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Polêmica reforma judicial preocupa setor tecnológico em Israel

Uma polêmica reforma judicial em tramitação no Parlamento de Israel tem preocupado os setores tecnológico e financeiro, que temem uma fuga de investidores no país, o que representaria um forte golpe à economia israelense.

A reforma foi promovida pelo governo do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, que assumiu o posto em dezembro e é considerado o mais à direita da história de Israel.

A reforma tem como objetivo diminuir o poder do Judiciário e dar aos políticos maiores poderes para nomear juízes.

A proposta, no entanto, pode representar um "duro golpe para a economia", alertaram dois ex-dirigentes do Banco de Israel, país que se vê como uma nação de empreendedores.

Várias figuras importantes do setor tecnológico israelense - que representa 15% do Produto Interno Bruto e mais da metade das exportações do país - participaram ativamente de protestos que atraíram multidões em Tel Aviv e outras cidades.

A reforma judicial inclui uma seção que permite ao Parlamento anular as decisões da Suprema Tribunal, que o premiê e seus aliados dizem estar politizado.

- "Corrupção e a incerteza" -

Alguns analistas afirmam que a incerteza em torno da reforma já pesava na economia e que desde o final de janeiro o valor da moeda local, o shekel, caiu 7% em relação ao dólar.

Os trabalhadores da indústria tecnológica, que também participaram dos protestos, dizem que o setor sofrerá se as empresas estrangeiras perderem a confiança no sistema legal e nos princípios democráticos.

O empresário Dror Salee diz que o impacto já está sendo sentido.

"Embora ainda não haja dados sobre a queda do investimento estrangeiro, que representa entre 85% e 90% dos investimentos em alta tecnologia, não conheço nenhuma empresa que consiga arrecadar investimentos neste momento", diz.

"Tudo o que construímos nos últimos 20 a 30 anos está ruindo", acrescentou Salee, que também participou das manifestações.

Para Omar Moav, professor de economia da Universidade de Warwick, no Reino Unido, e da Universidade Reichman, perto de Tel Aviv, "existe uma ligação estreita" entre crescimento econômico e investimento e, por outro lado, o sistema democrático.

"Quando o Judiciário está enfraquecido e o Executivo pode definir as regras do jogo a seu critério, isso abre as portas para a corrupção e a incerteza, duas coisas que afugentam os investidores e os mercados", explicou.

O setor tecnológico expandiu significativamente durante o mandato anterior de Netanyahu, que durou 12 anos e terminou em 2021, ano em que o ramo de tecnologia respondeu por 54% das exportações de Israel, de acordo com os números mais recentes da Autoridade de Inovação do país.

dms/pjm/rsc/kir/an/zm/yr