Pessoas com crianças pequenas em casa podem ser menos propensas à covid grave
Pessoas com crianças pequenas em casa podem ser menos propensas do que outras a desenvolver covid-19 grave. Pelo menos, é isso o que afirma um estudo publicado na revista Proceedings of the National Academy of Sciences no último dia 27. Segundo o artigo, adultos que não convivem com crianças apresentam risco 49% maior de hospitalização.
A teoria é que as crianças trazem resfriado da creche ou da escola para casa, e essas infecções mais leves podem fornecer alguma proteção contra a covid-19 grave. Para entender melhor essa relação, uma equipe de cientistas vasculhou os registros médicos de mais de 3 milhões de pacientes atendidos em um hospital da Califórnia de fevereiro de 2019 a janeiro de 2021.
Através da análise de pacientes que tiveram covid, os pesquisadores descobriram que adultos sem crianças tinham um risco 49% maior de precisar de hospitalização e 76% maior de ir parar em uma UTI, em comparação com os pacientes que tinham filhos de 5 anos ou menos.
"Ter filhos pequenos não confere proteção absoluta. Nosso estudo apenas sugere esse efeito. É uma pequena peça de um grande quebra-cabeça que os cientistas estão trabalhando para desvendar. Por que algumas pessoas pegam covid-19 muito grave e outras não? Esta é apenas uma das questões de algo bem complexo", diz o estudo.
No entanto, os autores do artigo ressaltam uma importante limitação: a pesquisa aconteceu antes da vacinação em massa contra a covid-19. Além disso, não está claro se alguma imunidade conferida por resfriados comuns pode se aplicar a todas as variantes, especialmente as cepas atuais mais contagiosas, o que inclui as subvariantes BA.5 e BA.4 da Ômicron.
Fonte: Canaltech
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