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Samsung vai investir R$ 1 trilhão na construção de fábricas de chips

O governo da Coreia do Sul anunciou a construção do maior parque de fábricas de chips do mundo, com um investimento trilionário da Samsung Electronics, a divisão principal da gigante de tecnologia. O complexo, que deve ser composto por unidades fabris especializadas em chips de ponta e memórias, será instalado na região metropolitana da capital Seoul, e receberá um enorme investimento de mais de 300 trilhões de won, valor que supera a casa do R$ 1 trilhão em conversão direta.

Ao lado do ministro do comércio, indústria e energia, e de representantes da Samsung, a novidade foi apresentada pelo presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk-yeol, que afirmou que este seria "o maior complexo de semicondutores instalado em zonas metropolitanas com investimento privado". Suk-yeol também destacou como a velocidade na construção do projeto é importante, e reforçou o compromisso do país em tornar a proposta uma realidade, estimando sua conclusão para 2042.

No local serão estabelecidas 5 fábricas especializadas, com algumas delas sendo destinadas à produção de semicondutores de última geração, e haverá a participação de mais de 150 companhias "fabless" (que não fabricam os próprios processadores) locais e globais, bem como de empresas que trabalham no fornecimento de material e equipamentos.

Fábrica da Samsung na cidade coreana de Pyeongtaek — a gigante está investindo trilhões no projeto de investimento em tecnologia do governo da Coreia do Sul (Imagem: Divulgação/Samsung)
Fábrica da Samsung na cidade coreana de Pyeongtaek — a gigante está investindo trilhões no projeto de investimento em tecnologia do governo da Coreia do Sul (Imagem: Divulgação/Samsung)

Conforme explicou o ministro do comércio, a iniciativa é parte de um projeto ainda mais ambicioso que levará à injeção de um total de US$ 422 bilhões (~R$ 2,2 trilhões) em seis áreas estratégicas de tecnologia: semicondutores, baterias de veículos elétricos, veículos autônomos, robôs, telas e biotecnologia. Desse valor, US$ 260 bilhões (~R$ 1,4 trilhão) seriam destinados à produção de chips. Também estariam inclusos Pesquisa e Desenvolvimento, empacotamento de chips, infraestrutura, incentivos fiscais e até cooperação técnica internacional.

Os leitores mais informados no movimento da indústria vão notar similaridades com o CHIPS Act (ou "Lei dos Chips", como tem sido chamada em português), o pacote de medidas federais desenvolvida pelo governo dos EUA em cooperação com gigantes da indústria dos semicondutores, incluindo AMD, Nvidia, Intel e a própria Samsung. Ao que parece, o projeto coreano é muito mais robusto e atraente, como sugerem os políticos e os representantes da marca.

A empresa teria afirmado que a proposta norte-americana tornaria suas plantas nos EUA menos lucrativas, o que gerou incertezas em relação aos investimentos da companhia na região. Essa questão também foi comentada pelo ministro do comércio da Coreia, que disse que o CHIPS Act "pode aprofundar incertezas comerciais, violar os direitos de tecnologia e gerenciamento das companhias, bem como fazer os EUA serem menos atraentes como uma opção de investimento".

O projeto do governo sul-coreano em parceria com a Samsung reforça a corrida de países em todo o mundo para reduzir a dependência da TSMC e outras fábricas taiwanesas (Imagem: Divulgação/TSMC)
O projeto do governo sul-coreano em parceria com a Samsung reforça a corrida de países em todo o mundo para reduzir a dependência da TSMC e outras fábricas taiwanesas (Imagem: Divulgação/TSMC)

Em complemento, o presidente Yoon garantiu que as plantas planejadas para o complexo coreano seriam "muito superiores aos do Texas", fazendo referência às fábricas planejadas pela Samsung para o estado norte-americano, onde o investimento atinge "apenas" US$ 17 bilhões (~R$ 90 bilhões). Seja como for, ainda não é possível afirmar que as promessas de fato serão cumpridas, e se o complexo será realmente um colosso, considerando que esse tipo de construção leva anos para ser concluída.

Ainda assim, o que se pode concluir com o anúncio é que mais países estão na corrida para reduzir a dependência de Taiwan, em especial da TSMC, diante das incertezas políticas resultantes do conflito entre a ilha asiática e a China continental. Mesmo que os valores de investimento pareçam astronômicos a princípio, os prejuízos podem ser muito maiores caso os conflitos resultem no isolamento das fábricas taiwanesas. A situação mostra ainda a crescente importância dos semicondutores, especialmente com o fortalecimento de soluções de IA.

Fonte: Canaltech

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