Prepare o bolso: preço médio de notebook sobe para R$ 4,7 mil
Notebooks ficaram 23% mais caros em 2022
Computadores de mesa estão custando, em média, R$ 3,5 mil
Elevação nos preços deve reduzir as vendas no longo prazo
Uma das maiores desvantagens do trabalho remoto é que, em muitos casos, o trabalhador precisa comprar os próprios equipamentos para desenvolver as atividades profissionais. Se antes a empresa fornecia um escritório com um computador, agora são os funcionários que precisam ter esse gasto, em especial no caso de freelancers.
O problema é que o preço do notebook não para de subir. Se alguém quebrar o instrumento de trabalho, o prejuízo é considerável. No primeiro trimestre de 2022, o custo médio de um computador desktop esteve em torno de R$ 3,5 mil e de um notebook em R$ 4,7 mil. Isso representa um aumento de 8% a 23% a mais do que no primeiro trimestre de 2021.
Um levantamento realizado pelo IDC mostra que entre janeiro e março foram vendidos cerca de 1,98 milhões de aparelhos no país. Esse número representa uma pequena alta de 6% em relação ao mesmo período de 2022. Já a receita do mercado de computadores cresceu 27% na comparação, subindo para R$ 8,9 bilhões.
Nos primeiros três meses do ano, 450 mil desktops foram comercializados, o que representa uma alta de 15%, e aproximadamente 1,5 milhão de notebooks, 3% a mais.
Essa alta foi impulsionada pelo mercado corporativo, que atingiu o maior nível de participação nos últimos anos, representando quase 49% das vendas totais de computadores. No varejo, que alcançou o volume próximo de 1 milhão de unidades, caiu 12%, ano contra ano.
O IDC ainda projeta que 2022 o número deva crescer cerca de 2,4% frente a 2021. No entanto, esse resultado deverá ser diferente entre os segmentos de consumo e corporativo. As vendas no varejo devem diminuir 2,7% devido à alta de preço das máquinas.