Pesquisa: 65% dos trabalhadores LGBTQIA+ dizem ter sofrido discriminação no trabalho
65% dos profissionais LGBTQIA+ afirmam já ter sofrido discriminação no trabalho;
O estudo considerou discriminação toda atividade preconceituosa, incluindo posturas veladas, como ironias, piadas e insinuações jocosas;
O estudo aponta que a maior concentração de LGBTQIA+ está no Sudeste.
Levantamento feito pela consultoria Santo Caos com 20 mil trabalhadores de todo o Brasil mostra que 65% dos profissionais LGBTQIA+ alegam ter sofrido discriminação no trabalho. Enquanto isso, 28% dizem ter sido vítimas de assédio.
Ao considerar apenas as pessoas que se declaram trans, a taxa daquelas que foram alvo de discriminação sobe para 86%. Com bissexuais, a taxa chega a 72%.
Leia também:
Divulgação para nota de R$ 200 custou mais do que campanha de prevenção contra Covid-19
Bilionários americanos ficaram quase US$ 2 trilhões mais ricos durante pandemia
Na China, algoritmo de aplicativo de delivery dita ritmo frenético a entregadores
O estudo considerou discriminação toda atividade preconceituosa, incluindo posturas veladas, como ironias, piadas e insinuações jocosas. A ofensa explícita foi classificada como assédio.
A pesquisa também aponta que 47% dos trabalhadores LGBTQIA+ têm renda média inferior a quatro salários mínimos. Em comparação, esse índice atinge 36% daqueles que não integram o segmento.
Já os assexuais ganham ainda menos, com 81% tendo renda abaixo de quatro salários mínimos. Enquanto isso, gays compõem o maior rendimento, com 20% tendo rendimentos maiores que dez salários mínimos.
O estudo aponta que a maior concentração de LGBTQIA+ está no Sudeste, com 62%, seguida por Nordeste e Sul, com 20% e 10%, respectivamente.
De acordo com o levantamento, 48% das pessoas do segmento revelaram a orientação sexual ou identidade de gênero no trabalho. Contudo, entre pessoas trans, o número diminui para 40%.
*Com informações do jornal Folha de S. Paulo.