Retomada do setor aéreo em 2022 resultou em perdas e estragos de 26 milhões de malas no mundo
Atrasos, estragos, perdas: a recuperação do setor aéreo depois da pandemia de Covid-19 gerou um aumento da quantidade de problemas com malas em aeroportos em 2022. É o que mostra um estudo divulgado nesta terça-feira (16) pela Sita, empresa que compila e analisa dados sobre o gerenciamento de bagagens.
Em média, no ano passado, a cada mil passageiros, 7,6 malas foram alvo de incidentes - o que diz respeito a mais de 26 milhões de bagagens, contra 9,9 milhões em 2021. Segundo a Sita, o crescimento é superior ao aumento do número de passageiros. Para chegar a essas conclusões, a companhia analisou dados de cerca de 500 empresas aéreas que trabalham em 2.800 aeroportos em todo o mundo.
No ano passado, 3,4 bilhões de viagens aéreas foram realizadas, contra 2,3 bilhões em 2021. A título de comparação, em 2019, antes da pandemia de Covid-19, um recorde de 4,5 bilhões de viagens aéreas foram realizadas. Na época, a taxa de incidentes com bagagens a cada mil passageiros era de 5,6, dois pontos a menos do que em 2022.
De acordo com a Sita, essa deterioração se deu após anos de melhora regular, diante da evolução tecnológica. Em 2007, a taxa de incidentes com malas era de 19 por mil passageiros.
Rápida retomada após a pandemia
Os maiores aeroportos da Europa, como o Amsterdam-Schiphol, na Holanda, o de Frankfurt, na Alemanha, e o Paris-Charles de Gaulle, na França, registraram problemas de gerenciamento de bagagens em 2022. Em Paris, cerca de 35 mil malas foram perdidas depois de uma greve dos profissionais do setor no ano passado.
(Com informações da AFP)
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