Rússia revela modelo de sua própria Estação Espacial

Modelo da Ross, estação espacial da Rússia (REUTERS/Maxim Shemetov)
Modelo da Ross, estação espacial da Rússia (REUTERS/Maxim Shemetov)
  • Rússia quer diminuir colaborações com o ocidente após sanções pela invasão à Ucrânia;

  • Primeira parte do projeto deve estar pronta até 2025 ou 2026;

  • NASA afirma que ainda não recebeu um aviso oficial, e espera que Rússia permaneça na ISS até 2028.

A Corporação Estatal de Atividades Espaciais Roscosmos, agência responsável pelo programa espacial da Rússia, revelou um modelo físico de como será a estação espacial planejada para ser construída no país, dando peso às declarações de que a nação abandonará a Estação Espacial Internacional (ISS).

A Rússia busca reduzir sua dependência da Europa e dos Estados Unidos após as sanções ocidentais resultantes da invasão do país à Ucrânia. Por conta disso, o país está tentando construir novos projetos por conta própria, ou em parcerias com outros países, como o Irã e a China.

O modelo da estação espacial foi apresentado pela Roscosmos na mídia estatal russa nesta segunda-feira, durante uma exposição militar-industrial nos arredores de Moscou. Apelidado de "Ross", o projeto ainda não tem data para ser lançado em órbita, mas segundo a agência, seu desenvolvimento acontecerá em duas fases.

Yuri Borisov, chefe da Roscosmos apontado por Putin, confirmou que a Rússia irá deixar a ISS após 2024. A NASA, no entanto, disse que ainda não recebeu um aviso oficial dos russos e que espera a participação da Roscosmos no projeto internacional até 2028.

A Estação Espacial Internacional (ISS) é um projeto encabeçado pelos Estados Unidos e Rússia, e que conta com auxílio de outros países como Canadá, Japão e outros 11 países europeus. Segundo a NASA, o plano é manter a estação funcionando continuamente até 2030.

De acordo com especialistas ouvidos na mídia estatal, a primeira etapa deve acontecer entre 2025 e 2026, onde uma estação espacial de quatro módulos começaria a operar. Em seguida, na segunda, dois novos módulos e uma plataforma de serviço também entrariam em operação. Esta última, segundo os especialistas, deve acontecer entre 2030 e 2035.