Proibição de robôs assassinos é tema de debate em reunião da ONU
Reunião da ONU feita esta semana em Genebra, na Suíça, discutiu a possibilidade de regulamentar ou banir robôs assassinos.
O tema de debate chamou a atenção de especialistas em Inteligência artificial (A.I.), estratégia militar, desarmamento e direitos humanos;
Segundo pacto entre ONGs, que deseja acabar com as armas, a conclusão da reunião foi "drasticamente sucinta".
Uma reunião da Organização das Nações Unidas (ONU) realizada nesta semana em Genebra, na Suíça, foi acompanhada de perto pelos especialistas em inteligência artificial (A.I.), estratégia militar, desarmamento e direitos humanos.
O interesse desses setores se deu pelo tema discutido na ocasião, que era sobre robôs assassinos, drones, armas e bombas que tomam decisões próprias, dotados de cérebros artificiais e capazes de atacar e matar.
A questão levantada foi: o que fazer para regulamentar ou banir esses mecanismos.
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Os robôs assassinos, que a população normalmente associa a filmes como ‘Robocop’ e ‘Exterminador do Futuro’, são tecnicamente conhecidos como armas autônomas letais. Protótipos do tipo já foram usados em conflitos reais.
Neste ano, a maior parte das 125 nações pertencentes ao acordo chamado de ‘Convenção sobre Armas Convencionais’ afirmou o desejo em limitar os robôs assassinos.
Em contrapartida, a sugestão foi contestada por países que desenvolvem as armas, como os EUA e a Rússia.
A reunião do grupo acabou na sexta-feira (19) com uma vaga declaração sobre a ponderação de possíveis medidas aceitáveis a todos os participantes.
A ‘Campaign to Stop Killer Robots’, espécie de pacto entre organizações não governamentais que deseja proibir essas armas, afirmou que a conclusão da reunião foi “drasticamente sucinta”.
Dá-se o nome de ‘Convenção de Armas Desumanas’ para um conjunto de regras que proíbe e restringe armas consideradas como causadoras de sofrimento.
Contudo, para estrategistas de guerra, os robôs, na realidade, oferecem a possibilidade de manter soldados fora de perigo, assim como permitem decisões mais rápidas do que a de um humano em ocasiões de conflito.
As informações são do Estadão.