Robôs começam a entregar encomendas em cidade dos EUA
Imagine esta situação: você está em casa, a campainha toca e, ao abrir a porta, tem um robô segurando a caixa do produto que você acabou de comprar pela internet. O serviço de entrega do futuro parece coisa de ficção científica, mas já está em fase de testes na cidade de Albany, nos EUA.
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O Digit foi desenvolvido pela Agility Robotics, empresa especializada em fabricar robôs humanoides com braços e pernas funcionais. No dia a dia, ele é capaz de carregar pacotes com até 18 kg sem reclamar. Câmeras e sensores de movimento ajudam o "entregador" a vencer barreiras e obstáculos para que as encomendas cheguem intactas ao seu destino.
Os moradores de Albany, que tem cerca de 55 mil habitantes, já se acostumaram a ver os engenheiros da Agility caminhando com os robôs pelas ruas da cidade. A ideia é aprimorar o senso de direção deles, além de promover essa “interação” com as pessoas.
“Para que esses robôs façam parte da sociedade você precisa se sentir confortável com a presença deles”, diz o fundador da empresa Jonathan Hurst.
Delivery do futuro
A procura por sistemas de entregas rápidas e gratuitas aumentou consideravelmente nos últimos anos. Nos EUA, 16 empresas já têm frotas de veículos que dispensam motoristas para reduzir os custos com empregados de carne e osso.
O grande problema dessas entregas é que elas ficam restritas a acontecer na calçada, fazendo com que o comprador tenha que ir até lá para pegar a mercadoria. Usando o Digit, o delivery poderia ser personalizado, com o robô indo até a porta para entregar o produto.
A Ford já mostrou interesse em agregar os robôs à sua frota de veículos autônomos. Até agora são dois novos “funcionários” que trabalham separando os produtos no depósito da empresa e também na rua, fazendo as entregas.
Veja:
Folha de pagamento
Apesar de não receber um salário, o Digit não é barato e cada unidade custa US$ 250 mil (cerca de R$ 1,3 milhão), fora os gastos com manutenção. A Agility espera construir 40 robôs até o final do ano e a produção em grande escala pode ajudar a reduzir o preço do Digit para algo em torno de US$ 70 mil (R$ 400 mil).
O investimento, por enquanto, está restrito a grandes empresas do ramo que precisam encontrar soluções, que a médio e longo prazo, possam se tornar economicamente viáveis para substituir mão de obra humana por empregados cibernéticos.
Você confiaria?
Um robô com braços e pernas circulando por aí ainda é uma cena que só estamos acostumados a ver no cinema, em situações que nem sempre acabam bem. Imagine como seria esbarrar com drones, androides e máquinas humanoides em cada esquina, desempenhando todo e qualquer tipo de atividades que antes eram exclusivas dos seres humanos.
Será que a mudança vale a pena para termos um serviço de entregas mais rápido, seguro e eficiente? A proliferação de robôs pode causar desemprego e pior a qualidade de vida entre humanos ou vai trazer um bem-estar geral melhor para a humanidade? Você gostaria que um robô entregasse sua próxima encomenda? Comente.
Fonte: Canaltech
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