Protestos de auditores prende mais de 800 caminhões em Foz do Iguaçu
Protestos de auditores fiscais ocorrem por todo o país;
Ainda há 100 caminhões esperando em uma fila virtual nos arredores;
Auditores pedem o reajuste salarial prometido pelo presidente.
O protesto dos auditores fiscais brasileiros contra o governo segue firme e forte enquanto a categoria demanda o reajuste salarial prometido pelo presidente Jair Bolsonaro (PL), e a regulamentação do bônus de eficiência, aprovado em 2016.
Além dos atrasos no Porto de Santos, diversos pontos da fronteira do país seguem com filas de caminhões querendo cruzar.
Só no Porto Seco de Foz do Iguaçu são 800 caminhões parados no pátio, e mais 100 esperando em uma fila virtual nas redondezas. A informação é do sindicato da categoria Sindifisco.
Além dos atrasos causados pelos auditores fiscais, às indústrias do setor de comércio exterior também sofrem com uma operação-padrão (também conhecida como operação-tartaruga) dos fiscais agropecuários.
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Protesto dos servidores
Os protestos iniciaram ainda no passado, após o presidente Jair Bolsonaro (PL) recuar em sua promessa de dar o reajuste salarial para todas as categorias do funcionalismo público.
O presidente decidiu apenas incluir no Orçamento de 2022 o reajuste para policiais federais, PF e PRF.
Outras categorias do funcionalismo também estão protestando ou se mostraram descontentes com o governo, como servidores do Banco Central, peritos médicos e funcionários do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada).
Orçamento de 2022
Assim que anunciado, o aumento para os funcionários públicos foi criticado pelo ministro da Economia, Paulo Guedes. Segundo o ministro, o reajuste aumentaria o cenário de inflação sofrido pelo país.
A equipe técnica do ministério da Economia também alertou para a impossibilidade de cumprir com a promessa de Bolsonaro.
Atualmente há um espaço de apenas R$ 1,7 bilhão no Orçamento disponível para reajustes salariais. O problema é que somente o reajuste concedido aos policias federais está estimado em R$ 2,8 bilhões.