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'Se precisar trocar cinco vezes presidente da Petrobras, eu troco', diz Bolsonaro

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*ARQUIVO* BRASILIA, DF,  BRASIL,  06-07-2022, 12h00: O presidente Jair Bolsonaro recebe os atletas que representaram o Brasil na 19ÂȘ edição da GynminasĂ­ade, competição realizada na França esse ano com estudantes. (Foto: Pedro Ladeira/Folhapress)
*ARQUIVO* BRASILIA, DF, BRASIL, 06-07-2022, 12h00: O presidente Jair Bolsonaro recebe os atletas que representaram o Brasil na 19ÂȘ edição da GynminasĂ­ade, competição realizada na França esse ano com estudantes. (Foto: Pedro Ladeira/Folhapress)

BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - O presidente Jair Bolsonaro (PL) buscou rebater nesta quarta-feira (13) às críticas de que busca interferir no comando da Petrobras com as sucessivas trocas no comando da estatal e argumentou que os presidentes não tinham "sentimento social".

Bolsonaro ainda ironizou as crĂ­ticas por ter promovido quatro trocas na cĂșpula da estatal durante o seu mandato.

"'Ah, ele trocou quatro vezes o presidente da Petrobras'", disse Bolsonaro a apoiadores, usando uma voz debochada para ironizar as crĂ­ticas, para entĂŁo arrematar: "Sim, e se precisar trocar cinco, eu troco", completou.

O governo do presidente Jair Bolsonaro vem sofrendo desgastes por causa da alta da inflação, puxada em grande parte pelos reajustes dos preços dos combustíveis.

O mandatĂĄrio entĂŁo lançou nos Ășltimos meses uma guerra retĂłrica contra os governadores, a quem acusou de serem os responsĂĄveis pelos preços dos combustĂ­veis, por manterem alta a carga tributĂĄria, e tambĂ©m contra a Petrobras.

Em junho, logo apĂłs o Ășltimo reajuste anunciado pela empresa, Bolsonaro intensificou a pressĂŁo pela demissĂŁo do entĂŁo presidente da Petrobras, JosĂ© Mauro Coelho. O executivo acabou renunciando dias depois.

"Sentimento social estå previsto em lei", diz presidente Jair Bolsonaro passou nesta quarta-feira (13) mais de 45 minutos conversando com seus apoiadores no Palåcio do Alvorada. Ao falar sobre a Petrobras, disse que nunca quis interferir no comando da empresa, mas que seus presidentes não estariam se preocupando com o preço da gasolina.

"NinguĂ©m quer trocar presidente da Petrobras para interferir. A gente quer trocar porque ele nĂŁo tem aquele sentimento social que estĂĄ previsto em lei. Em momentos de guerra, tudo Ă© diferente, atĂ© mesmo na casa de vocĂȘs, quando o marido ou a mulher perde o emprego, entrou orçamento de guerra. Olha, nĂŁo vou mais comprar iogurte, nĂŁo sei o que lĂĄ, nĂŁo vai ser carne, vai ser galinha. VocĂȘ se vira", afirmou o presidente.

Jair Bolsonaro afirmou que os efeitos da guerra entre RĂșssia e UcrĂąnia sĂŁo sentidos em todas as partes do mundo e que por isso os preços dos combustĂ­veis estĂŁo altos. O chefe do Executivo tambĂ©m repetiu que estĂĄ "tudo certo" para a compra de diesel mais barato da RĂșssia, negociação que teria começado durante a sua viagem ao paĂ­s em fevereiro.

Bolsonaro também voltou a criticar a diretoria da Petrobras por seus altos salårios, e sugeriu que a alta dos preços é benéfico para eles porque eles aumentam os lucros.

"O que a gente muda a Petrobras Ă© para a gente, o pessoal, todo mundo tem que procurar o mais barato. NĂŁo pode ficar lĂĄ um diretor ganhando R$ 100 mil por mĂȘs, um presidente R$ 200 mil por mĂȘs, numa boa. Essas pessoas nĂŁo estĂŁo preocupadas com o preço da gasolina. E quanto maior for o preço dos combustĂ­veis, mais lucram em cima de vocĂȘs, mais sobra dinheiro para acionistas", afirmou.

"Não é que a gente não quer que Petrobras tenha lucro. A gente quer que tenha lucro. Mas como estamos em época de guerra, o sentimento tem que ser diferente, é sacrifício para todo mundo. Agora, não faziam isso."

O presidente também cobrou em tom irÎnico que ninguém o acusou de ser o responsåvel pela redução do preço dos combustíveis. Em uma articulação do presidente da Cùmara, Arthur Lira (PP-AL), o Congresso Nacional aprovou proposta que estabeleceu um teto de 17% para tributos estaduais sobre combustíveis e outros itens, que passaram a ser considerados essenciais. A proposta vem resultando na redução dos preços.

Por outro lado, o presidente havia elaborado uma proposta para gastar cerca de R$ 30 bilhÔes para compensar estados que zerassem suas alíquotas. A proposta acabou se tornando num pacote de bondades de R$ 41 bilhÔes, no ano em que busca a reeleição.

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