O pai de uma menina queria retomar a guarda da filha após assassinar a mãe dela, mas teve o pedido negado por unanimidade pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios.
O homem matou a esposa em 2017 e, desde então, ela era cuidada pelos tios. Por conta disso, o casal pediu a adoção da menina. Porém, o pai da menor de idade apelou e alegou que o fato de estar cumprindo pena pelo crime não era suficiente para tirar seu poder como familiar da criança.
No entanto, ao analisar o recurso, o relator do caso entendeu que a medida de adoção dos tios simbolizava o que seria melhor para a menina. Embora considere importante a convivência entre pais e filhos, o relator entendeu que esse não era o caso.
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De acordo com ele, o assassinato da mãe pelo pai abalou a vida da criança e lhe causou traumas físicos e emocionais. Além disso, foi apurado que a garota tinha amparo e condição de vida saudáveis ao lado dos tios.
O relator também considerou que a prática do crime demonstrou que o pai da menina, que ainda ficará mais dez anos preso, não tem equilíbrio emocional para se responsabilizar pela formação de uma menor de idade.
Sendo assim, foi confirmada a sentença que dava a guarda da menina para os tios e foi concluído que o pai não tinha condições de retomar os cuidados com a filha. O processo segue em segredo de justiça.