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Amigos transformam plantio de árvores em negócio de R$ 3 mi por ano

Foto: Divulgação
Foto: Divulgação

Por Melissa Santos

Economista, Felipe Passos trabalhou em banco por 15 anos. Até o momento em que decidiu diversificar seus investimentos. Apaixonado por madeira, ele mirou nas espécies com maior valor de mercado, sem deixar de lado a sustentabilidade. Assim, nasceu a Forte Florestal, empresa de cultivo e manejo de árvores como Mogno africano, Teca e Jequitibá Rosa.

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Enquanto estudava para começar o negócio, ele conheceu o engenheiro florestal Alessandro Ribeiro e começaram a identificar que tipo de terra era boa para começar a empreitada, além de como deixar rentável a produção das madeiras nobres que tem um crescimento lento (18 a 20 anos para conseguir uma safra). “Nunca ligamos muito para o tempo! Nosso foco era ser um negócio que respeitasse a natureza e, ao mesmo tempo, pudéssemos acompanhar ano a ano o desenvolvimento de uma floresta”, fala.

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O solo ideal foi encontrado em Jacupiranga, no Vale do Ribeira, em um local estratégico, a 200 km do Porto de Santos e a 180 Km do Porto de Paranaguá. Felipe, então, falou da oportunidade para colegas do mercado financeiro que toparam investir na hora. “Juntamos oito pessoas e compramos a primeira fazenda de 15 alqueires. Dividimos a terra e cada um ficou com o seu lote. Eles, então, fizeram um contrato com a Forte para administrar todo o serviço na terra, como limpeza e preparação do solo, compra de mudas e etc.”, explica.

O modelo de negócio pouco mudou até então… Os clientes que querem investir procuram a Forte Florestal, que cuida de todas as etapas, desde a documentação para a compra da terra até o manejo da floresta e negociação com futuros compradores. Segundo Passos, o investimento mínimo fica em torno de R$ 200 mil, já levando em conta a terra e os preparativos necessários. “Hoje também recebemos pedidos de algumas pessoas que já tem terreno para avaliar a viabilidade do solo para plantio e aí tocamos esse gerenciamento”, fala.

Felipe Passos e Alessandro Ribeiro, os fundadores do Forte Florestal (Foto: Divulgação)
Felipe Passos e Alessandro Ribeiro, os fundadores do Forte Florestal (Foto: Divulgação)

Mesmo o ciclo das árvores sendo logo, Passos explica que os investidores começam a ver retorno em tempo por conta do plantio inicial. “No começo a gente planta de forma adensada, com muitas mudas, para que elas disputem água e luminosidade entre si. Por isso, ao longo do ciclo, podemos podar aquelas que não se desenvolveram tão bem e manter as com altura e grossura necessárias”, diz.

Uma outra maneira de levar mais retorno para os investidores é a produção de uma segunda cultura de plantio que está começando a ser implementada. “Começamos com a palmeira Jussara para extrairmos o fruto dela e também aumentarmos nossa produção”, diz.

A sustentabilidade também faz parte da essência do projeto, pois cada lote comprado tem cerca de 50% de área para plantação e 50% de Mata Atlântica nativa, que não pode ser explorada. Para Passos, essa é uma maneira de contribuir com a preservação do meio ambiente e tentar minimizar a busca por madeiras ilegais. “Quando investimos em madeira nobre seguindo todas as regras, abastecemos o mercado com madeira de qualidade e inibimos o corte e desmatamento ilegal. Por estarmos perto de polos empresariais como São Paulo também acreditamos que podemos reduzir o interesse pelas madeiras da Amazônia”, fala.

A empresa já está em vias de obter a certificação do FSC, sistema de certificação florestal internacional que reconhece produtos originados de manejo consciente, e também gera um impacto social significativo no Vale do Ribeira. “A região é uma das mais pobres do Estado de São Paulo. Desde que chegamos lá, fizemos questão de que nossos funcionários fossem todos moradores da região. Assim, estamos trazendo investimento e gerando emprego na cidade”, diz.

Hoje, com nove fazendas, a Forte Florestal já conta com cerca de 45 investidores, um faturamento de R$ 30 milhões e mais de 1.000 hectares com 800 mil mudas plantadas.