PT decide apoiar candidato de Bolsonaro à presidência do Senado
A bancada do PT no Senado anunciou nesta segunda-feira (11) o apoio a Rodrigo Pacheco (DEM-MG) para a presidência da Casa, na eleição que será disputada em fevereiro.
Pacheco é o candidato do atual presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP) e conta com o apoio também do presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido) .
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Em nota, o partido afirmou que a decisão se deu por unanimidade e foi tomada considerando dois aspectos centrais: assegurar a independência do Poder Legislativo e propor uma agenda para superar a "gravíssima crise" que o país atravessa.
O senador Paulo Rocha (PT-PA) destaca que o partido decidiu pelo apoio ao único candidato que tem condições de vencer a disputa.
“Não temos número para lançar um candidato nosso, e o MDB não tem condições de vencer, porque está rachado".
"Mas isso não tira nossa posição político-ideológica, nem nossa oposição ao governo Bolsonaro", afirmou o petista.
O partido tem seis senadores na bancada.
Pacheco conta agora com o apoio de cinco partidos: DEM, PSD, PROS, Republicanos e PT, em um total de 28 votos. São necessários 41 votos para vencer a eleição.
Inicialmente, o líder do partido, senador Rogério Carvalho (PT-SE), já havia declarado apoio a Alcolumbre, em uma possível reeleição.
Em discurso no plenário, o líder do PT no Senado, Rogério Carvalho (SE) afirmou no ano passado: “Se eu puder e tiver a oportunidade de dar um voto a Vossa Excelência que eu não dei, darei com muito gosto. Sabe por quê? Porque eu acredito é na boa política e não na nova política fascista que quer dominar o Brasil”.
No entanto, chegaram a considerar o respeito ao critério da proporcionalidade, que prevê que o comando da Casa seja ocupado pelo partido de maior bancada - no caso o MDB.
Mas a aliança do PT com o MDB na Câmara prejudicou as negociações. Os petistas não querem que a legenda que capitaneou o impeachment de Dilma Roussef (PT) tenha o comando das duas Casas.
Além disso, o MDB ainda não definiu o nome de seu candidato. O partido liberou os possíveis concorrentes a conquistar votos de outras siglas. Quem conseguir reunir o maior número de votos seria o candidato da bancada.
O representante da legenda deve ser anunciado na sexta-feira, mas segundo aliados, ainda não há consenso no nome escolhido. Estariam na disputa Eduardo Braga (AM) e Simone Tebet (MS).
Tebet tem rejeição entre os petistas por ser apoiadora da Lava Jato.