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Quanto falta para que seu carro possa se dirigir sozinho

·12 min de leitura
Waymo já está oferecendo serviços de táxi sem motorista em São Francisco, na Califórnia
A empresa norte-americana de carros autÎnomos Waymo, ligada à Google, jå estå oferecendo serviços de tåxi sem motorista em São Francisco, na Califórnia, e em Phoenix, no Arizona

É tarde da noite na região metropolitana de Phoenix, no Arizona (Estados Unidos).

Sob o brilho artificial da iluminação pĂșblica, um carro pode ser visto se aproximando lentamente. Sensores ativos sobre o veĂ­culo emitem um zumbido baixo. Uma letra "W" verde e azul brilha no para-brisa, fornecendo apenas luz suficiente para olhar para o interior do carro - e podemos ver o assento do motorista vazio.

O freio é firmemente ativado, o carro estaciona e uma notificação de chegada soa no telefone da pessoa que o aguarda. Quando o passageiro abre a porta para entrar, uma voz o cumprimenta pelo sistema de som do veículo: "boa noite, este carro é todo seu - sem ninguém sentado na frente".

Esse Ă© um robotĂĄxi Waymo One, chamado apenas 10 minutos antes por um aplicativo. A oferta desse serviço ao pĂșblico vem se expandindo lentamente pelos Estados Unidos e Ă© um dos vĂĄrios progressos que indicam que a tecnologia dos veĂ­culos autĂŽnomos estĂĄ realmente se tornando parte das nossas vidas.

A promessa da tecnologia de veĂ­culos sem motorista vem seduzindo as pessoas hĂĄ muito tempo. Ela pode transformar nossa experiĂȘncia de transporte e longas viagens, afastar as pessoas de ambientes de trabalho de alto risco e agilizar as indĂșstrias. Essa tecnologia Ă© tambĂ©m fundamental para ajudar-nos a construir as cidades do futuro, redefinindo a nossa dependĂȘncia e relação com os carros, reduzindo as emissĂ”es de carbono e construindo o caminho para formas de viver mais sustentĂĄveis.

E poderĂĄ ainda, em teoria, tornar nossas viagens mais seguras. A Organização Mundial da SaĂșde estima que mais de 1,3 milhĂŁo de pessoas morrem todos os anos em acidentes de trĂąnsito. "Queremos estradas mais seguras e redução do nĂșmero de mortes. A automação poderĂĄ um dia nos oferecer isso", afirma Camilla Fowler, chefe de transporte automĂĄtico do LaboratĂłrio de Pesquisa de Transportes (TRL, na sigla em inglĂȘs) do Reino Unido.

Mas, para que a tecnologia de transporte sem motorista seja adotada em larga escala, muitas mudanças ainda são necessårias.

"Os veículos sem motorista devem ser uma forma muito calma e serena de ir do ponto A ao ponto B. Mas nem todo motorista humano à sua volta comporta-se dessa maneira", afirma David Hynd, cientista-chefe de segurança e pesquisa do TRL. "É preciso ser capaz de lidar com motoristas humanos dirigindo em alta velocidade, por exemplo, ou desrespeitando as regras de trñnsito."

E este nĂŁo Ă© o Ășnico desafio. Existe a regulamentação, a reformulação dos cĂłdigos de trĂąnsito, a percepção do pĂșblico, a melhoria da infraestrutura das nossas ruas, vilas e cidades e a grande questĂŁo da responsabilidade final pelos acidentes de trĂąnsito. "Toda a indĂșstria de seguros estĂĄ examinando como lidar com essa mudança, em que nĂŁo hĂĄ mais uma pessoa responsĂĄvel encarregada do veĂ­culo causador do acidente", segundo Richard Jinks, vice-presidente comercial da companhia de software para veĂ­culos autĂŽnomos Oxbotica, com sede em Oxfordshire, na Inglaterra.

A companhia estĂĄ testando sua tecnologia em carros e veĂ­culos de entrega de mercadorias em diversos locais no Reino Unido e na Europa continental.

O objetivo dos especialistas Ă© ter veĂ­culos com direção totalmente autĂŽnoma, seja na indĂșstria, nas redes de transporte mais amplas e nos carros de passeio, que possam ser desenvolvidos e utilizados em qualquer parte, em todo o mundo.

Carro autônomo sendo testado
A Mcity, da Universidade de Michigan, nos Estados Unidos, testa carros autĂŽnomos em suas pistas que imitam o ambiente de uma cidade real, completa e com faixas para pedestres

Mas, com todos esses obstĂĄculos a serem transpostos, o que exatamente nos espera para os veĂ­culos autĂŽnomos nos prĂłximos 10 anos?

Daqui a 2 anos

O maior obstĂĄculo da indĂșstria de tecnologia de carros sem motorista Ă© como fazer com que os carros sejam operados com eficiĂȘncia e segurança em ambientes humanos complexos e imprevisĂ­veis. Resolver essa parte do quebra-cabeça serĂĄ o foco principal de atenção nos prĂłximos dois anos.

Especialistas estão estudando essa questão nas instalaçÔes de teste da Mcity, na Universidade de Michigan, nos Estados Unidos. A primeira pista de testes específica para veículos autÎnomos do mundo é uma minicidade típica, com 6,5 hectares de infraestrutura de tråfego.

A pista inclui sinais de trĂąnsito, passagens subterrĂąneas, fachadas de edifĂ­cios, arborização pĂșblica, fachadas de residĂȘncias e garagens para testar serviços de entrega de mercadorias e tĂĄxi e diferentes terrenos como ruas, faixas de pedestres, trilhos de trem e marcaçÔes de rodovias onde os veĂ­culos precisam transitar.

É nessa pista que os especialistas testam cenĂĄrios que atĂ© os motoristas mais experientes podem ter dificuldades de enfrentar, desde crianças brincando na rua atĂ© dois carros tentando entrar em um cruzamento ao mesmo tempo.

"O teste da tecnologia de carros sem motorista depende de centenas de variåveis diferentes em cada situação", explica Necmiye Ozay, professora de engenharia elétrica e da computação da Universidade de Michigan, nos Estados Unidos. A solução proposta por ela é a criação de um grupo de planejadores diversos.

"Estamos tentando trazer pessoas de diferentes partes da universidade - não apenas engenheiros, mas também de outras disciplinas, como psicologia. (São) pessoas mais relacionadas com a interação entre seres humanos e måquinas, porque existem muitas questÔes relativas à segurança que estamos tentando solucionar", afirma Ozay.

Na instalação de testes, Ozay e sua equipe podem testar diferentes cenårios de trùnsito e explorar como os veículos autÎnomos comunicam-se entre si, mantendo os dados pessoais e dos veículos protegidos contra hackers.

Os tĂĄxis sem motorista jĂĄ estĂŁo nas ruas de Phoenix, no Arizona, devido a um prolongado processo de testes como o que estĂĄ sendo conduzido pela equipe de Ozay. Atualmente, o serviço sĂł Ă© disponĂ­vel como teste para o pĂșblico em pequenas ĂĄreas definidas, mas existem planos para liberar os tĂĄxis autĂŽnomos em escala maior e mais ampla nos prĂłximos dois anos.

A companhia norte-americana Waymo, por exemplo, estå expandindo seus testes para novas cidades. Realisticamente falando, San Francisco e Nova York, nos Estados Unidos, poderão ver robotåxis em operação até 2023. Mas uma de suas principais executivas, Tekedra Mawakana, é cautelosa ao afirmar quais poderiam ser as próximas expansÔes do seu serviço e em quais locais, porque "a segurança exige tempo".

A start-up AutoX, financiada pela Alibaba, lançou seu robotåxi totalmente autÎnomo em Xangai, na China, em 2020. Até 2023, é provåvel que o seu serviço esteja disponível em outras cidades chinesas e também na Califórnia, nos Estados Unidos.

Grande parte da tecnologia de veĂ­culos sem motorista jĂĄ em uso encontra-se em ambientes industriais, como minas, armazĂ©ns e portos, mas David Hynd acredita que, nos prĂłximos dois anos, podemos esperar que ela se estenda atĂ© "o Ășltimo quilĂŽmetro da entrega" - ou seja, a parte final da viagem para produtos e serviços, o ponto onde eles sĂŁo fornecidos para o consumidor: veĂ­culos de carga pesada autĂŽnomos nas estradas, por exemplo, ou atĂ© veĂ­culos de entrega de alimentos e outros produtos.

Daqui a 5 anos

Embora a Apple afirme que pretende lançar carros elĂ©tricos totalmente autĂŽnomos daqui a quatro anos, os especialistas da indĂșstria sĂŁo mais cautelosos sobre o que nos reserva o futuro prĂłximo.

Segundo Camilla Fowler, as discussĂ”es sobre a regulamentação e o novo papel das companhias de seguro nesse setor de transporte precisam amadurecer. "A abordagem precisa ser recorrente, seja começando com ĂŽnibus e cĂĄpsulas ou com veĂ­culos para todo terreno, quando houver benefĂ­cio nesse uso, e vocĂȘ terĂĄ um ambiente potencialmente mais controlado, [sabendo] o que funciona com o quĂȘ", afirma ela. "Depois podemos ampliar [a abordagem] e englobar outros tipos de veĂ­culos e mais casos de uso."

Ônibus autônomo em Iserlohn, na Alemanha
Ônibus autĂŽnomos como este em Iserlohn, na Alemanha, poderĂŁo ajudar a levar passageiros do transporte pĂșblico para outras partes da cidade

Um novo setor onde podemos esperar o desenvolvimento da tecnologia de carros autÎnomos são os ambientes de alto risco, que vão desde instalaçÔes nucleares até ambientes militares, para reduzir os riscos para a vida humana, segundo Fowler. Uma mina do grupo Rio Tinto no oeste da Austrålia, por exemplo, estå operando atualmente a maior frota de veículos autÎnomos do mundo. Os caminhÔes são controlados por um sistema centralizado a quilÎmetros de distùncia, na cidade australiana de Perth.

"Se vocĂȘ puder retirar as pessoas daquele local, colocar veĂ­culos autĂŽnomos operando de forma totalmente automatizada e tiver alguĂ©m para controlar Ă  distĂąncia os veĂ­culos naquele ambiente de alto risco, isso sĂł pode ser algo bom", afirma Fowler.

Nos prĂłximos cinco anos, a maior parte da tecnologia de veĂ­culos autĂŽnomos permanecerĂĄ longe do pĂșblico em geral. A empresa britĂąnica TRL estĂĄ pesquisando o potencial de veĂ­culos de carga pesada sem motorista nas estradas, incluindo a ideia de pelotĂ”es de veĂ­culos.

Os pelotÔes são um grupo de veículos semiautÎnomos que dirigem a pouca distùncia entre si, impedindo outros veículos de separå-los. Trafegando próximos entre si, os veículos do pelotão podem reduzir o consumo de combustível, aproveitando a esteira do caminhão à frente, e também ajudam a reduzir os congestionamentos, jå que os caminhÔes juntos ocupam menos espaço na rodovia.

A empresa Plus, a primeira fabricante de caminhÔes autÎnomos, também estå explorando esse campo. Seus experimentos europeus iniciaram operação em 2021, após um teste bem-sucedido na rodovia Wufengshan, no centro econÎmico do Delta do Rio Yangtze, na China.

Longe dessas indĂșstrias, Necmiye Ozay prevĂȘ ainda que "poderemos ver veĂ­culos robĂłticos mais leves, que poderĂŁo usar as calçadas e ciclovias com velocidade limitada, para entrega de itens como alimentos".

Com relação ao transporte pĂșblico, a Oxbotica tambĂ©m estĂĄ trabalhando com a empresa especialista de sistemas de veĂ­culos ZF, sediada na Alemanha, ao longo dos prĂłximos cinco anos para tornar o ĂŽnibus autĂŽnomo um padrĂŁo real para as cidades europeias, operando nas ruas e aeroportos, de forma muito similar aos ĂŽnibus atuais.

"Os veĂ­culos sobre trilhos que vemos atualmente em aeroportos nĂŁo precisarĂŁo mais desses trilhos daqui a cinco anos. Isso significa que os ĂŽnibus autĂŽnomos poderĂŁo transportar vocĂȘ do estacionamento atĂ© o aeroporto, depois direto para o seu portĂŁo de embarque e atĂ© o aviĂŁo", explica Richard Jinks.

Para os usuĂĄrios, isso poderĂĄ resultar em sistemas de transporte mais confiĂĄveis e econĂŽmicos. "A interligação dos sistemas de transporte autĂŽnomos para formar um sistema de transporte pĂșblico que seja tĂŁo eficiente quanto entrar no seu carro e dirigi-lo pode ser a solução para os congestionamentos no futuro", acrescenta Jinks.

Daqui a 7 anos

Todos os especialistas concordam que os prĂłximos sete anos dependerĂŁo dos sucessos e fracassos dos desdobramentos iniciais e como evoluirĂŁo a segurança e a confiança do pĂșblico. Mas a maioria espera que novos projetos nas cidades permitam maior adoção dessa tecnologia e nos ajudem a adotar essas formas de vida modernas e mais eficientes.

"Se vocĂȘ mora em uma ĂĄrea urbana densa, espera-se que vocĂȘ possa confiar na mobilidade enquanto serviço. VocĂȘ poderĂĄ chamar o carro, ele chegarĂĄ em dois minutos e vocĂȘ faz a sua viagem. VocĂȘ nĂŁo precisaria mais ter aquelas enormes filas de carros estacionados na rua, o que deixa faixas mais livres para os veĂ­culos automĂĄticos", afirma Hynd.

Sem carros estacionados ao longo da rua, a faixa de circulação dos veículos poderå ser mais estreita, o que abre espaço para mais åreas verdes. Mas, enquanto os defensores dos veículos autÎnomos insistem que eles tornarão nossas ruas mais seguras, alguns acreditam que pedestres e veículos autÎnomos simplesmente não podem ser misturados. Isso poderå fazer com que nossas cidades e a forma como fazemos uso delas recisem ser reprojetadas.

Parte desse pensamento jå estå se tornando realidade. Em 2018, a empresa sueca IKEA desenvolveu um conceito de veículo autÎnomo que pode também servir de sala de reunião, hotel e armazém. O impacto desse tipo de inovação é a redução da necessidade de viajar, em primeiro lugar, oferecendo ambientes intercambiåveis como e quando precisarmos. Nossas necessidades poderão ser atendidas onde quer que nos encontremos.

Ozay espera que muitas outras opçÔes autĂŽnomas sejam oferecidas para os clientes nesse perĂ­odo, inclusive no campo dos carros de passeio. "Minha esperança Ă© que os carros tenham inteligĂȘncia suficiente para dizer 'sim' ou 'nĂŁo', quando questionados se podem levar um passageiro do ponto A ao ponto B com confiabilidade e segurança em um dado dia, analisando antecipadamente as condiçÔes do tempo e do trĂĄfego", explica ela.

Daqui a 10 anos

Apesar de todos os desdobramentos e inovaçÔes que a próxima década provavelmente irå trazer, alguns especialistas acham que ainda poderemos estar longe do total desenvolvimento dos veículos autÎnomos.

Segundo Ozay, "a direção totalmente automĂĄtica - em todas as condiçÔes possĂ­veis, em que vocĂȘ pode colocar as crianças sozinhas no carro e enviĂĄ-las para qualquer lugar sem preocupação - Ă© algo que eu nĂŁo espero chegar a ver" ao menos atĂ© 2031.

David Hynd concorda que a automação total nesse prazo é improvåvel. "Como ocorre com qualquer outra infraestrutura de transporte, com tudo o que a sociedade utiliza, muitas outras coisas precisam acontecer para isso chegar. E não falo só de regulamentação", afirma ele.

A segurança serĂĄ um obstĂĄculo importante, especialmente em paĂ­ses mais lentos para adotar mudanças devido aos enormes custos envolvidos. A infraestrutura tambĂ©m definirĂĄ a rapidez e a eficiĂȘncia de desdobramento dessa tecnologia - e a percepção e a disposição do pĂșblico de utilizar veĂ­culos autĂŽnomos precisarĂŁo aumentar, segundo Hynd.

Mas nem todos concordam com isso. Richard Jinks acredita que veremos veĂ­culos autĂŽnomos nas estradas ao lado dos veĂ­culos dirigidos por seres humanos daqui a 10 anos. Nesse sentido, vocĂȘ poderĂĄ entrar em um ĂŽnibus autĂŽnomo no aeroporto e dali sair para um tĂĄxi sem motorista que irĂĄ levĂĄ-lo atĂ© o seu destino final.

Ser dono de um carro autĂŽnomo nos prĂłximos 10 anos Ă© menos provĂĄvel - segundo Hynd, ele ainda serĂĄ caro demais para a maioria das pessoas. Mas a promessa da tecnologia de veĂ­culos sem motorista estĂĄ por libertar-nos da nossa dependĂȘncia dos carros, o que pode transformar o uso do nosso tempo e o nosso ambiente.

Para Jinks, "estamos tentando resolver um dos maiores problemas de engenharia do Ășltimo sĂ©culo. A evolução se darĂĄ ao longo do tempo, com o aumento da complexidade dos ambientes e recursos, em todos os lugares. É um continuum, pense sobre esse continuum... ele continuarĂĄ melhorando com o passar do tempo. Essas coisas aprenderĂŁo continuamente umas com as outras."

Da mesma forma que as estaçÔes de carregamento de eletricidade começam a entrar lentamente nos estacionamentos, nas ruas laterais e nos postos de gasolina, os veículos autÎnomos também entrarão algum dia na nossa vida diåria. Daqui a alguns anos, poderemos até ficar imaginando como conseguíamos viver sem eles.

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