Mercado fechado
  • BOVESPA

    103.631,30
    +1.838,77 (+1,81%)
     
  • MERVAL

    38.390,84
    +233,89 (+0,61%)
     
  • MXX

    54.194,59
    +311,64 (+0,58%)
     
  • PETROLEO CRU

    74,36
    +1,39 (+1,90%)
     
  • OURO

    1.999,40
    +14,90 (+0,75%)
     
  • Bitcoin USD

    27.951,66
    -475,81 (-1,67%)
     
  • CMC Crypto 200

    609,75
    -9,49 (-1,53%)
     
  • S&P500

    4.050,83
    +23,02 (+0,57%)
     
  • DOW JONES

    32.859,03
    +141,43 (+0,43%)
     
  • FTSE

    7.620,43
    +56,16 (+0,74%)
     
  • HANG SENG

    20.309,13
    +116,73 (+0,58%)
     
  • NIKKEI

    27.782,93
    -100,85 (-0,36%)
     
  • NASDAQ

    13.087,00
    +122,00 (+0,94%)
     
  • BATS 1000 Index

    0,0000
    0,0000 (0,00%)
     
  • EURO/R$

    5,5579
    -0,0104 (-0,19%)
     

Parece que a Lua causa marés no "oceano de plasma" ao redor da Terra

A Lua parece exercer uma força de maré no “oceano” de plasma, localizado na região interna da magnetosfera da Terra. É o que concluiu um novo estudo de Balazs Heilig, pesquisador do Institute of Earth Physics and Space Science na Hungria. Segundo ele, o processo gera flutuações parecidas com as marés dos oceanos.

Ele trabalhou com mais de 40 anos de dados coletados por satélites de diferentes missões científicas, para monitorar mudanças da plasmosfera a cada minuto. A plasmosfera é uma estrutura em formato de rosquinha encontrada sobre as linhas do campo magnético da Terra, logo acima da ionosfera. Como o plasma presente ali é mais denso que o das regiões externas da magnetosfera, ele afunda.

Comparação das marés terrestres, em azul, com as da plasmosfera em vermelho (Imagem: Reprodução/Chinese Academy of Sciences)
Comparação das marés terrestres, em azul, com as da plasmosfera em vermelho (Imagem: Reprodução/Chinese Academy of Sciences)

Isso faz com que surja uma espécie de “fronteira” entre o plasma denso e afundado, e o restante. Ali existe, então, a chamada “plasmopausa”. Os autores descrevem que a plasmosfera é como um oceano de plasma, e a pausa, a superfície — e é ali que ocorrem os efeitos da Lua. Através das forças de maré, ela “distorce” o oceano e faz sua superfície subir e descer, como ocorre nas marés da Terra.

Dados obtidos entre 1977 e 2015 indicaram um padrão interessante. Naquele intervalo, houve quatro ciclos solares completos, que permitiram análises do papel da atividade solar na magnetosfera terrestre. Ao levar em conta a influência do Sol, os cientistas perceberam que as mudanças da plasmopausa acompanhavam padrões diários e mensais parecidos com aqueles das marés dos oceanos terrestres.

Estas mudanças sugerem que a Lua era a principal “culpada” pelas marés de plasma. O autor ainda não sabe ao certo como nosso satélite natural causa estas marés, mas é possível que o processo esteja relacionado às perturbações do campo magnético terrestre causadas pela atração da gravidade lunar.

Por fim, ele acredita que esta interação até então desconhecida entre a Terra e a Lua pode ajudar os pesquisadores a entender melhor outras mudanças na magnetosfera — e estudos futuros podem investigar se o plasma da magnetosfera de outros planetas é influenciado por seus respectivos satélites naturais. “Estas descobertas podem ter implicações para as interações de marés em outros sistemas de dois corpos”, finalizou.

O artigo com os resultados do estudo foi publicado na revista Nature Physics.

Fonte: Canaltech

Trending no Canaltech: