłdica de estatĂsticas de crĂ©dito e do setor externo e de outros relatĂłrios e dados importantes para o mercado financeiro.
Em meio à greve dos servidores, o BC publicou no dia 6 de junho uma atualização parcial da pesquisa Focus, com as expectativas dos economistas até 3 de junho. Na véspera do Copom, entretanto, o boletim não foi divulgado.