O futuro do pagamento será ‘invisível’, diz country manager da Visa
Pandemia acelerou digitalização de pequenas empresa;
Futuro do pagamento estará atrelado à nuvem de dados;
Comando de voz terá cada vez mais importância nesse segmento.
Nuno Lopes comandou os negócios da empresa em outros países da América Latina e agora está no Brasil. Na pandemia, ele percebeu que a digitalização dos pequenos negócios se deu por uma questão de sobrevivência. Em entrevista ao Yahoo Finanças, ele também opinou de como acha que vai ser o futuro do pagamento
Além disso, o atual momento do mundo acelerou um processo dentro das corporações que já vinha ocorrendo, mas em outra velocidade.
“Mais consumidores e comércios entraram nesse mundo online por causa da pandemia”, falou. Segundo a FGV, quase 50% das empresas não faziam nenhuma venda online antes da pandemia.
As pequenas e médias empresas entraram de cabeça nesse novo momento da economia. 73% delas fizeram vendas online na pandemia. O WhatsApp, com 72% das operações, foi a ferramenta mais utilizada.
Nuno acredita que em 2022 os meios eletrônicos serão responsáveis por 60% dos pagamentos. Em 2016 esse número era de 30%.
Concorrência do Pix
Nuno Lopes não enxerga o Pix como apenas um concorrente. “Ninguém é só concorrente ou colaborador. É um caso fascinante”, aponta. O sistema de pagamentos instantâneo movimenta em média R$ 550 bilhões por mês. Mais de 16 milhões de brasileiros não têm conta em banco, segundo o Instituto Locomotiva.
Futuro dos pagamentos
Hoje, em muitos estabelecimentos, um relógio já pode ser usado como forma de pagamento usando a tecnologia NFC. Para Nuno Lopes, as informações dos clientes estão na nuvem e apenas por isso a tendência é que os pagamentos sejam cada vez mais “invisíveis” nos próximos anos. Os comandos por voz terão um peso maior nesse mercado.