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Petrobras foca pré-sal, mas buscará liderança na "inevitável" transição energética

Jean Paul Prates

Por Marta Nogueira e Roberto Samora

RIO DE JANEIRO (Reuters) - A Petrobras precisa estar preparada para a "inevitável" transição energética e quer ter um papel de liderança neste cenário de busca por uma economia de baixo carbono, mas enquanto isso focará na produção de petróleo do pré-sal para obter recursos fundamentais para aquele futuro, afirmou nesta quinta-feira o presidente da companhia, Jean Paul Prates.

Em sua primeira videoconferência sobre resultados trimestrais após tomar posse em janeiro, o CEO afirmou que a petroleira "não deixará de colocar fichas no pré-sal" e na Margem Equatorial, nova fronteira petrolífera que também vai financiar a transição energética.

O executivo ressaltou que as operações em águas profundas e ultra-profundas colocam a empresa em posição privilegiada para a geração de energia eólica no mar, inclusive de forma integrada à produção de petróleo e gás.

"Vamos manter o protagonismo na produção de petróleo e gás enquanto trabalhamos para financiar e construir esse novo futuro", disse Prates, que assumiu a companhia em momento em que a empresa acaba de bater recorde de lucro líquido pelo segundo ano consecutivo e com dívidas equacionadas, após uma gestão que também teve aspectos criticados, principalmente sob forte pressão em relação a preços de combustíveis.

"Nosso maior objetivo nessa gestão que se inicia é tornar a Petrobras uma empresa cada vez mais equilibrada, forte, preparada para ser justamente o protagonista dessa transição energética valendo-se do seu conhecimento único, das potencialidades brasileiras para esse mercado em crescimento."

Prates, ex-senador nomeado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para liderar a petroleira, assumiu com expectativa de diversificar a empresa, que passou os últimos anos focada em seus grandes projetos de petróleo e gás, enquanto vendeu grande parte de ativos em outras áreas.

"Investimentos em fontes de energia renovável, como hidrogênio e energia eólica offshore, são caminhos já previstos no plano estratégico vigente", frisou Prates.

Segundo ele, a empresa seguirá de forma responsável e transparente, buscando mais oportunidades de diversificação da operação. "Atentos às demandas da sociedade de uma transição energética justa", afirmou.

A companhia registrou lucro líquido recorde de 188,3 bilhões de reais em 2022, alta de 77% ante o ano anterior, principalmente devido à alta dos preços do petróleo Brent, melhor resultado financeiro e ganhos com acordos de coparticipação em campos da cessão onerosa.

O valor veio acima do resultado esperado por uma pesquisa da Refinitiv, de 178,45 bilhões de reais, e bateu o recorde anterior, que havia sido de 106,7 bilhões de reais em 2021.

As ações preferenciais da companhia operavam em queda de 3% por volta de meio-dia.

(Com reportagem adicional de Gabriel Araujo)