Rússia perde 35 bilionários por causa da guerra na Ucrânia
Magnatas russos perderam 27% de sua riqueza entre 2021 e 2022;
Bilionários são alvos de sanções impostas pelo ocidente e sofrem com a queda do rublo;
83 bilionários russos restantes valem 'apenas' U$ 320 bilhões no total.
A guerra com a Ucrânia não tem deixado os bilionários russos muito felizes, já que os donos das maiores fortunas do mundo estão sentindo o impacto das sanções ocidentais à Rússia. Segundo a publicação norte-americana Forbes, o país perdeu 35 bilionários entre 2021 e 2022.
E mesmo quem não deixou de ser um bilionário também viu sua fortuna encolher. Na média, segundo a Forbes, os magnatas russos perderam 27% de sua riqueza entre 2021 e 2022. Entre os motivos estão as sanções em represália à guerra na Ucrânia e a desvalorização do rublo.
Entre bilionários russos que tiveram as maiores perdas estão: Leonid Mikhelson (-$ 10,9 bilhões), Alexey Mordashov (-$ 15,9 bilhões), Gennady Timchenko (-$ 10,7 bilhões), Vagit Alekperov (-$ 14,4 bilhões), Suleiman Kerimov (-US$ 11,4 bilhões) e Tatyana Bakalchuk (-US$ 10,9 bilhões).
Os 83 bilionários russos restantes valem 'apenas' U$ 320 bilhões no total, menos U$ 263 bilhões do que ano passado. Na média, os magnatas russos perderam 27% de sua riqueza entre 2021 e 2022.
Ao todo, a Forbes listou 2.668 bilionários, um total menor do que no ano passado: 329 pessoas tiveram um “downgrade”, o maior número de quedas desde 2009. A fortuna somada dos bilionários também encolheu para US$ 12,7 trilhões, contra US$ 13,1 trilhões em 2021.
Isolamento russo
Desde que a Rússia começou o conflito com a Ucrânia, o país tem sido alvo de uma série de duras sanções econômicas cujos efeitos já são sentidos em diversos setores da economia.
Uma das restrições de maior impacto na economia russa é a remoção de diversos bancos do sistema Swift, uma plataforma financeira e de comércio internacional que realiza pagamentos interbancários em todo o mundo.
Estados Unidos, União Europeia e Reino Unidos proibiram membros da elite russa de acessar ativos ou realizar transações financeiras - o que, na prática, congela dinheiro e bens pessoais, impedindo, entre outras coisas, que títulos de dívida e imóveis sejam vendidos.
Além das sanções, a Rússia também enfrenta uma debandada de multinacionais após a invasão da Ucrânia. Empresas como a Apple, Disney e Ford já anunciaram que estão diminuindo ou suspendendo as operações no país.