Preço do prato feito subiu 23% em um ano, segundo estudo da FGV
Preço do prato feito está 23% mais salgado do que no último ano
Aumento foi puxado pela alta de mais de 60% do arroz e do feijão
Motivo é a valorização do real em relação ao dólar
O conhecido prato feito do brasileiro está 23% mais caro do que nos últimos 12 meses, puxado por um aumento de mais de 60% do arroz e do feijão. Os dados são de um estudo da FGV (Fundação Getúlio Vargas) divulgado nesta quarta-feira (28), que calcula a alta dos alimentos. As informações são do UOL.
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Só o tomate salva
Entre os dez principais alimentos que compõem o prato feito, o feijão preto e o arroz foram os que tiveram o aumento mais salgado, de 69,7% e 60,8%, respectivamente.
Temperar os alimentos também ficou mais difícil, já que a cebola teve alta de 41,1% nos preços. A batata também não ficou de fora da lista, com aumento de 19,4%.
Comer proteína também está mais caro. A carne bovina foi a que teve a maior alta, de 27,2%, seguida pelo frango (13,9%) e pelos ovos (10%).
O tomate foi o único alimento a ficar mais barato, com queda de 24,6% nos preços.
Causas
O motivo desse aumento é a desvalorização do real em relação ao dólar, que se intensificou durante a pandemia da covid-19, de acordo com Matheus Peçanha, pesquisador da FGV. "Esse movimento do câmbio induz um aumento nas exportações, sobretudo dos cereais e das carnes, favorecendo a redução da oferta interna e pressionando os preços", afirmou.
O levantamento tem como base as médias apuradas pelo IPC (Índice do Preço ao Consumidor) da FGV em março. A variação foi dez vezes maior que a inflação média, calculada em 6,1% durante o mesmo período.