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Paul Krugman, vencedor do Nobel, diz que o Bitcoin chegou ao fim

Na Ășltima quinta-feira (1), Paul Krugman questionou a atual situação do mercado de criptomoedas em sua coluna semanal no New York Times, num artigo chamado “Blockchains, para que servem?”. O economista, vencedor do Nobel em 2008, revelou sua crença de que este “inverno cripto” Ă©, na verdade, um inverno eterno que precede o fim do Bitcoin e dos criptoativos.

Em uma comparação com a mitologia nĂłrdica, Krugman chama este perĂ­odo de recessĂŁo de “fimbulwinter” que consiste na sucessĂŁo de invernos que levarĂĄ ao Ragnarök — ou o fim dos tempos. “Nesse caso, [o fim de] todo o mundo cripto, nĂŁo apenas das criptomoedas, mas de toda a ideia de organizar a economia ao redor do famoso 'blockchain'”, pontua.

O especialista questiona a adesĂŁo da rede blockchain, pois, apesar de entender a lĂłgica por trĂĄs da criação de um livro contĂĄbil descentralizado, se pergunta qual Ă© a sua real utilidade e diz que nunca obteve uma resposta satisfatĂłria. “Por que se dar ao trabalho e ao custo de manter um livro contĂĄbil em tantos lugares, e basicamente carregĂĄ-lo toda vez que uma transação ocorrer?”, questiona.

Sobre o uso da blockchain para baratear operaçÔes, Krugman destaca o movimento em que muitas instituiçÔes pioneiras no assunto parecem estar desistindo da ideia. Conforme cita o economista, a bolsa da Austrålia desistiu de usar a rede para liquidar transaçÔes e a companhia de transporte marítimo Maersk, estaria reduzindo seus esforços para implementar a blockchain em suas cadeias de oferta.

O Bitcoin jĂĄ perdeu mais de 50% de valor de mercado em 2022 (Imagem: Pexels/RODNAE Productions)
O Bitcoin jĂĄ perdeu mais de 50% de valor de mercado em 2022 (Imagem: Pexels/RODNAE Productions)

Por fim, o vencedor do Nobel rebate os argumento de que o Bitcoin Ă© Ăștil para assegurar Ă s pessoas do risco de bancos fugirem com o seu dinheiro ou governos imprimirem moeda atĂ© esta perder o seu valor. Segundo ele, as empresas de criptomoedas estĂŁo mais propensas a agir assim do que a economia tradicional, citando os escĂąndalos relacionados a corretoras, incluindo a implosĂŁo da FTX.

“Bancos raramente roubam o dinheiro de seus clientes, enquanto as instituiçÔes cripto mais facilmente sucumbem Ă  tentação; e a extrema inflação destruir o valor do dinheiro Ă© algo que geralmente sĂł acontece mediante o caos polĂ­tico”, defende.

Por fim, o economista avalia que a notoriedade alcançada pelas criptomoedas sĂł foi possĂ­vel graças a uma combinação de ideologia, impulsionada pela desconfiança em relação aos bancos e governos, e paixĂŁo por tecnologia. Em seu auge, outros investidores sofreram com a sĂ­ndrome de estar de fora (FOMO — fear of missing out, em inglĂȘs), o que fez com que os criptoativos furassem a bolha.

“É uma histĂłria incrĂ­vel e tambĂ©m uma tragĂ©dia. NĂŁo sĂŁo apenas os pequenos investidores que perderam grande parte, senĂŁo todas as suas economias. A bolha do mundo cripto teve enormes custos para a sociedade como um todo. A mineração de Bitcoin sozinha usa tanta energia elĂ©trica quanto muitos paĂ­ses”, conclui.

Fonte: Canaltech

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