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O que aconteceu com o universo em 2022?

O planeta Terra nĂŁo Ă© o Ășnico que passa por mudanças significativas durante o ano. Nesse perĂ­odo, o prĂłprio universo passa por variaçÔes sutis que, quando acumuladas no passar dos anos, impĂ”em alteraçÔes mais drĂĄsticas.

Em nosso planeta, algumas coisas acontecem durante 12 meses — a passagem de quatro estaçÔes climĂĄticas sazonais significa uma sĂ©rie de ciclos, como o aumento/diminuição da população de algumas espĂ©cies, diferentes etapas de ciclos da ĂĄgua, entre muitas outras.

No universo, durante esse mesmo tempo, as mudanças são bem menos perceptíveis, mas isso não quer dizer que sejam pequenas. Na verdade, não as percebemos devido às distùncias cósmicas e proporçÔes astronÎmicas de tamanhos, massas e densidades.

Nossa estrela, por exemplo, que para os padrĂ”es astronĂŽmicos estĂĄ coladinha em nĂłs, fica a 149.600.000 km de distĂąncia da Terra — algo inimaginĂĄvel para nĂłs, humanos, porque nunca a experimentamos aqui na Terra. Ainda assim, Ă© quase nada em escala cĂłsmica.

À medida que o Sol produz energia via fusĂŁo nuclear, sua massa diminui; o fenĂŽmeno Ă© explicado pela fĂłrmula E=mcÂČ, de Albert Einstein (Imagem: Reprodução/Wikimedia Commons/KelvinSong)
À medida que o Sol produz energia via fusĂŁo nuclear, sua massa diminui; o fenĂŽmeno Ă© explicado pela fĂłrmula E=mcÂČ, de Albert Einstein (Imagem: Reprodução/Wikimedia Commons/KelvinSong)

Devido às proporçÔes do universo, mudanças muito grandes para nossa percepção podem ser, na verdade, insignificantes ao relação ao todo. Por exemplo, nosso Sol, devido a reaçÔes nucleares internas, perde cerca de 1017 quilos de massa por ano. Isso é muita coisa para nossa concepção, mas equivalente apenas a um espirro para nossa estrela.

Mesmo assim, esses “espirros” trazem consequĂȘncias a longo prazo: com a perda de massa da nossa estrela, seu poder gravitacional diminui. Assim, a Terra espirala para fora, aumentando nosso raio orbital em 1,5 cm todos os anos.

Outras mudanças sutis curiosas e com implicaçÔes importantes no futuro: as interaçÔes gravitacionais retardam a rotação do nosso planeta, tornando os dias 14 microssegundos mais longos a cada ano. Neste mesmo período, a distùncia Lua-Terra aumenta em 3,8 cm.

As consequĂȘncias sĂŁo interessantes e, Ă s vezes, exigem pequenos ajustes em nossas tecnologias. Por exemplo, os dias ganhando alguns microssegundos podem exigir adiçÔes ocasionais de segundos em nossos relĂłgios.

Enquanto 12 meses se passam em nosso planeta, o Sol se torna mais quente, ficando 0,0000005% mais luminoso; cerca de 5 novas estrelas de baixa massa se formam na Via LĂĄctea; 50 milhĂ”es de supernovas explodem universo afora e a radiação cĂłsmica de fundo em micro-ondas (a luz “fĂłssil” do Big Bang) se torna 200 picokelvin mais fria.

A radiação cósmica de fundo é a luz emitida pouco tempo após o Big Bang, em alta temperatura. Em nossa perspectiva, após 13 bilhÔes de anos, a temperatura estå apenas 2,725 K acima do zero absoluto. A cada ano, a luz esfria ainda mais em cerca de 0,2 nanokelvin (Imagem: Reprodução/NASA/BlueEarth/ESO/S. Brunier/NASA/WMAP)
A radiação cósmica de fundo é a luz emitida pouco tempo após o Big Bang, em alta temperatura. Em nossa perspectiva, após 13 bilhÔes de anos, a temperatura estå apenas 2,725 K acima do zero absoluto. A cada ano, a luz esfria ainda mais em cerca de 0,2 nanokelvin (Imagem: Reprodução/NASA/BlueEarth/ESO/S. Brunier/NASA/WMAP)

Em todo o universo observåvel, as estrelas formadas no período de um ano resultam em um total de 45 bilhÔes de massas solares. Devido à expansão do universo, o limite observacional aumentou 60 trilhÔes de km (ou 6,5 anos-luz) em 2022. Também aumenta o cerca perceptível em cerca de 35.000, todos os anos.

Isso sem mencionar eventos mais misteriosos, como as rajadas rĂĄpidas de rĂĄdio, as formaçÔes de novos buracos negros, as colisĂ”es entre objetos massivos como estrelas de nĂȘutrons — todos importantes para os ciclos de transformaçÔes de energia e matĂ©ria do nosso universo.

Assim como nosso planeta estĂĄ constantemente sofrendo mudanças, ano apĂłs ano, o prĂłprio universo estĂĄ sempre em evolução, tornando-se sempre mais caĂłtico e complexo devido Ă  entropia. Cada ano terrestre Ă© um grĂŁo de areia a mais escoando pela ampulheta do universo, que se dirige a um inevitĂĄvel fim — ou recomeço.

Fonte: Canaltech

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