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Quase metade dos CEOs brasileiros admitem estar despreparados a ciberataques

Em um mundo lotado de ameaças e tĂ©cnicas avançadas de exploração, 45% dos CEOs de empresas brasileiras acreditam que suas organizaçÔes nĂŁo estĂŁo preparadas para os perigos atuais. A conclusĂŁo contrasta com outros nĂșmeros que mostram o aumento de investimentos em segurança digital e a adoção de mecanismos mais avançados de defesa; ainda assim, parece que a sensação que fica Ă© de que nunca serĂĄ o suficiente.

Os nĂșmeros aparecem em uma pesquisa desenvolvida por uma coalização de especialistas em segurança cibernĂ©tica de companhias, universidades, centros de defesa e fornecedores de soluçÔes. O estudo comparativo, conduzido pela agĂȘncia de pesquisas ThoughtLab, traçou um panorama comparativo de mais de 1.200 organizaçÔes de 14 segmentos e 12 mercados mundiais, com um total combinado de US$ 125,2 bilhĂ”es (R$ 650 bilhĂ”es) em gastos com segurança.

É, tambĂ©m, uma demonstração das mudanças significativas pelas quais o setor estĂĄ passando e das dificuldades e incertezas na adoção de novas dinĂąmicas. “A cibersegurança alcançou um ponto crĂ­tico de inflexĂŁo, no qual deixou de ser uma questĂŁo de TI para se tornar um risco aos negĂłcios”, afirma Jun Endo, vice-presidente da Elastic para o Brasil e uma das empresas que contribuiu para o estudo.

<em>Pesquisa demonstrou as principais preocupaçÔes dos executivos sobre segurança e o foco dos investimentos que devem ser feitos ao longo dos próximos dois anos (Imagem: ThoughtLab)</em>
Pesquisa demonstrou as principais preocupaçÔes dos executivos sobre segurança e o foco dos investimentos que devem ser feitos ao longo dos próximos dois anos (Imagem: ThoughtLab)

Prova disso Ă© que, no prĂłprio levantamento, essa questĂŁo aparece como sendo uma responsabilidade nĂŁo mais apenas dos CISOs, os diretores de segurança da informação, mas tambĂ©m de CEOs, chefes de operação e outros executivos-chave. As decisĂ”es, agora, envolvem orçamentos, treinamentos, sistemas e a continuidade dos trabalhos, alĂ©m da prĂłpria resiliĂȘncia contra ataques e monitoramento para garantir que tudo esteja correndo bem.

Para Endo, o aumento de 64% no nĂșmero de ataques com danos em 2021 no Brasil, na comparação com o ano anterior, Ă© o estopim de uma mudança que tambĂ©m envolve outros fatores. “A transformação digital acelerada pela pandemia, adoção de ambientes nuvem, Internet das Coisas e trabalho remoto, bem como o disparo no nĂ­vel de financiamento e sofisticação tecnolĂłgica dos criminosos levaram a essa transição”, explica.

Desse volume bem maior, 55% dos golpes foram de negação de serviço, enquanto logo abaixo, com 52%, aparecem as exploraçÔes oriundas de phishing ou engenharia social. Os erros humanos estão em terceiro lugar, com 36%, enquanto os ransomwares, sempre os vilÔes mais assustadores, aparecem em quarto, com 33%.

<em>Golpes de negação de serviço são os que mais atingem as organizaçÔes brasileiras, enquanto os prejuízos à reputação de marca oriundos de um golpe estão no topo da lista de preocupação dos executivos (Imagem: Elements/Rawpixel)</em>
Golpes de negação de serviço são os que mais atingem as organizaçÔes brasileiras, enquanto os prejuízos à reputação de marca oriundos de um golpe estão no topo da lista de preocupação dos executivos (Imagem: Elements/Rawpixel)

Diante de desafios tĂŁo variados, claro, surgem as incertezas. Enquanto metade dos executivos acreditam que seus sistemas de monitoramento de incidentes sĂŁo de alto nĂ­vel, temos tambĂ©m quase um mesmo nĂșmero deles acreditando nĂŁo estarem Ă  pĂĄreo das ameaças que existem por aĂ­. Isso se deve, por exemplo, Ă  ideia de 20%, que acreditam nĂŁo terem visibilidade sobre ameaças que vĂŁo alĂ©m dos dispositivos e atingem redes e a nuvem, ou 38% que acham que suas transformaçÔes e investimentos em proteção nĂŁo acompanharam a transformação digital.

“A cibersegurança Ă© um problema de dados e Ă© a partir dessa perspectiva que os executivos precisam montar suas estratĂ©gias de defesa”, explica Endo, indicando o caminho a seguir. Na visĂŁo dele, a necessidade Ă© de maior convergĂȘncia entre times de observação e defesa, enquanto a consolidação de ferramentas e infraestrutura ajuda a combinar os esforços. “A especialização integrada e maior transparĂȘncia podem abrir novas possibilidades para permitir que o negĂłcio tenha conhecimento com segurança.”

Mudanças críticas e novos investimentos

No Brasil, 25% das empresas consultadas pelo estudo preveem aumentar os gastos de segurança na nuvem atĂ© 2024, enquanto 35% desejam trocar de solução de gerenciamento de eventos ou ampliarem as jĂĄ existentes. Plataformas de detecção e resposta estendidas aparecem como uma tendĂȘncia, enquanto 32% dos executivos jĂĄ pensam em acelerar a adoção de plataformas de consolidem os processos, jĂĄ entrando na rota indicada pelo VP da Elastic.

Os controles de acesso e identificação ainda são a principal preocupação dos executivos, estando no topo da lista de 30% deles. Depois estão as plataformas de anålise e modelagem de riscos (26%), gerenciamento de eventos e segurança (25%) e proteção de cargas de trabalho na nuvem (23%). E-mails, um dos principais vetores de ataques, aparecem mais abaixo, com 22%, na sexta colocação.

<em>Jun Endo, VP da Elastic para o Brasil, acredita na integração de soluçÔes de monitoramento e defesa como o caminho para ampliar a possibilidade de defesa e mitigação de ataques digitais (Imagem: Divulgação/Elastic)</em>
Jun Endo, VP da Elastic para o Brasil, acredita na integração de soluçÔes de monitoramento e defesa como o caminho para ampliar a possibilidade de defesa e mitigação de ataques digitais (Imagem: Divulgação/Elastic)

Do outro lado da moeda, os principais medos surgem quase que empatados. Prejuízos à reputação de uma marca são citados como a maior preocupação após ataques para 32% dos entrevistados, enquanto 31% citaram os custos envolvidos em recuperação e 30% a interrupção dos negócios. Enquanto isso, a ideia é que 57% dos golpes virão a partir de configuraçÔes mal-feitas, seguidas de manutençÔes irregulares (37%) e erros humanos (35%).

Guias de melhores pråticas, normativas e diretrizes, segundo Endo, ajudam a resolver um problema crescente que atinge os ùmbitos pessoal, empresarial e também político. Quando o perigo é global, aponta, saber se proteger em termos de tecnologias e procedimentos a adotar ajuda a evitar que as corporaçÔes sejam vítimas ou possam se recuperar melhor em caso de um ataque bem-sucedido.

“É importante que as organizaçÔes brasileiras se foquem em dois aspectos cruciais: informar a clientes e colaboradores sobre as possĂ­veis tĂ©cnicas de ataque e adotar uma abordagem baseada em riscos”. O VP aponta que, hoje, apenas 24% das organizaçÔes adotam esse tipo de prĂĄtica, que nĂŁo sĂł fortalece a resiliĂȘncia como tambĂ©m auxilia na tomada de decisĂ”es sobre tecnologias e alocação otimizada de recursos. “A identificação rĂĄpida de ameaças, utilizando soluçÔes de segurança e observabilidade, permite Ă s equipes agir proativamente”, finaliza.

Fonte: Canaltech

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