Presidente de Comitê Olímpico da França pede demissão a pouco mais de um ano das Olimpíadas em Paris
Faltando apenas 14 meses para os Jogos Olímpicos de Paris, em 2024, a presidente do Comitê Olímpico e Esportivo da França (CNOSF), Brigitte Henriques, renunciou ao cargo nesta quinta-feira (25). A instituição está mergulhada em uma crise que já dura mais de um ano. O Comitê Olímpico Internacional pediu às federações francesas foco na organização das Olimpíadas.
"Já não tinha escolha", disse a ex-presidente da CNOSF, ao anunciar sua demissão, no salão da Maison du Sport Français durante uma assembleia aguardada com grande expectativa. Henriques estava no cargo desde junho de 2021. "Fiz isso pelo esporte francês (...) e por todos os franceses que estão nos assistindo", disse ela em seu discurso de despedida aos membros da organização. “Passei momentos difíceis”, revelou, antes de ser aplaudida por membros da instituição.
Conflitos internos e rivalidades acabaram minando a presidência de Henriques, em guerra aberta durante meses contra Denis Masseglia, anterior presidente da CNOSF. Com o tempo, a situação de Henriques, que foi eleita para o cargo em 29 de junho de 2021, “ficou insustentável”, de acordo com membros do CNOSF ouvidos pela AFP.
A CNOSF reúne mais de uma centena de federações francesas, representa o COI na França, mas tem um papel menor na organização dos Jogos Olímpicos de Paris, que acontece de 26 de julho a 11 de agosto de 2024.
Após o discurso de abertura da Ministra do Esporte, Amélie Oudéa-Castéra, dizendo que estava preocupada em “trazer de volta a serenidade e o interesse coletivo”, a presidente dirigiu-se então aos membros do CNOSF.
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