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Oi se prepara para nova recuperação judicial, os alertas do BC e o que importa no mercado

***ARQUIVO***BRASÍLIA, DF, 11.01.2022 - Fachada do Banco Central, em Brasília. (Foto: Antonio Molina/Folhapress)
***ARQUIVO***BRASÍLIA, DF, 11.01.2022 - Fachada do Banco Central, em Brasília. (Foto: Antonio Molina/Folhapress)

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Oi se prepara para nova recuperação judicial, os alertas do BC e outros destaques do mercado nesta quinta-feira (2).

**OI ENCAMINHA RECUPERAÇÃO JUDICIAL - DE NOVO**

Pouco mais de um mês após ter saído da segunda maior recuperação judicial da história corporativa brasileira, a Oi entrou nesta quarta (1º) na Justiça com um pedido de tutela de urgência para impedir que seus ativos sejam bloqueados a pedido de credores.

- Na prática, a decisão antecipa os efeitos de uma recuperação judicial, cujo pedido pode ser feito em até 30 dias após a cautelar. A ação é semelhante à tomada pela Americanas em janeiro. Entenda: a Oi declara ter R$ 29 bilhões apenas em dívidas financeiras, sendo que R$ 600 milhões vencem no próximo dia 5 (domingo).

- A empresa diz que o não pagamento desse débito acionaria cláusulas que antecipariam o vencimento da quase totalidade da dívida.

- A tele diz que a primeira recuperação judicial teve "inquestionável sucesso", mas que a estrutura de capital da companhia continua insustentável. Em números: caso a Oi conclua mais um pedido de recuperação judicial, ela aparecerá duas vezes na lista das cinco maiores RJs do Brasil:

- Odebrecht (R$ 80 bilhões), Oi (R$ 65 bilhões), Samarco (R$ 55 bilhões), Americanas (R$ 47,9 bilhões) e Oi (R$ 29 bilhões). Relembre: a Oi entrou com pedido de recuperação judicial em junho de 2016, depois de acumular uma dívida bruta de aproximadamente R$ 65 bilhões, com mais de 55 mil credores.

Após ser transformada em uma supertele de controle nacional, a crise da empresa foi agravada depois da fusão com a Portugal Telecom, em 2010.

- A empresa saiu da RJ em dezembro de 2022, após ter vendido sua rede móvel para TIM, Claro e Vivo por R$ 16,5 bilhões.

**OS COMUNICADOS DOS BCS**

As decisões sobre juros do Banco Central e do Fed (o BC americano) anunciadas nesta quarta não surpreenderam e vieram em linha com o mercado.

A Selic se manteve em 13,75% ao ano, enquanto nos EUA o ritmo de aperto diminuiu e os juros cresceram 0,25 ponto percentual, para um intervalo entre 4,5% e 4,75%, o nível mais alto desde setembro de 2007.

A atenção dos investidores ficou voltada para os comunicados das autoridades, que indicam o rumo da política monetária.

No Brasil, o colegiado do BC subiu o tom e fez alertas sobre as incertezas fiscais e a piora nas expectativas de inflação. Para analistas, a autoridade monetária sinalizou que pode adiar o corte de juros para 2024.

- Em meio a ruídos gerados por falas de Lula e de membros do governo sobre o patamar da Selic, o BC afirmou que "não hesitará em retomar o ciclo de ajuste caso o processo de desinflação não transcorra como esperado".

- Banco Central avisa que Lula terá Natal de juros salgados, escreve o colunista Vinicius Torres Freire.

- Nos EUA, o Fed afirmou que espera seguir aumentando os juros nas próximas reuniões e que um aperto mais lento dará tempo para avaliar o impacto da política restritiva.

A expectativa pela desaceleração do ritmo de aperto foi responsável por tirar força do dólar no começo do ano e valorizar as Bolsas.

- Nos investimentos, a manutenção da Selic em 13,75% segue beneficiando os títulos de renda fixa.

- No levantamento do buscador Yubb, os títulos privados com isenção tributária se destacam. É o caso das LCAs (Letras de Crédito Agrícola), LCI (Letras de Crédito Imobiliário) e debêntures incentivadas, com retornos reais (descontando a inflação) estimados de 7,22%, 7,61% e 9,29%, respectivamente.

**COMO VÃO FUNCIONAR AS CONTAS COMPARTILHADAS DA NETFLIX**

A Netflix deu mais detalhes nesta quarta (1º) sobre como vai funcionar seu modelo de verificação de contas compartilhadas, cuja cobrança está em testes no Chile, Costa Rica e Peru desde o começo do ano passado.

O streaming atualizou a seção de dúvidas frequentes da plataforma nas páginas desses países, num indicativo de como esse modelo vai funcionar quando chegar a outras localidades.

Entenda: a plataforma pedirá aos usuários que se conectem à mesma rede wi-fi da conta principal -seja pelo aplicativo ou pelo site- ao menos uma vez a cada 31 dias.

O período servirá para a plataforma identificar a recorrência do uso dos aparelhos conectados e considerá-los confiáveis. Aparelhos que não forem ligados a essa rede ao menos uma vez no mês serão bloqueados.

- O modelo também dá uma opção para quem estiver viajando e precisar se conectar: um código com validade de sete dias será enviado para o email ou celular cadastrado na conta principal.

- A plataforma reafirma que uma mesma conta não pode ser compartilhada com pessoas que moram em outras casas e avisa da opção de pagar um extra, abaixo do preço de uma assinatura, para pessoas de outros locais continuarem com o acesso. O que explica: a cobrança de contas compartilhadas foi uma das alternativas anunciadas pela Netflix no ano passadopara reverter a perda de assinantes. Segundo a companhia, 100 milhões de usuários compartilham a senha com pessoas de outros locais.

Outra aposta da Netflix foi um plano mais barato, mas com anúncios, que começou a valer em novembro em grandes mercados, como Estados Unidos, Reino Unido e Brasil. Segundo o site The Information, a empresa disse aos anunciantes que as novas assinaturas desses planos dobraram em janeiro em relação a dezembro.

**A META DEIXOU O PIOR PARA TRÁS?**

As ações da Meta, dona do Facebook, Instagram e WhatsApp, saltaram 19% nas negociações pós-mercado nesta quarta depois que a empresa anunciou alta na previsão de receita para o começo deste ano e disse que iria recomprar US$ 40 bilhões de ações.

O que explica: a empresa animou os analistas ao prever que sua receita poderia atingir US$ 28,5 bilhões no primeiro trimestre deste ano, número que estaria acima do patamar registrado no mesmo período de 2021 -o último trimestre antes que as novas regras de privacidade da Apple passaram a valer.

A própria Meta afirma ter perdido US$ 10 bilhões com essa atualização da fabricante.

- Com o anúncio de agora, portanto, a empresa sinaliza que conseguiu driblar essa queda de receita apostando em outras alternativas.

- A companhia também anunciou uma redução de custos para 2023, enquanto o CEO Mark Zuckerberg disse que seu mote de gestão para o ano é "eficiência".

Em novembro do ano passado, a Meta disse que iria demitir 13% de sua equipe, o que equivale a mais de 11 mil funcionários. Em números: no último trimestre de 2022, a companhia registrou receita de US$ 32,2 bilhões, queda de 4% em relação ao ano anterior mas acima das expectativas do mercado.

O lucro líquido da empresa caiu 55% na comparação anual, para US$ 4,7 bilhões e abaixo das estimativas, refletindo os custos com reestruturação (ou seja, demissões).