Quais gastos cortar quando a situação financeira apertar
Por Melissa Santos
As projeções para a economia brasileira, que já não ia tão bem quanto o mercado esperava, despencaram com a chegada do novo coronavírus. Prova disso é que instituições como o BofA (Bank of America) passaram a estimar retração do PIB brasileiro para este ano. Com uma sequência de notícias nada animadoras para o mercado, os cidadãos já começam a temer pelo futuro.
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“Ninguém sabe ao certo qual vai ser o tempo de extensão das medidas de controle do coronavírus e o impacto real que elas podem causar em todos. Se a situação apertar, as pessoas podem adotar algumas medidas para reduzir gastos”, orienta Julio Duram, diretor de produto e tecnologia do Guiabolso.
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Para auxiliar as pessoas durante esse período, confira 5 gastos que podem ser cortados ou renegociados durante este período de crise.
1- Financiamentos de imóveis e veículos
Por conta da crise provocada pelo coronavírus, o CMN (Conselho Monetário Nacional) determinou que os bancos podem suspender até duas prestações de financiamento de imóveis e veículos por 60 dias, além da negociação de outras dívidas.
É necessário contatar o seu banco para verificar as regras, pois alguns necessitam que os pagamentos anteriores estejam todos em dia. “Se a crise persistir por mais tempo, não é demais propor uma conversa com o gerente do banco. Eventualmente, é possível até migrar o crédito para uma instituição que esteja com taxas de juros mais baixas, o que o mercado chama de portabilidade”, orienta Duram.
2- Aluguel
De acordo com Victor Corazza Modena, professor de Empreendedorismo e Gestão Financeira da IBE-FGV, caso a pessoa tenha tido a renda impactada pelo coronavírus, também cabe renegociar o contrato de aluguel para contribuir com a redução de custos. “O proprietário do seu imóvel deve estar preocupado com a manutenção de suas receitas, portanto, entre em contato para negociar uma redução ou carência, enquanto esta situação perdurar. Conversar e negociar é melhor do simplesmente parar de pagar.”
3- Tarifas bancárias
Um gasto que pode ser facilmente cortado e negociado são as tarifas bancárias. “No ano passado, o brasileiro gastou mais de R$ 700 para manter as contas correntes e cartões de crédito. Com tanta opção digital gratuita ou mesmo o pacote essencial do Banco Central, o consumidor pode cortar esse custo e economizar a longo prazo”, afirma Yolanda Fordelone, economista do Guiabolso.
4- Serviços mensais
Com as medidas de restrição para contribuir com a propagação do vírus, as pessoas pararam de usar alguns serviços mensais, como academia, salão de beleza e estacionamentos.
“No caso da academia, é possível tentar o congelamento do pagamento enquanto o serviço estiver fechado ou a extensão do plano. Já no caso de estacionamento mensal e de serviços de beleza é possível pedir o adiamento do pagamento ou mesmo algum desconto dado o momento”, recomenda Yolanda.
5- Contas básicas (Luz, água e energia)
Ana Rosa Vilches, diretora pedagógica e de projetos estratégicos da DSOP Educação Financeira, orienta avaliar a possibilidade de postergar o pagamento de contas básicas. “Em muitos casos serviços de energia, água e gás não serão cortados em função da crise. Portanto, pode ser uma opção para ser pensada por alguém que está passando por um momento financeiro difícil”, fala.
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