Relatório mostra Brasil como "heavy user" de criptomoedas
Economias emergentes de Índia, China e Brasil se registraram como 'heavy users'
Criptomoedas são usadas como uma ferramenta de investimento em países em desenvolvimento
Uso de criptomoedas foi mais difundido nos países de língua inglesa, como os EUA
Um relatório da Chainalysis - empresa de análise de dados em blockchain - mostra quais países são os maiores usuários de criptomoedas em todo o mundo, e o Brasil é um deles. Para isso, utiliza como método os valores das transações pelo poder de compra e coloca um foco especial no uso não profissional e peer-to-peer - ou P2P, é um tipo de transação que ocorre diretamente entre os usuários, sem a intermediação de uma terceira parte - para avaliar quais países realmente avançaram no uso de criptomoedas.
Leia também:
Tesla, de Elon Musk, quase foi para as mãos de fundo saudita; entenda
Trabalhadores podem consultar pagamento PIS/Pasep pelo app Caixa TEM
Vietnã no topo do ranking
Com alta pontuação no valor geral das transações de criptomoedas, bem como nos pagamentos feitos por indivíduos, o Vietnã lidera com certa folga. Para efeito de comparação, o valor da transação de criptomoeda recebida do país não estava muito abaixo em relação ao da Índia, país muito mais extenso e populoso.
Popular nos países em desenvolvimento
Uma das razões pelas quais as criptomoedas estão se mostrando populares no Vietnã - e em outros países em desenvolvimento, como o Brasil - é que elas são usadas como uma ferramenta de investimento em vez de outras boas opções, de acordo com o relatório. Tentar preservar o valor das economias quando as moedas locais estão oscilando é outro incentivo para investir em criptomoedas, colocando Venezuela, Argentina e Turquia também neste mapa.
Pagamento P2P
Indivíduos em países em desenvolvimento também usam criptomoedas em pagamentos peer-to-peer, mas - neste segmento - são os países africanos, como Nigéria e Quênia, que ocupam uma posição elevada. Afinal, ambos estão na chamada vanguarda da adoção deste método de pagamento, no processo de ultrapassar opções como transferências bancárias e as opções de pagamento digital vinculadas a elas.
Cripto em economias emergentes
Entre os países desenvolvidos, o uso de criptomoedas foi mais difundido nos países de língua inglesa - em primeiro lugar nos Estados Unidos, mas seguido de perto por Reino Unido, Canadá, África do Sul e Austrália. As economias emergentes de Índia, China e Brasil também se registraram como 'heavy users'. No caso do uso intensivo da Rússia e da Ucrânia, Chainalysis os vincula à desconfiança generalizada em relação às instituições e possivelmente à fuga de capitais e à evasão fiscal.