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Por que o Inmetro vai "cortar" a autonomia dos carros elétricos?

O mercado brasileiro de carros elétricos teve uma forte movimentação na última semana e não foi por causa da chegada de um novo produto. Uma resolução do Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia) fez com que a autonomia de todos os veículos elétricos à venda no Brasil tivessem sua autonomia oficial informada diminuída.

Segundo a entidade, as regras para determinação da autonomia de um carro elétrico devem seguir as normas do PBEV (Programa Brasileiro de Etiquetagem Veicular), que, na prática, pedem para que o que for informado para o consumidor seja o pior cenário de alcance daquele veículo.

Carros como o Audi e-Tron vão precisar mudar a etiqueta de autonomia (Imagem: Felipe Ribeiro)
Carros como o Audi e-Tron vão precisar mudar a etiqueta de autonomia (Imagem: Felipe Ribeiro)

Até então, empresas como Volvo, Chevrolet e Nissan utilizavam os padrões europeus de medição, com o ciclo WLTP (Worldwide Harmonised Light Vehicle Test Procedure ou Procedimento Mundial Harmonizado de Teste de Veículos na tradução livre), que consideram o uso prioritariamente urbano do veículo.

Mas, como você já deve ter visto no em nossas análises de carros elétricos no Canaltech, nem sempre é possível atingir a mesma autonomia declarada pelas empresas. Há casos em que a autonomia é até melhor, mas também existem situações onde não chegamos nem perto.

O que vale, afinal?

Segundo nossos colegas do Inside EVs, a métrica adotada pelo Inmetro, na verdade, não é a do PBEV, e sim do Rota 2030, uma portaria do governo que estipula metas de emissão e consumo dos automóveis, com ações práticas das empresas. Um exemplo dessas ações foram as mudanças impostas pelo Pronconve L7, que obrigou as montadoras a modificarem vários carros.

A Volvo, que liderou o mercado de carros elétricos em 2022, já modificou o modo como revela a autonomia dos seus modelos em seu site oficial. O Volvo XC40 P8, por exemplo, antes tinha alcance declarado de 418km, agora é de "apenas" 305km. A versão de entrada do SUV, com motor P6, "perdeu" ainda mais e de 420km passou para 231km.

Cada carro elétrico tem um funcionamento, modos de condução e formas de regenerar e administrar energia nas baterias. Por isso, essa nova regra imposta pelo Inmetro não faz tanto sentido do ponto de vista prático. Além disso, outros aspectos entram na conta para traçar a autonomia, como clima e o relevo da cidade.

A autonomia já é uma preocupação das pessoas interessadas em comprar um carro elétrico. Será que essa modificação do Inmetro é a mais adequada? O ciclo WLTP já é bem realista, principalmente se considerarmos a média de consumo desses veículos, notadamente mais eficientes na cidade.

Resta saber como os consumidores — e as fabricantes — vão se adequar.

Fonte: Canaltech

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