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'Os funcionários tratavam ele como um amigo', diz empregado da fazenda de empresário executado em Miguel Pereira

Empresário, fazendeiro, agropecuarista e ligado ao setor de turismo, Rogério Cavalcanti Van Rybroek, de 62 anos, dividia seu tempo entre o Bairro de Ipanema, onde morava, na Zona Sul do Rio, e suas propriedades rurais, localizadas na Região do Vale do Café. No último dia 25, Rogério estava escolhendo madeiras para uma obra, em um barracão que funcionava como depósito, em uma área que abrange uma de suas fazendas, na Zona Rural do município de Miguel Pereira, quando foi assassinado a tiros por dois homens em uma motocicleta.

Os bandidos fugiram sem nada levar. O delegado André Uchoa, da 96 ªDP ( Miguel Pereira) que investiga o caso, não tem dúvidas que o fazendeiro foi vítima de uma execução. Ainda não há suspeitos identificados, mas uma das linhas seguidas pela polícia para apurar o crime verifica a hipótese de que o assassinato poderia estar ligado a questões envolvendo disputas de terra ou de patrimônio.

— Houve uma execução. Queremos estabelecer a dinâmica do que aconteceu. Se pode ter sido ou não (motivado por) disputa de terras, fazendas ou patrimônio. Ainda não temos suspeitos. Essa é apenas uma das linhas de investigação. Estamos investigando há uma semana. É muito cedo para concluir algo — disse o delegado.

Um levantamento feito pelo EXTRA revela que a vítima é citada como parte em vários processos que tramitam na área cível no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. Entre as ações existentes, há questões envolvendo valores sobre condomínios, locações de imóveis e disputas patrimoniais. O local onde o crime aconteceu, na Estrada do Morro Azul, no Bairro de Arcádia, é ermo, sem iluminação, e não conta com câmeras ou sinal de telefonia.

Além disso, trata-se de uma via sem asfalto, a mais de um quilômetro de distância da rodovia estadual que liga Japeri ao Centro de Miguel Pereira .

De acordo com as investigações da 96ª DP, Rogério Cavalcanti estava escolhendo madeiras em um barracão, que fica dentro da área de uma de suas fazendas, quando foi surpreendido por dois homens numa moto. Os bandidos usavam capacete. Um deles se aproximou por trás da vítima e disparou dois tiros na nuca do fazendeiro que não resistiu e morreu. Legistas que fizeram o exame cadavérico do empresário retiraram dois projéteis do corpo do fazendeiro.

O delegado André Uchoa aguarda o resultado de um exame de balística para confirmar se os tiros que mataram Rogério Cavalcanti partiram de uma curta, provavelmente um revólver. O fazendeiro e empresário do ramo de relógios é descrito por empregados como um homem tranquilo de ótimo relacionamento. O crime, no entanto, assustou a todos que estavam acostumados a conviver com o patrão.

— Ele era muito tranquilo. Os funcionários tratavam ele como um amigo. A gente ficou assustado com o que aconteceu. Aqui é um lugar calmo. Não entendemos o que aconteceu — disse um funcionário de Rogério que pediu para não ser identificado.

Rogério Cavalcanti Van Rybroek era vice-presidente do Sindicato Rural de Miguel Pereira e presidente da Preservale, instituição que contribui para a valorização do turismo, meio ambiente, preservação e cultura da Região do Vale do Café. Pai de dois filhos, Rogério estava em seu segundo casamento, após ter separado da primeira esposa. De acordo com amigos, o agropecuarista era pessoa que gostava de ajudar a todos.

— Ele estava no Sindicato Rural há 14 anos. Ajudava a todos, inclusive me ajudou. Lembro que, uma vez, eu não estava conseguindo vender meus bezerros. Ele me apresentou um comprador que adquiriu os animas. Era pessoa que empregava muita gente, 27 trabalhadores em uma fazenda. Entre outros negócios, ele também criava gado de corte. Era ótima pessoa e não tinha inimigos. Foi um perda grande - disse Luís Paulo Pontes, presidente do Sindicato Rural e amigo pessoal de Rogério.