Os 10 melhores jogos de terror para PlayStation 4
A evolução da tecnologia trouxe consigo novas formas de terror. Se hĂĄ 25 anos o gĂȘnero se fazia de trilha sonora, ambientação e sustos, as possibilidades narrativas e a jogabilidade mais fluida o levou para novos caminhos, Ă s vezes atĂ© distantes dos desejados. No PlayStation 4, entretanto, tivemos alguns retornos, seja de franquias que perderam o rumo ou marcas clĂĄssicas do estilo, alĂ©m de novos expoentes.
A geração do PS4 Ă© aquela em que Resident Evil voltou Ă velha forma, com um divisivo jogo em primeira pessoa e o remake de um dos seus capĂtulos mais importantes. Foi tambĂ©m a era em que o xenomorfo nos assombrou em Alien: Isolation ou que estilos antigos encontraram morada, seja na forma do Survival Horror de Tormented Souls ou na correria de Outlast.
Pensando nisso, o Canaltech resolveu listar os 10 melhores jogos de terror para PlayStation 4.
10. Tormented Souls
Uma pĂ©rola inusitada chegou logo nos primeiros dias do PS5 e mais tarde abriu as portas desse hospital amaldiçoado tambĂ©m para os donos de PlayStation 4. Com jogabilidade fortemente inspirada nos Survival Horrors do passado e visual que remete diretamente a um dos melhores do gĂȘnero, o tĂtulo traz toques modernos a um estilo que ainda deixa saudades.
Tormented Souls, da desenvolvedora Pqube, é a saga de Caroline, que acorda em uma mansão que serve como hospital psiquiåtrico. A busca da verdade sobre seu passado terå um preço alto para ela, enquanto trafega entre mundos e descobre horrores que só podem ser enfrentados com as poucas armas que tem à disposição.
9. Resident Evil 7
Após um passeio pelos jogos de ação e flertes até com o multiplayer, a principal franquia de terror da Capcom dava um passo para trås e olhava suas origens com calma. O Survival Horror, que hå 25 anos tanto nos assustava, estava em baixa, mas não por tanto tempo mais, com a mudança na perspectiva trazendo o horror de volta em uma história que, mesmo nova, ainda tinha suas conexÔes com o passado.
A busca de Ethan Winters por sua esposa, Mia, que acreditava estar morta, Ă© o estopim para a descoberta de novos horrores biolĂłgicos nos pĂąntanos da Lousiana, nos Estados Unidos. Em primeira pessoa, o uso sĂĄbio da munição e dos itens de cura voltou a ser essencial em Resident Evil 7, enquanto os monstros atacam de todos os lados e impedem nosso caminho pela solução de puzzles e busca por itens que destravam a saĂda. Um game assustador e um dos melhores exemplares da sĂ©rie, mas que tambĂ©m divide a comunidade atĂ© hoje.
8. The Evil Within
A resposta do criador de Resident Evil, Shinji Mikami, aos rumos modernos da franquia que ajudou a criar veio na forma deste game em parceria com a Bethesda. Unindo a jogabilidade moderna com um horror inspirado no passado, The Evil Within nos coloca em uma viagem mental cheia de criaturas perturbadoras e muita violĂȘncia, alĂ©m de enigmas psicolĂłgicos.
Sebastian é o personagem principal de The Evil Within, um policial com história trågica que é enviado ao lado de seus companheiros para investigar um massacre em um hospital. Logo ele percebe que as ameaças são muito maiores do que ele é capaz de enfrentar, enquanto nota que hå algo muito próximo e absolutamente aterrador por trås do banho de sangue que encontra ao chegar no local.
7. Observer
Um dos Ășltimos trabalhos do ator Rutger Hauer (Blade Runner: O Caçador de Androides) como protagonista Ă© tambĂ©m um dos melhores games de terror futurista jĂĄ lançados. Com uma qualidade peculiar dentro do rol de tĂtulos da desenvolvedora Bloober Team, o tĂtulo investigativo Ă© tambĂ©m uma viagem pelo horror psicolĂłgico e tecnolĂłgico que apenas implantes malfeitos e a margem da sociedade poderiam entregar.
Observer Ă© a histĂłria de um mundo que padece sob uma praga digital, que ampliou os conflitos entre as pessoas, a pobreza e o uso de drogas. O protagonista Daniel, interpretado por Hauer, Ă© um dos observadores do tĂtulo, policiais com licença para invadir a mente das pessoas, que vai a um edifĂcio decrĂ©pito de apartamentos em busca do filho desaparecido, acabando por entrar em um mundo de terror virtual.
6. Visage
Mais uma proposta independente de alta qualidade, este game inspirado diretamente em P.T., o nosso saudoso Silent Hills, nos coloca dentro de uma casa estranhamente vazia. De pessoas, nĂŁo de histĂłrias, claro, jĂĄ que rapidamente começamos a encontrar os vestĂgios de quem morava ali e, principalmente, de uma tragĂ©dia que acometeu a todos.
Visage tem gråficos realistas e foco na iluminação, com o escuro sendo um fator de manutenção da sanidade do personagem. Ainda que estejamos presos, a exploração é livre, com o caminho pela casa revelando as histórias e terrores; outra mecùnica interessante faz com que as assombraçÔes se tornem mais severas na medida em que o jogador fica aterrorizado, com a exploração cuidadosa sendo exigida a todo momento.
5. Outlast
A curiosidade de um jornalista o leva Ă beira da morte em um dos jogos de terror mais famosos dos Ășltimos anos. Focado nas atrocidades, na violĂȘncia e nos elementos perturbadores, o game da produtora Red Barrels chama a atenção pela atmosfera e pela sensação de pĂąnico, jĂĄ que estamos sempre sendo perseguidos por assassinos e criaturas.
Outlast Ă© mais um tĂtulo passado dentro de um hospital psiquiĂĄtrico, mas que esconde um segredo bem mais obscuro. O escuro toma todos os lugares e o jogador enxerga o caminho usando uma cĂąmera digital, cuja bateria precisa ser gerenciada com pilhas; nĂŁo hĂĄ armas ou muitas formas de se defender, com a furtividade e o cuidado sendo as tĂŽnicas de uma jogabilidade cheia de sustos e ataques ao personagem principal.
4. Until Dawn
A veia narrative da desenvolvedora Supermassive Games nasceu em Until Dawn, game exclusivo para o PS4 que aposta nos clichĂȘs clĂĄssicos do horror. Um grupo de adolescentes em uma viagem festiva para uma cabana isolada Ă© o cenĂĄrio perfeito para a ação de um assassino, cuja sede de sangue sĂł serĂĄ satisfeita quando os jovens caĂrem, um apĂłs o outro.
Until Dawn chama a atenção pelos grĂĄficos, mas principalmente por uma histĂłria em que as decisĂ”es efetivamente importam. SĂŁo mĂșltiplos finais com diferentes combinaçÔes de personagens vivos ou mortos, com todos tambĂ©m podendo sobreviver e, igualmente, morrer, com isso tambĂ©m valendo como um encerramento vĂĄlido. Acima disso, o game deu origem a uma sĂ©rie de games narrativos que segue atĂ© hoje, tornando a produtora um dos grandes expoentes do gĂȘnero.
3. Alan Wake
Um dos clĂĄssicos do terror do Xbox 360 e uma obra cult celebrada atĂ© hoje, o game da Remedy retornou Ă vida e ganhou novas plataformas em uma remasterização que enalteceu ainda mais seus aspectos clĂĄssicos. Com jogabilidade aprimorada e novos visuais, o tĂtulo foi relançado para PlayStation 4 e abriu as portas deste horror literĂĄrio para ainda mais gente.
Alan Wake Ă© o nosso protagonista, um escritor com bloqueio criativo que acaba indo para uma cidadezinha em busca da inspiração. Tudo muda, porĂ©m, quando sua esposa Ă© sequestrada e ele percebe que os responsĂĄveis parecem ter saĂdo das prĂłprias pĂĄginas que ele escreveu. A luz Ă© o caminho para a luta contra estas entidades e tambĂ©m um contraste importante, jĂĄ que, para sair do escuro, nosso personagem principal terĂĄ que o abraçar primeiro.
2. Resident Evil 2
Um dos maiores jogos de todos os tempos agora tambĂ©m pode aparecer na lista de melhores remakes jĂĄ produzidos. Ainda que nĂŁo tenha a genialidade da versĂŁo refeita de seu antecessor, a reimaginação da passagem de Leon e Claire por uma Raccoon City dominada por zumbis e criaturas da Umbrella chama a atenção pelo estilo e pela jogabilidade, que moderniza o clĂĄssico sem que ele perca suas raĂzes.
A iluminação de Resident Evil 2 Ă© um deleite para os olhos, junto com um sistema de desmembramento no qual o corpo dos inimigos reage aos disparos sofridos. NĂŁo sĂŁo apenas zumbis, porĂ©m, mas monstros, perseguidores e cientistas infectados que contam a histĂłria e tentam acabar com o jogador das formas mais variadas possĂveis, enquanto se desenrola uma trama de conspiração que selou o destino de toda uma cidade.
1. Alien: Isolation
O slogan do filme original dizia que, no espaço, ninguém nos ouviria gritar. A desenvolvedora Creative Assembly resolveu levar isso à sério, não apenas entregando uma das criaturas xenomorfas mais ferozes dos games, como também garantindo que ela nos ouvisse através do controle do PlayStation 4, descobrindo nossa localização nesse labirinto espacial e nos obrigando a ficar imóveis, virtualmente e também no mundo real.
Alien: Isolation serve como continuação para o filme original. Controlamos Amanda Ripley, que segue em busca de sua mĂŁe, Ellen, desaparecida desde os eventos que iniciaram tudo. A bordo da Sevastopol, ela vĂȘ sua esperança de reencontro sendo impedida, justamente, pela criatura que causou o desaparecimento, que agora tambĂ©m estĂĄ atrĂĄs dela. O jogador, em posição indefesa, sĂł pode correr, se esconder e torcer para sobreviver.
Menção honrosa: P.T.
As saudades daquilo que jamais tivemos serĂŁo eternas. A junção era de um dos principais designers de jogos da atualidade, Hideo Kojima, ao lado do diretor Guillermo Del Toro (PinĂłquio), com uma das franquias mais saudosas do horror, Silent Hill, em um game que tinha Norman Reedus (The Walking Dead e Death Stranding) como personagem principal. O anĂșncio veio de surpresa, com um começo meteĂłrico e um fim trĂĄgico.
P.T., sigla para âPlayable Teaserâ, ou âTeaser JogĂĄvelâ, dava uma amostra do que estava por vir e revelava, ao final, que o novo tĂtulo se chamaria Silent Hills. Em meio aos problemas no desenvolvimento de Metal Gear Solid V: The Phantom Pain, porĂ©m, Kojima acabaria entrando em conflito com a Konami e deixaria a empresa, bem como o projeto, que acabaria cancelado. Uma parte da histĂłria dos games, cujas pĂĄginas jamais foram preenchidas e, aos jogadores, sĂł restou imaginar como seria.
Fonte: Canaltech
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